quarta-feira, 30 de junho de 2010

EU ACREDITO!


"É enfrentando as dificuldades que você fica forte.
É superando seus limites que você cresce.
É resolvendo problemas que você desenvolve a maturidade.
É desafiando o perigo que você descobre a coragem.
Arrisque e descobrirá como as pessoas crescem
quando exigem mais de si próprias.”

Roberto Shinyashiki

POTIGUARES DISSEMINANDO ARTE


Hoje, 30/06 uma trupe de artistas potiguares pegaram novamente as estradas nordestinas para cumprirem a segunda etapa do projeto – Rodovia Nordeste de Teatro. O grupo passará por mais 04 Estados nordestinos: BA, SE, PE e PB.
Levarão na bagagem 03 espetáculos teatrais – O Pulo do Gato, O Inspetor Geraldo, A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró e o Show musical do Carnaubaense Zelito Coringa.
“Este projeto tem possibilitado conhecer todo o meu nordeste, fincar cada vez mais os pés em nossa cultura, além de levar um pouco de poesia, teatro e música, deixamos as sementes da arte.

AGENDA:

DIA 01 O Pulo do Gato - Salvador - BA
DIA 02 O Inspetor Geraldo - Salvador - BA
DIA 03 A Peleja do Amor no Coração de Severino - Salvador - BA
DIA 04 O Inspetor Geraldo - Camaçari - BA
DIA 05 A Peleja do Amor no Coração de Severino - Camaçari - BA
DIA 06 O Inspetor Geraldo - Estância - SE
DIA 07 A Peleja do Amor no Coração de Severino - Estância - SE
DIA 08 O Inspetor Geraldo - Aracaju - SE
DIA 09 A Peleja do Amor no Coração de Severino - Aracaju - SE
DIA 10 O Pulo do Gato - Aracaju - SE
DIA 12 O Inspetor Geraldo - Recife - PE
DIA 13 A Peleja do Amor no Coração de Severino - Recife - PE
DIA 14 O Pulo do Gato - Recife - PE
DIA 15 O Inspetor Geraldo - Igarassu - PE
DIA 16 A Peleja do Amor no Coração de Severino - Igarassu - PE
DIA 17 O Inspetor Geraldo - João Pessoa - PB
DIA 18 A Peleja do Amor no Coração de Severino - João Pessoa - PB
DIA 19 O Pulo do Gato - João Pessoa - PB
DIA 20 O Inspetor Geraldo - Sapé - PB
DIA 21 A Peleja do Amor no Coração de Severino - Sapé - PB
DIA 22 A Peleja do Amor no Coração... - Pça do Portal do Saber - Mossoró - RN

"Há uma primavera em cada vida
é preciso cantá-la assim florida."
FLORBELA ESPANCA



SABER VIVER

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar"
“Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade.”

CORA CORALINA

terça-feira, 29 de junho de 2010

FAZES PARTE DA NOSSA HISTÓRIA

PARABÉNS! FELIZ ANIVERSÁRIO!

VALDECI MEDEIROS, ex-Prefeito de Carnaubais RN, completa 80 anos hoje.

Sr Valdeci foi Prefeito em 1978 a 1982
SUA SEMENTE TAMBÉM FOI PLANTADA.



O VELHO E A FLOR

Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.

Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.

VINICIUS DE MORAIS



ESSA É PARA VOCÊ LOURDES MATTA,
grande amiga, dona de uma discrisção enigmática e silenciosa como o pouso de uma borboleta.
Obrigada pela visitas e elogios sinceros


VEJA SÓ ESSA DEFINIÇÃO!

"As melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos.
Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo... Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."

