sábado, 28 de agosto de 2010

MAZINHO E REGINA EM CARNAUBAIS - Retorno Cultural

O que é bom tem que ser servido ao povo, Mazinho e Regina retornam a Carnaubais. Infelizmente não pude comparecer à praça. Importa é que tenham aceitado o presente do indicativo anônimo. Gostaria de fazer esse registro e dizer que esses dois artistas ajudaram a erguer o Recanto das Artes. Em 2005 inauguraram o espaço na realização da lª SEMEART, em 2006 fizeram a abertura do Violas & Cordéis – Festival de repente, poesia e cultura popular de Carnaubais, que teve como apresentador oficial do evento o grande poeta Geraldo Amâncio, além da presença marcante dos repetistas Zé Cardoso, Sebastião da Silva, Moacir Laurentino, Antonio Silva, Gonzaga da Viola, Zé Ribamar, Ivanildo Vilanova e os representantes locais Hominho Costa e José Jonhson, na ocasião receberam como forma de incentivo um par de violas profissionais. Na mesma ocasião foi entregue o Troféu de mérito cultural Cândio Cambão ao cordelista Antonio Francisco, escritor Gilberto Freire de Melo e ao Gustavo Luz pela Editora Queima. Lembro-me também do encontro poético da jovem Aldinete Sales com o poeta Antonio Francisco, encenação das seis moedas de ouro, e o ápice da noite marcada por um dos maiores encontros de violeiros repentistas já realizado na cidade. O trabalho cultural do município não pode se resumir a este evento mensal, é muito pouco. O recanto das artes que ganhou apenas um demão de tinta durante esses dois anos de nova gestão, precisa evoluir para algo mais apresentável. O som precisa ser melhor, a luz precisa ser melhor, o conteúdo precisa ser melhor. Eu acredito que o caminho é esse, trazer artistas do naipe de Mazinho e Regina que dê vida ao espaço. Asseguro que há uma lista enorme de gente desse porte cultural que passou por nossa cidade. Ensinar o caminho das pedras com descrição não custa nada.
Resolvi publicar essa matéria para que a passagem desses dois grandes artistas potiguares não passe de forma despercebida. Compreeendo que o momento é politico, mas o respeitro a cultura não pode ser somente no discurso é preciso marcar presença, verbalizar que a cultura não dá voto é coisa miudinha demais. O sexta cultural precisa acontecer prezando a qualidade e a formação crítica do publico, cumprir tabela não vale não. O vale vive o não vale, fazer valer é o sonho adormecido. Mazinho e Regina mais uma vez em minha terra me faz acender as antenas, salve o pouco que nos resta, salve o sonho de arte na palma da mão do povo.

Zelito Coringa - Textos Avulsos

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