sábado, 21 de setembro de 2013

SINDISEPI-SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE IPANGUAÇU

ÚLTIMAS INFORMAÇÕES:

Assunto: 1/3 para atividade extra classe...

 O SINDICATO DOS SERVIDORES DE IPANGUAÇU/RN cobrou agilidade sobre a jornada de trabalho dos docentes ipanguaçuenses e em resposta a secretária de educação de Ipanguaçu deu as seguintes informações em 18/09/2013:
1) Que dia 12/09 houve uma reunião com os secretários de educação do vale do Assú;
2) Que dia 10/10 haverá uma reunião com os prefeitos da regiã
o;
3) E que após essa data haverá uma nova reunião, e dessa vez os convidados serão os SINDICATOS MUNICIPAIS que compõem a região do vale Assú.
O Sindicato de Ipanguaçu se fará presente nessa reunião, onde será representado por sua presidenta Maria Helena da Silva e pela a assessora jurídica Dra.
Rayssa Fonsêca.
 
Do blog: Segundo a lei 11.738/2008 (art. 2º), que estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica, na composição da jornada de trabalho deve-se observar o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos. Logo, 1/3 da jornada será dedicado à preparação de aulas e às demais atividades fora da sala. 
 
CHEGA DE ENROLAÇÃO!!!  A VERDADE É QUE ESTÃO GANHANDO TEMPO, NÃO PODEMOS FICAR CALADOS.

REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA DE PROFESSORES PARA 20 HORAS É LEI E MUNICÍPIOS DEVEM IMPLANTAR JÁ!!!
 
A CATEGORIA DOS PROFESSORES MUNICIPAIS NÃO TEM MAIS O QUE DISCUTIR COM OS PREFEITOS A RESPEITO DESSE ASSUNTO. AS PREFEITURAS TEM QUE CUMPRIR A LEI, SÓ ISSO! CASO CONTRÁRIO A CATEGORIA DEVE SE UNIR, JUNTAR FORÇAS E PARTIR PARA LUTA, PARAR  AS ATIVIDADES É UMA ALTERNATIVA COMO PROTESTO.
 

DIRETO DO SINDISEP
 
Justiça INDEFERE “liminar” do mandado de segurança coletivo impetrado pelo SINDICATO DOS SERVIDORES DE IPANGUAÇU/RN contra a prefeitura municipal. Tal mandado de segurança pede que o professor municipal dessa cidade permaneça na mesma letra quando mudar de nível (graduação, especialização, mestrado ou doutorado), para que a letra não seja retroagida e dessa forma não venha a ter prejuízos financeiros. Porém a justiça sediada na comarca de Ipanguaçu através da juíza de direito Suzana Paula de Araújo Dantas Corrêa NEGOU a liminar do mandado de segurança.
 
Agora é LEI: a licença maternidade é de 180 dias (6 meses) para as servidoras públicas municipais de Ipanguaçu e a licença paternidade será de 15 dias. A licença maternidade será concedida também à Servidora Pública Municipal que adotar uma criança ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção.
Essa não é uma conquista somente do SINDICATO DOS SERVIDORES DE IPANGUAÇU, mas de todo o funcionalismo municipal.



PENSE NISSO!
 
O Brasil continua sua luta por independência...
Enquanto tivermos serviços públicos deficitários ou de baixa qualidade, como por exemplo a precariedade do SUS e as superlotações nos corredores hospitalares NÃO podemos nos julgar um povo independente... e Enquanto houver descaradamente assaltos aos cofres públicos continuaremos reféns daqueles que nos enganam dizendo que nos representam.