MACHADO DE ASSIS

ZELITO GRAVA A TRILHA DO FILME O POETA E A BICICLETA


Após o lançamento do seu primeiro CD – O músico carnaubaense Zelito Coringa passou também a produzir trilhas sonoras. Em 2003 fez a direção musical de Édipo Rei – do grupo Falas & Pantomimas, em 2004 recebe o 1º Lugar do Festival de Teatro Potiguar com espetáculo – Coivarins – Dividindo o prêmio com Dudu Campos e Mazinho Viana. Em 2007, escreve e dirige – A Trilha de um Cantador, montado e apresentado com alunos da cidade São Rafael no Festuern. 2009 grava a canção Índia Apodi para o documentário – Apodi Rota das Artes, e em seguida a convite do O´Pessoal do Tarará concebe arranjos adicionais para o espetáculo – A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró, e mais uma vez juntamente com o mestre da literatura de cordel Antonio Francisco, divide os textos da peça. Hoje pela manhã o músico da terra gravou a trilha sonora do curta metragem – O poeta e a Bicicleta – que será exibido em Mossoró no final de julho.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Traduzir-se

Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém
Fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão
Uma parte de mim, pesa
Pondera
Outra parte, delira
Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte, linguagem
Traduzir uma parte noutra parte
Que é uma questão de vida ou morte
Será arte?

Ferreira Gullar

domingo, 27 de junho de 2010

SUGESTÃO DE LEITURA

A PISADINHA É ESSA, UMA DANÇINHA POR MINUTO.


O amadorismo na feitura da arte e democratização da cultura é tão nocivo quanto às vertentes do banalismo. Este seguimento necessita mais do que qualquer outro do setor público de pessoal capacitado. Há muitas ações do governo federal neste sentido, enquanto isso na maioria dos municípios brasileiros o negócio continua seguindo o rumo das intuições dos mais criativos. Lidar com o imaginário, com emoção e chafurdar na obra de qualquer artista, ser o próprio artista e criar a própria obra carece de muito cuidado. Absurdos são cometidos de forma desproporcional diariamente, aplausos são dados pelas mãos do povo da mesma maneira que aplaudem os Rebolixos, desatenciosamente aplaudem também por falta de senso crítico ou proficuidade, tudo que é mal feito. Sabemos que muita coisa começa de dentro da própria escola, quando não se tem uma orientação criteriosa de alguém realmente habilitado ou até mesmo um agente da cultura trabalhando de mãos dadas com pais e professores. Deveria existir uma escola de arte em cada esquina na mesma proporção que se encontra uma pedra de crack. Isso talvez seja um sonho de algum poeta louco querendo o bem da juventude. Aqui em Carnaubais no Estado do Rio grande do norte já foi criada a secretaria de cultura – literalmente desmembrada de sua raiz, sem orçamento próprio e com o pires na mão sobrevive à mercê da legião da boa vontade dos mais sensíveis. Desgarrada do seio das verbas e verbos da educação vai perdendo também a liga do elo – do anel que une os dois seguimentos em favor do avanço cultural da cidade. A pisadinha é essa, uma dançinha por minuto. Basta existir uma data comemorativa, homenagem, semana disso ou daquilo, festa de alguma autoridade ou coisa do tipo. – Lá se vão às crianças, os jovens para os recantos fazerem os seus papéis, sejam nas dramatizações ou nas insinuantes coreografias. O respeito ao fazer artístico é obrigação de todos, principalmente as escolas devem ser um espaço formador de platéia contínua, sem aderir jamais a qualquer modismo. Vamos lembrar que artes cênicas é puramente teatro, dança é dança, dançinha é dançinha.
Estamos vivenciando o período dos festejos juninos, momento propício para usar sem limites a criatividade e contagiar com satisfação as comunidades, mostrando as nossas tradições, mas o ideal mesmo é que a fusão do matuto com o contemporâneo seja feita dentro de princípios e conceitos, sem perder de vista a alegria e que seja abolido os caprichosos exageros. É preciso cuidar melhor dos textos sem cair no moralismo, escolher com mais atenção o repertório, os passos, as personagens, e não confundir o sorriso de graça com a inconteste beleza da cara pintada da cigana Beleza de Rosa.

