segunda-feira, 25 de outubro de 2021

RETOMADA DAS AULAS PRESENCIAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO RN.

Considerando que mesmo adotando os protocolos de biossegurança para o retorno as atividades presenciais, nos espaços escolares, podemos ser surpreendidos com casos suspeitos e confirmados de Covid-19. Dessa forma é imprescindível que intensifiquem junto aos profissionais, pais e alunos a conscientização e os cuidados.

 Em setembro de 2020 o Governo do RN, através da SEEC/RN lançou o documento PROTOCOLO DE SEGURANÇA SANITÁRIA DA INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS ESTADUAIS. – PANDEMIA COVID-19 – RETOMADA DAS AULAS PRESENCIAIS. Referência: DOCUMENTO POTIGUAR: 

PLANO DE CONTINGÊNCIA 

Plano de Contingência é a adoção de um conjunto de medidas e ações a serem desenvolvidas de modo articulado, preparando a Escola para o enfrentamento de situações que possam surgir, em espacial em caso de um eventual(is) contágio(s) da COVID-19 na comunidade escolar. 

O Plano de Contingência somente deve ser acionado quando a Comissão da Escola constatar a evidência de pessoa da comunidade escolar com sintomas de gripe ou em caso de um eventual(is) sintomas da Covid-19, devido ao risco de contágio(s) . 

PROTOCOLOS PARA OS CASOS DE PESSOA(S) COM SINTOMAS E DOENTE DA COVID-19 DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR, ADOTAR UM DOS TRÊS PROTOCOLOS A SEGUIR. 

PROTOCOLO 1 

PROTOCOLO 2 

PROTOCOLO 3 

SALA DE ISOLAMENTO 

OCORRÊNCIA DE 1 CASO DE COVID-19 NUMA SALA – ADOTAR PROTOCOLO 1 

Se a Comissão da Escola constatar que algum aluno(a) ou professor(a), começaram a apresentar sintomas compatíveis com a COVID-19, dentro do ambiente escolar, serão adotados os seguintes passos: 1) Retirada imediata do aluno(a) ou professor(a) do contato com outras pessoas; 2) Encaminhamento do à “sala de isolamento”. Daí chamar responsável ou família para ir para a residência. !!! Suspender esse(a) aluno(a) ou professor(a) das aulas presenciais por 14 dias. 

OCORRÊNCIA DE 2, 3 OU MAIS CASOS DE COVID-19 NUMA SALA - ADOTAR PROTOCOLO 2 

Se a Comissão da Escola constatar que dois, três ou mais alunos(as) ou professores(as), apresentarem sintomas compatíveis com a COVID-19, dentro do ambiente escolar, serão adotados os seguintes passos: 

1) Retirada imediata dos alunos(as) ou professores(as), do contato com outras pessoas; 

2) Encaminhamento os alunos(as) ou professores(as), com contagio para a “sala de isolamento”. Daí ir para a residência. 

OCORRÊNCIA DE CASOS EM UM TERÇO DAS SALAS - ADOTAR PROTOCOLO 3 

Se a Comissão da Escola constatar que em um terço das salas apresentarem alunos ou professores com sintomas compatíveis com a COVID-19, dentro do ambiente escolar, serão adotados os seguintes passos: 1) Retirada imediata do colaborador ou aluno do contato com outras pessoas, encaminhando à “sala de isolamento” ; 2) Comunicar a comunidade escolar, à Direc, Drae e à SEEC. !!! Suspender aulas presenciais da escola por 14 dias. 