Maria Helena

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O SENTIDO DA EDUCAÇÃO



A educação, uma das primas pobres neste país, deveria, penso eu, ser em grande parte repensada e reformulada. Deveria ser privilegiada entre todos os setores da vida de um povo, pois sem educação, que inclui informação, ninguém é capaz de determinar seus caminhos e escolher seus trabalhos.
Um povo desinformado não sabe o que acontece, assina o que não leu, submete-se ao que não compreendeu,barateia sua vida e sua força de trabalho, não tem horizontes e não se integra em seu próprio pais, quanto mais no grande mundo, globalizado –mas não para ele.
Porém educar não é apenas instruir, ensinar a ler, escrever, calcular. Não é nem mesmo instruir em todos os anos dos Ensinos Fundamental e Médio. Educar é. Deveria ser, antes de mais nada, ensinar a pensar. Ensinar a questionar. Abrir cabeças e preparar par enfrentar a vida não apenas ganhando um ou dois ou mil salários, mas sentindo-se capaz, e consciente, para fazer suas escolhas e viver sua vida.
Educar deve ser estimular para que desabrochem todas as capacidades de uma criança, e depois, de um jovem. Fazer ver o mundo, com suas belezas, suas regras, seus perigos e suas possibilidades, na família, a comunidade, a região, o pais... o mundo, com o qual hoje nos comunicamos tão facilmente.
Estimular o discernimento, isto é, a capacidade de entender e julgar e escolher; é bem mais importante do que belos edifícios e recursos modernos, embora nenhuma criança deva estudar numa escola que está caindo aos pedaços, em más condições higiênicas, sem livros bons e bem conservados, sem o material básico. Computador
ajuda? Ter acesso a um mundo mais amplo de pesquisa e informação certamente é bom. Mas temos errado ao colocar computadores em salas de aula sem mesa adequada, sem instrutores e sem controle, de modo que os alunos, em lugar de aprender, brincam.
A vida não perdoa, não é brincadeira, e embora todos devam buscar uma vida saudável e harmoniosa, se possível feliz, divertir-se o tempo todo, não ter punições nem limites, levar tudo a brincadeira, não prepara para as
escolhas e decisões que terão de ser tomadas.
Sem alguma seriedade não se poderá distinguir certo de errado, bom e mau, ou melhor e pior, e pouca munição teremos para a batalha cotidiana. A frustração nas primeiras dificuldades será paralisante, a decepção porque ali não continuam as brincadeiras escolares, nos deixará incapacitados para sermos dentro do possível livres e
autônomos.
Sou a favor de uma escola amorosa e alegre, mas onde haja autoridade e hierarquia, e também para os pequenos a professora não seja uma tia, mas uma professora, pois a escola não é, nem deve ser, a família. Pode ser um complemento magnífico, mas jamais retirar a família a responsabilidade inicial da docência, da compostura, do
respeito; ao contrário, prosseguir e incutir isso ainda mais. O que não tem a ver, repito, com pouca alegria, com medo e traumas, mas com respeito por si mesmo, pela natureza, pelo outro, e pela vida. E se conseguir um pouco disso em
muitos alunos, a escola estará realizando seu trabalho primeiro, que é educar.

LYA LUFT

DE ONDE VEM...

AS APTIDÕES ARTÍTICAS DOS CORINGAS DE LEMOS?