Zelito Coringa

FESTEJOS JUNINOS


Entenda como surgiu a tradição das festas juninas

Quando chega o mês de junho, entram em cena o chapéu de palha dos sinhôzinhos, as saias rodadas das sinhazinhas, as fogueiras e a música dos sanfoneiros. Começam as festas juninas, celebradas em todo o país em homenagem a São João, o santo que batizou Jesus Cristo. A tradição, ao contrário do que se imagina, não vem do Nordeste, mas dos países católicos da Europa, onde a festa era chamada de Joanina em referência ao santo. Com a colonização portuguesa, o costume de celebrar o São João no mês de junho atravessou o Atlântico e se incorporou à cultura brasileira, agregando várias influências de todo o mundo. No Brasil, comidas típicas como a mandioca, o jenipapo e doces e pratos feitos à base de milho passaram a fazer parte das comemorações. Os fogos de artifício que pipocam nos céus de junho vêm da China. Aqui, também, outras manifestações folclóricas como o bumba-meu-boi e o tambor de crioulo se misturam ao universo joanino. As primeiras festas em homenagem a São João em solo brasileiro foram celebradas pelos padres jesuítas e datam do século 17.

Mas as influências não param por aí. A tradicional dança da quadrilha nasceu na Inglaterra, entre os séculos 12 e 13, e se popularizou no meio da nobreza francesa. A dança, de passos marcados, remonta aos bailes e festas que agitavam os luxuosos salões dos palácios parisienses. As reverências dos cavalheiros para as damas e movimentos como o túnel e as trocas de braços são os mesmos. Com raízes profundas na fé católica, os festejos juninos, hoje, têm o mesmo formato das famosas quermesses promovidas pelas paróquias, com barraquinhas de quitutes e brincadeiras.

Santos juninos e suas fogueiras

O costume de celebrar festas em torno de uma fogueira é mais antigo que a própria história – o homem primitivo comemorava o sucesso da caça ao redor do fogo, que também assava a carne. Antigos celtas e bretões também celebravam seus ritos pagãos para reverenciar a terra e as colheitas ao redor da fogueira. Mas diz a lenda que Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus, acendeu uma grande fogueira para avisar a todos do nascimento de João (Batista), seu filho. E Maria, que morava um pouco afastada, teria respondido da mesma forma ao sinal. As fogueiras têm formato específico para cada santo:

1. SÃO PEDRO
A pilha é construída em grupos de três e em forma de triângulo

2. SANTO ANTÔNIO
A madeira é empilhada em dois pares opostos, formando um quadrado

3.SÃO JOÃO
Em forma de cone

A DANÇA DA QUADRILHA

Hoje, cada região tem sua própria tradição. Em Minas e em São Paulo, se dança a quadrilha caipira; na Região Central do país, o comum é o saruê e, no Nordeste, o forró e o baião. Quadrilha que se preze tem que ter casamento na roça, com noivos, padre e convidados. É dançada em pares, com um marcador orientando os casais com comandos. Veja os significados:

• Balancê – Balançar o corpo no ritmo da música, sem sair do lugar
• Anavan –Seguir em frente; caminhar agitando os braços para cima
• Returnê –Retornar aos lugares, depois de um determinado passo
• Tur – é uma volta que o casal dá junto, pela direita
• Cumprimento às damas – Dançando, os cavalheiros vão às damas e fazem uma reverência
• Cumprimento aos cavalheiros – As damas vão aos cavalheiros e os cumprimentam, abaixando e segurando os vestidos pelas pontas
• Damas e cavalheiros, atenção para a troca – Este comando significa que as damas devem ir para o centro e os cavalheiros para o lado de fora do círculo (ou vice-versa)
• Passeio na roça – É o ato de ficar passeando em círculos
• Trocar de dama – Os cavalheiros dão um passo à frente, pegando a dama seguinte; repete-se o passo até que voltar ao par inicial
• Trocar de cavalheiro – É um troca-troca, mas apenas as damas se movimentam
• Túnel – Formar duas filas com damas e cavalheiros, um de frente para o outro, segurando as mãos, no alto; o último casal da fila passa por dentro do túnel; um a um, todos os pares fazem o mesmo
• Caminho da roça –Damas e cavalheiros entram em fila indiana e caminham, dançando
• Olha a cobra – Todo mundo pula, para fugir da cobra; no pulo, os pares giram no ar e voltam a caminhar no sentido contrário ao que estavam indo; quem comanda, grita "é mentira!" e todos pulam girando e voltam a caminhar no sentido inicial
• Olha a chuva – Damas e cavalheiros põem as mãos sobre a cabeça, para se proteger da chuva; o marcador grita "é mentira" e todos abaixam as mãos
• Caracol – Todos em fila indiana e começam fazer um movimento em circular, no sentido do centro da roda, formando um caracol; o marcador grita "desviar", o caracol gira ao contrário e se desfaz
• Grande roda – Damas e cavalheiros formam uma grande roda com as mãos dadas. Ao comando, damas vão ao centro, em seguida os cavalheiros
• Coroar damas – Cavalheiros erguem os braços sobre as cabeças das damas
• Coroar cavalheiros – Damas erguem os braços sobre as cabeças dos cavalheiros
• Despedida – Os pares saem da pista de dança, acenando para o povo, às vezes, em passo de galope.