AFASTAR DO CONVÍVIO ALUNO(A)S, PROFESSORE(A)S, COLABORADORE(A)S COM SINTOMAS NUMA SALA DE ISOLAMENTO 

A Comissão da Escola deve determinar, entre as salas existentes na escola, uma para ser a sala exclusiva para que o(a) aluno(a), professor(a) ou colaborador(a) possa aguardar isolado dos demais integrantes da comunidade escolar nessa sala, até que um responsável possa vir busca-lo(a) ou esteja aguardando por algum meio de transporte. Afastar do convívio nas ocorrências de caso(s) de sintomas gripais e os típicos da Covid-19, dentro o ambiente escolar. Pede-se identificar: Sala de Isolamento

Fonte: http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/seec/DOC/DOC000000000249871.PDF



 

 


domingo, 3 de outubro de 2021

Carnaubais: Nossa gente, nossa história

                                      https://youtu.be/5FdNgGeLvfk

Documentário de longa-metragem conta história de cidade do Vale do Açu.

O documentário Carnaubais: Nossa gente, nossa história, é um filme de longa metragem dirigido pelo produtor cultural Zelitto Coringa narrando fatos curiosos e contando a história do município através de seus moradores. O documentário reserva um capítulo especial para o ano 1974, quando uma enchente destruiu toda a cidade e a população ficou desabrigada. Carnaubais tem em Santa Luzia sua padroeira e santa de devoção mesmo antes do município existir, quando grande incêndio atingiu o carnaubal, um barão teria pedido a interseção da santa que mandou chuva em abundância e apagou o fogo. O barão construiu uma capela em agradecimento a Santa Luzia e a santa passou a ser venerada pela população. Toda essa história é contada com orgulho pelos munícipes. As gravações foram realizadas no mês de abril de 2021 por uma equipe especializada como afirma Zelitto Coringa “ Fizemos questão de contar em nossa equipe com a participação do documentarista Alexandre Santos e da fotógrafa e editora de imagens, Edileusa Martins do Coletivo Caminhos, Comunicação & Cultura, ambos com grande experiência na produção audiovisual de nosso estado”. Zelitto também destaca que será  uma excelente oportunidade para contar a história da cidade do seu município que foi berço da Cantora Núbia Lafayete e do líder sindical salineiro Manoel Torquato que fundou o Sindicato do Garrancho (onde os trabalhadores para encobrirem seus rastros, amarravam garranchos nas pernas). O município abriga ainda hoje a maior reserva de carnaubeiras da américa latina. “Queremos documentar a história de Carnaubais através dos relatos de seus moradores e de personagens do município que guardam a rica memória dos acontecimentos vividos e disponibilizar o documentário para as pessoas interessadas na história do município” afirma Coringa que acredita que a obra poderá contribuir de forma efetiva com o resgate da memória e da história do município. O lançamento ocorre no dia do aniversário da cidade, 18 de setembro ás 19h00 no canal do Youtube da ZCRIAR , no endereço: https://www.youtube.com/channel/UCdiqPoBsCGVfyR1yOAUJ-qg 

Artistas do município participam do documentário. 

Além dos aspectos históricos que marcaram Carnaubais, o documentário registra a presença de vários artistas que residem no município e que fazem a cena cultural. A presença dos violeiros Hominho Costa e José Jonhson, do músico Johnatan Lopo, da educadora e poetisa Aldinete Sales, da cantora Rafaela Souza que interpreta as músicas de Núbia Lafayete e dos jovens músicos João Vítor e Júnior Mendes, dentre outros, dão a perfeita dimensão do celeiro cultural e artístico que habita o município. “Na condição de artista nascido em Carnaubais, sei da importância de ouvir a classe artística e mostrar nossos valores culturais. Nossa história é o que nos identifica e diz muito sobre quem fomos e quem somos, por isso mesmo fiz questão de também assinar a trilha musical do filme” Destaca Zelito Coringa que acredita que toda a sociedade Carnaubaense se sentirá privilegiada por ver sua história na tela e sendo vista por pessoas de todos os lugares onde a rede mundial de computadores possa chegar. Durante as gravações foram tomados os cuidados sanitários necessários como sanitização dos equipamentos, uso de máscaras e distanciamento social em face a pandemia de Covid-19. 