O cantor, compositor e poeta, carnaubaense Zelito Coringa, representa hoje um dos nomes importantes da NOVA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, classificado em vários festivais importantes dentre eles o Premio Geraldo Azevedo/2oo7, trás dos seus antepassados o sentimento de força e determinação nos seus projetos artísticos. Zelito é da gema pura.
Todo Coringa da Várzea do Açu tem vinculação a Lemos. Por isso, os ancestrais eram chamados e registrados como Coringa de Lemos. Como caracteres pessoais, eram e são conhecidos como inteligentes, aptos às atividades da mente e se destacaram em várias ações intelectuais. No jornalismo, conhecemos Ubiratan de Lemos, filho de Juvino Fernandes de Lemos, varzeano-do-açu que se incorporou aos soldados da borracha na década de 30, indo estabelecer-se no Alto Amazonas de onde saíram Juvino Fernandes de Lemos Filho, para Manaus, e Ubiratan de Lemos para o Rio de Janeiro, onde foi repórter e diretor da revista O CRUZEIRO, enquanto viveu, deixando por lá irmãos e filhos seus dedicados ao jornalismo.
Francisco Coringa de Lemos, conhecido por Chico Ligeiro, era poeta. Envolvido numa demanda judicial, por discordar dos limites de propriedade impostos por seu vizinho João Rodrigues Ferreira de Melo – Joca de Melo – que, por ser mais abastado e poderoso, era acusado de desrespeitar as marcas tradicionais das confrontações existentes e, invadindo limites das propriedades, abusava de acordos já estabelecidos. Não concordando, Chico Ligeiro derrubou os marcos de confrontações de áreas rurais, apostos por assalariados de Joca de Melo, provocando a pendência queo fizera ser conduzido, preso, para decisão na Intendência do Açu, o órgão administrativo e judicial da época que punha no lugar as controvérsias, resolvendo as desavenças entre os discordantes. Por isso, foi Chico Ligeiro conduzindo para a cidade de Açu, em uma embarcação, visto estar a várzea inundada por uma das fabulosas enchentes do rio Açu. Na Intendência, instalado o Conselho de Justiça, a Chico Ligeiro foi dada oportunidade de se manifestar e, pedindo para produzir em versos asua defesa, entoando de improviso os próprios argumentos, assim se manifestou:
Eu vi minha terra
Sumir-se ligeiro,
Vi os cajueiros,
De mim se afastar
O lenço, de longe,
Eu ia acenando
E o barco vagando
Nas ondas do mar.
Dado o imenso volume das águas que inundavam a região, transbordando dos leitos e dos córregos, ele chamava de mar, o que facilitava a rima dos versos que entoava.
Deixei minha terra,
Meus rios, meus montes,
Deixei horizontes,
Me pus a chorar
O lenço de longe,
Eu ia acenando
E o barco vagando
Nas ondas do mar.
Deixei meus filhinhos
Que lá se ficaram,
E tanto choraram
A minha partida.
Deixei a consorte
Que também chorava
Porque eu lhe deixava,
Cruel despedida!
Deixei minha terra,
Dali eu parti.
Eu muito senti,
Pois feri um nobre.
Se eu tiver vida
Ainda hei de vê-lo
Mais rico e mais nobre
Que quando parti.
Como resultado, os seus desafetos reconheceram o valor do poeta e desistiram da pendência, proclamando o esbulho dos direitos reclamados pelo poeta. O texto é de autoria de Gilberto Freire de Melo

CARNAUBAIS, falta-nos a lupa!

VARZEANISMO BRUTO
O solo repartido e partido os partidos,
Este vale envergonha os ancestrais, justamente.
E não mostra caminhos plausíveis a sua gente,
Nova geração é o velho nome batido, continuísmo.
Em todos os sentidos a minha terra,
É a terra dos conflitos banais e políticos...
Abre mão de terra, briga por terra,
Assenta gente de outras terras!
No fosso dos tribunais luta pela existência.
- Quandu me diz se já posso dá um grito, e quando?
Que poço é esse que se leva e trás sua vitória?
Que estreito é esse que não se alarga mais?
O moço que ora transita merece subir aos pedestais?
A moça que espera à hora conhece a broca que fura a rocha?
- Que piadinha de mau gosto dos mudos incansáveis,
Gente que dá trela ao raposo astuto entre os carnaubais!
Fora qualquer resquício de traição, varzeanismo bruto.
Protesto sem arma na mão a minha opinião patética.
É Pelé batendo bola, patacão virando prata na calçado do mercado.
Será que é mesmo real ou mais uma ilusão profética?
A marcha dos cavalinhos continua furando o chão loucamente.
E a feira do bode agora é de eleição, agora é de gente, de gente grande.
O toutiço de quem paga e quem vende gera muita inquietação.
E o povo não é mais povo não, agora é bicho, mercadoria sem bandeira.
Já tiraram do discurso, a meta, a justiça, a ideologia, as lutas,
O plano, a fidelidade, partidária que nem Freud explica.
Falaram tanto nisso na televisão, votis que mentira!
Estou sentado no devaneio da busca, eu juro.
Corro o risco de pular do poço com a viola emudecida.
Passado não conta, presente não consta e o futuro?
Falta-nos a lupa.

Zelito Coringa