Janey Costa - Estado de Minas

sexta-feira, 25 de junho de 2010

DURAS E DOCES RECORDAÇÕES ESTUDANTÍS


À PROCURA DA PRAÇA

“Minha cidade sem praça, feia sem graça.
O que poderia ser praça nunca teve o cheiro das rosas,
tem bem formosas as meninas que são rosas
que passam distraídas à procura da praça.
Quem pisa de repente na lógica
que deveria ser ótica para poder construir?
Fazer renascer o desejo das moças rosas
que vivem sem poder colher flores para os laços do seu porvir!
Com o poder nas mãos dos trouxas que nada cumprem, nada adubam, nem com fé, nem com bostas: Resuto fisiológico natural e noturno dos animais que deixam ser livres sobre o solo da praça.
Um pé de rosa sequer é plantado sobre as mesmas bostas.”
Quem já pensou na beleza, no prazer que é das rosas viverem entre as rosas,
e na nobreza de ter minha cidade uma simples praça?
- Basta uma dúzia de bancos e prosas vivas sob os olhos sagrados da Santa,
plantemos milhares de rosas:
Margaridas, orquídeas, violetas para enfeitar o azul da noite de amor mais vivido
e as conversas de amigos sobre o seu tricolor.
A boa noite é uma flor conhecida, desconhecida na praça que não é praça.
É planta se desmoronando sem plantas mudas e mudanças no poder.
- Uma açucena erguida quero ver florida e minha juventude bonita viver,
feliz entre o verde das folhas palmas, das moças rosas e das rosas -
O vermelho fazendo encontros na praça.

Poema escrito em 1989 momento de efervescência cultural e militância estudantil, apresentado em sala de aula, declamado em praça pública no grande abraço aos escombros da praça – Publicado 06 anos depois no Jornal do Vale e republicado hoje na Blogosfera após 21 anos.

Zelito Coringa

quinta-feira, 24 de junho de 2010

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL


'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma plateia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:

Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
Zé Priquito (Duquinha),
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
Chefe do puteiro (Aviões do forró),
Mulher roleira (Saia Rodada),
Mulher roleira a resposta (Forró Real),
Chico Rola (Bonde do Forró),
Banho de língua (Solteirões do Forró),
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).
Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo est tico. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na plateia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

INTERPELAÇÃO DO BLOG

O lamentável de tudo isso é ver colegas professores, entre outros profissionais formados, aplaudindo essa desordem cultural e até levando esses repertórios para dentro das escolas, sem que seja feita uma reflexão consciente e crítica.
Concordo com Ariano Suassuna e não tenho vergonha de dizer que carrego comigo o preconceito musical. Somos formadores de opiniões, dentro e fora de sala de aula e não devemos, nem podemos deixar de externar os nossos pensamentos por medo de não ser aceito pela grande maioria. O que é bom vai se perpetuando, o que não presta logo vira lixo.


Prof: Josélia Coringa

quarta-feira, 23 de junho de 2010

EU ACREDITO NISSO!


O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem..

Guimarães Rosa


O sentimento mais importante do ser humano é o amor. Mas eu defino como o mais positivo a esperança.
Janete Clair

terça-feira, 22 de junho de 2010

“Todo ponto de vista é a vista de um ponto”.