O documentário Carnaubais: Nossa gente, nossa história, está sendo realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

 

Contatos:

Assessoria de comunicação: 99173-6180 – Alexandre Santos

ZCRIAR: 9 9864-4168:  Zelitto Coringa


A Educação no Município de Carnaubais-RN: desafios e perspectivas.

Carnaubais é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte localizado na microrregião do Vale do Açu. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2010 sua população era estimada em 9.775 habitantes. Área territorial de 530 km².

Foi Antônio Pereira de Albuquerque o primeiro habitante de uma localidade, onde situava-se uma área com vista ampla, verde e bela, com muitas carnaubeiras ao redor e com boa terra para cultivar. Logo depois chegara Abel Alberto da Fonseca, que iniciou as primeiras construções, se tornando pioneiro na organização urbana da povoação que estava nascendo.

Através da participação de figuras dedicadas a comunidade o povoado começou a se desenvolver, e entre elas destacaram-se o Monsenhor Honório, primeiro vigário, a professora Adalgisa Emídia da Costa, a incentivadora cultural Celina Moura e Olavo Lacerda Montenegro, que lutou pela sua emancipação política.

Em 18 de setembro de 1963, através da Lei nº 2.927, Carnaubais desmembrou-se de Assú. Após onze anos de sua emancipação política enfrentou sua mais terrível batalha, a luta contra a fúria das águas. Em 1974, uma enchente destruiu a cidade e a população ficou desabrigada. Apesar do sofrimento o povo resistiu e com a participação dos Governos Federal, Estadual e Municipal, a cidade foi reconstruída em outro local. Estamos vivenciando as festividades alusivas ao aniversário da nossa querida terra dos verdes carnaubais.

A educação da rede municipal de Carnaubais-RN conta hoje com uma demanda de 1.552 alunos, distribuídos em 09 escolas, sendo 03 na zona urbana e as demais nas zonas rurais, atendendo alunos da educação infantil ao ensino fundamental anos iniciais e finais, compreendendo a EJA.  Temos 01 escola de ensino médio e 01 de ensino fundamental anos inicias e finais da rede estadual, recém reformada e localizada no centro da cidade que traz o nome da primeira professora e incentivadora cultural. O município desde o primeiro decreto de nº DECRETO Nº 29.524, DE 17 DE MARÇO DE 2020., SEEC/RN, começou seu grande desafio, as escolas foram fechadas e os serviços educacionais foram interrompidos, tendo ainda que enfrentar em 2020 anulação de mandato de prefeito e desestruturação na gestão, levando assim a forte intranquilidade nas políticas públicas, afetando todo quadro educacional, mais ainda a vida de estudantes e professores. Apesar disso, da falta de direcionamento, entre outros incontáveis obstáculos, parte dos nossos educadores logo se transformaram em docentes digitais, compraram seus equipamentos, a medida do possível, outros também foram se adaptando mesmo com as limitações e estão trabalhando até o presente momento, incansavelmente, para manter acesa a chama do esperançar. Mas somos conscientes que mesmo com a junção de todos os esforços para doação do ensino remoto, os prejuízos à aprendizagem das nossas crianças e adolescentes têm sido desmedidos. E dentre tantos, estão os diferentes níveis de apoio familiar, a falta de acesso a equipamentos básicos e internet para acompanhar as aulas remotas na grande maioria dos domicílios. Os impactos na aprendizagem não são fáceis de mensurar e são apontados em falas de todos os profissionais da área. Essa marca infelizmente ficará, talvez com consequências por décadas na vida dos alunos, professores e porque não dizer de toda sociedade. Contudo, ainda vale lembrar, a crise poderia ser contabilizada com número maior, se não houvesse o comprometimento dos professores que, mesmo bem longe das condições ideais, brotaram, em curto espaço de tempo e superaram barreiras, preocupações diversas, perdas, tristezas, resistências e adentraram-se, sem entender, no mundo digital.

