sábado, 14 de agosto de 2010

MATUTANDO SOBRE A RAZÃO


Na cabeça dos pobres mortais a razão é encontrar o bem esperado. Agir de modo a não fazer mal a seu ninguém. Há um filosofo que trata de dois tipos de razão que considero uma questão bastante instrutiva. Quem me acendeu essa chama foi Dan Dennett. Existe a "Razão descomprometida", que segue o exemplo curioso de uma simples ameba, esta capaz de "saber" o que é um bom (alimento) e se arrastar até comê-lo, distinguir um ambiente venenoso e fugir dele a todo custo. Esta razão descomprometida não possui representação. O bichinho age racionalmente no sentido de fazer ações certeiras que evitem o perigo para a sua existência enquanto ser vivo. A ameba não tem um pingo de juízo, e seu agir não possui imagem figurativa. O outro tipo de razão é a dos seres humanos, com muita representação. Por existir um ambiente mental que possibilita fazer escolhas e saber as conseqüências antecipadamente, reforça que os nossos desejos e necessidades se não forem racionais, serão impostas do mesmo modo vivenciado pela ameba. A nossa riqueza mental é tanta que as nossas razões ao buscar o bem podem ir além do egoísmo. O que pode ser a razão de um, pode não ser para o outro. Portanto, precisamos compreender que os enganos são inevitáveis até mesmo para a quase irracional ameba.
Zelito Coringa - Textos Avulsos

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