LEITURA E COMPREENSÃO DO MUNDO
Antes de formularmos e manifestarmos quaisquer pensamentos, conceitos ou preconceitos a respeito de algo ou alguém, é interessante atentarmos para a célebre frase de Leonardo Boff que intitula o presente artigo, a qual faz parte de seu livro A Águia e a Galinha.
Isto porque todos enxergam o mundo e elaboram seus pontos de vistas (conceitos) de acordo com o ponto em que estão, seja este ponto real e concreto ou imaginário e psicológico. Como Leonardo mesmo disse no citado livro, a cabeça pensa de acordo com o lugar onde pisam os pés e, por isso, nós que somos pais e professores precisamos fazer de nossos lares e escolas um lugar justo a todos, com igualdade de condições.
A escola e a casa devem ser lugares em que a criança aprenda desde cedo a pluralidade do mundo, no qual situações e circunstâncias podem contribuir para determinado condicionamento de pessoas. As nossas escolas precisam ser lugares que permitam a criança ler e interpretar a realidade com um olhar amplo, sem fazer preconceitos que podem afloram atitudes de violências de diversas ordens.
Como são e estão os nossos olhos? Estão fechados apenas em nosso mundo? São e estão abertos para compreender e respeitar a realidade do outro, assim como suas experiências e inexperiências?
Torna-se cada vez mais importante ampliarmos nossa visão de mundo diante daquilo que já nos é comum, ou seja, para aquilo que já nos acostumamos a ver e a viver, tais como situações de injustiças, violências, dores e muitas lágrimas que escorrem em rostos que, muitas vezes, são alheios a nós, deixando-nos indiferentes, pois estamos trancafiados dentro da nossa confortável realidade.
Ao treinarmos nosso olhar para promover a ampliação de nossa visão de mundo, precisamos ser cautelosos para não subjugarmos ainda mais as pessoas que estão, momentaneamente ou não, sendo alvos de nossas posições (sociais, físicas...) ou pontos de vistas. Do lugar onde estão, muitos são aqueles que olham para as pessoas que estão em pontos diferentes dos dele e a julgam inferiores, tendência que muitas pessoas da sociedade têm de transformar a vítima em culpada.
É preciso respeito ao que se apresenta de maneira diferente daquilo que estamos acostumados dentro do nosso universo particular, pois as diferenças são riquezas que nos completam e nos fazem cada vez mais próximos da plenitude da vida e do amor. Na sala de aula, uma das possíveis causas de tantos dissabores possivelmente seja o fato de que as diferenças entre a realidade do professor e do aluno não estão sendo respeitadas e compreendidas pelos envolvidos no processo em que se está vivendo num determinado momento ou lugar.
Para se ter um bom relacionamento com o aluno, o professor não precisa ser igual a ele e anular o que julga ou não correto e aceitável. Não, de forma nenhuma. Da mesma maneira, é preciso fazermos chegar ao conhecimento do aluno que ele não precisa ser como o professor ou seus pais, ainda que estes precisem adotar um comportamento de exemplo do que ensina e transmite em sala de aula e em casa. Ambos, tanto professores quanto alunos podem viver em harmonia mesmo sendo tão diferentes uns dos outros.
Desta maneira, é fundamental compreendermos que, assim como acontece conosco, os pontos de vistas do nosso aluno advêm do lugar onde ele está inserido e da situação que ele está vivendo ou que, por algum motivo, acredita que está ou não vivendo. Às vezes os problemas que o aluno apresenta como causas de seu mau relacionamento com o outro e consigo mesmo são pequenos e insignificantes para seus pais e professores, mas nem por isso devem ser desconsiderados, pois é a maneira como o mundo está sendo lido e interpretado por ele, uma vez que “cada um lê com os olhos que têm”.
Nossa missão e ampliar a capacidade de leitura de mundo de cada um de nossos filhos e alunos, contribuindo para a construção coletiva de um mundo mais justo e igualitário para todos, diminuindo, desta forma, a rivalidade e o preconceito que só nos impedem de melhorar nosso papel de pais e professores de jovens tão ávidos por ser compreendidos e exercer a compreensão.
24/05/2010 - Fonte: Portal Planeta Educaçã

É ISSO...


"...Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a apena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."
Lya Luft

A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer. Mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor, posição, crença. Não importando nada.