Chegamos ao mês de setembro de 2021, com fortes cicatrizes seguidas de muitas incertezas na pasta, com as escolas passando por melhorias em seus espaços físicos e sendo adaptadas com os protocolos de biossegurança. As melhorias estão acontecendo inicialmente nas estruturas maiores, gradativamente acontecerá nas demais. Quanto ao retorno na rede como um todo ainda não está afirmado pela gestão, declarando a situação estrutural em andamento e impasses licitatórios. Ficou acordado em reunião do dia 17 de agosto, com o CME, SINDISEC, COMISSÃO DE RETOMADA e GESTÃO MUNICIPAL que, após início nas escolas apontadas como prioritárias, avaliar-se-ia para posteriormente iniciar-se nas demais. Na semana de 20 à 24/09 uma visita será feita em todas as escolas para averiguarmos os avanços, antes do retorno “total” presencial e que as aulas sejam retomadas após o cumprimento integral dos protocolos de biossegurança, que a gestão movimente a volta quando os profissionais receberem a 2ª dose da vacina respeitando assim a escuta dos mesmos e de algumas famílias.  Não será uma retomada de onde paramos – o retorno exigirá responsabilidade de diversas frentes e demandará intensa articulação e contextualização local. Além das ações de natureza intersetorial, sempre necessária, a retomada das atividades presenciais nas escolas da nossa rede de ensino exigirá das assessorias centrais da educação, uma série de iniciativas em múltiplas dimensões e que ponderem o ineditismo do cenário atual.

 Quanto a vacinação dos profissionais até meados de outubro toda classe estará vacinada, é evidente que tempos difíceis como esses são tendentes à dissolução de políticas públicas, especialmente quando já somos parte de uma cultura política que não fixa educação como prioridade.  Portanto, os desafios vivenciados em nosso município, não diferem da maioria dos municípios brasileiro, há necessidade de se criar uma estrutura educacional adequada a realidade, uma boa gestão, que possa articular a qualificação, a motivação e o comprometimento de todos os atores. A formação continuada, com ênfase na educação híbrida, para todos e todas, alinhada à BNCC, reestruturação dos espaços físicos escolares com acesso a conectividade para toda rede, assinalar norma de avaliação para averiguar a aprendizagem dos estudantes, implementar urgentemente uma campanha de combate à evasão escolar. A questão social das crianças e jovens também é sofrível e precisa ser agrupada as ações, o acolhimento, a BUSCA ATIVA precisa ser abraçada por todos os atores. Sabemos que gerir a pasta da educação não é uma tarefa fácil, especialmente neste novo cenário, há necessidade de um planejamento pautado por desafios, metas e estratégias constantes e flexíveis, que precisam ser construídas a partir da análise do contexto, do RX completo da rede com olhar daqui para frente.

Pois, “Na velocidade que as coisas estão mudando é nosso dever pensar um pouco mais para onde estamos indo e levando conosco nossos estudantes. Precisamos sair da toca. Não somos mais apenas professores. Somos, também, analistas de tendências. E isso é muito estimulante. Devemos entender melhor o mundo para dialogarmos melhor com ele. [...] Deixemos nossas tocas. Quem hiberna são os ursos. Muitos deles, aliás, estão ameaçados de extinção”. Clebesch (2007, p. 1)

Sendo assim, o CME reforça que o direito a educação é assegurado para os cidadãos e está positivado na Constituição no seu Art. 6° como um direito social, mediante políticas públicas, que esse direito seja alcançado por todos e todas. Ademais, os programas e políticas junto ao FNDE, estão acontecendo timidamente, reflexo deste cenário brasileiro, desastrosos e obscuro que hora vivemos. Apesar de tudo, não devemos perder a esperança, que os desafios postos pela pandemia sejam minimizados com diálogo, planejamento, vontade e seguridade orçamentária, aqui e em qualquer lugarejo deste nosso país.

 



 Josélia Coringa B. de Morais

Presidente do Conselho Municipal de Educação.

Carnaubais-RN, 11 de setembro de 2021

 

 


CITAÇÃO:

CLEBESCH, J. Muito além do jardim. Disponível em www.profissaomestre.com.br