Lya Luft

segunda-feira, 21 de junho de 2010

sábado, 19 de junho de 2010

CARNAUBAIS, SE IMPORTE, ACREDITE, A IMUNIDADE AINDA NÃO CHEGOU E A DENGUE PODE MATAR.


A suposta confirmação de um caso grave fez com que o setor de endemias retomasse as ações preventivas, especialmente em minha casa, que a quase um ano não havia recebido visita alguma nesse sentido. Só depois da presumida confirmação e da forma NEGLIGENTE que saí do hospital de Carnaubais, depois de três dias de internação, é que começou a inquietação. Só assim, algumas consciências arderam de preocupações e a DENGUE virou notícia. Lamento e alerto! Se a população não se mobilizar em torno da conscientização e da ação para conter o avanço das contaminações, teremos quadros mais graves num futuro muito próximo. Não se enganem! E por experiência própria, não desejo a ninguém uma picada desse mosquito, nem do caso mais leve, da picada mais acanhada, quem já teve sentiu na pele. Cada um que se cuide! A assistência anda muito precária e nessas horas só a missericordia de DEUS a quem eu agradeço muito.
Resolvi mostrar essa situação porque alguns argumentos estão sendo injustificáveis, e sem sentido, inclusive que foi um caso IMPORTADO. Gostaria muito que assim fosse, pois tenho um filho, familiares, alunos, amigos e não desejo que o pior aconteça. Agora, que o mosquito não é Carnaubaense não duvide! Ele não foi importado, mas poderá ser exportado brevemente se continuarem com esses discursos CONTRADITÓRIOS, O que posso garantir é que nos últimos 20 dias que antecederam essa picada malvada, eu não me ausentei da cidade, só trafeguei de uma comunidade à outra. Se não encontraram criadouros ou focos, continuem a procura porque pode estar bem próximo se proliferarando ou no ar esperando um radar para capturar.É fato!

Veja o que mostra os registros ia fazer exatos um ano dia 22/06/2010 que não recebíamos visitas dos agentes.



REGISTRO DA VISITA EM MINHA CASA NOS DIAS 08/06 E 09/06/2010 QUANDO JÁ ESTAVA EM NATAL NO GIZELDA TRIGUEIRO COM DENGUE.



O combate á dengue é uma responsabilidade dos governos, sejam eles da esfera federal, estadual ou municipal e da coletividade.
Professora: Josélia Coringa

É ISSO AI!


A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos.

George Bernard Shaw
Do blog Devaneios e Loucuras

A VIDA NOS BASTA!
Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

José Saramago

ZELITO NO MISTO CULTURAL DE MOSSORÓ


Depois de fazer o show de lançamento do Mossoró Cidade Junina no último dia 04/06 - evento realizado pela Gerência de Cultura do município destinado a mídia nacional, Zelito recebeu elogios dos jornalistas e público presente, esteve pela primeira vez no palco do Chuva de Bala (11/06), cantou canções autorais do Candeeiro de Cem Vôtis espetáculo musical que terá a direção de Dionízio do Apodi com apoio do Ministério da Cultura. O Músico carnaubaense encerrou ontem a sua participação no Memorial Jazz - projeto de música instrumental que abre espaço para o virtuosismo de artistas potiguares.
Na próxima semana gravará a trilha sonora do filme - O poeta e a bicicleta - curta metragem sobre o poeta, parceiro e amigo Antonio Francisco.
Escrito Por Falando de Saberes

COLUNA DO HERZOG
Conheci ontem (sábado, 12), o talento ao vivo de Zelito Coringa, artista de Carnaubais. Fomos apresentados no "Sêbado". Oportunidade de acompanhar sua voz marcante, virtuosa na companhia de um violâo e a veia poética carregada de sentimento telúrico. - Blog do Carlos Santos

quinta-feira, 17 de junho de 2010


Se eu pudesse...

Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amar
a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo
o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse,
um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo
a resposta e a força para
encontrar a saída."
(Mahatma Gandhi)

MOSQUITOS DA DENGUE CANTAM TROPA DE ELITE

segunda-feira, 14 de junho de 2010

FÁBULA DE ESOPO

A Raposa e o Macaco
Numa grande reunião, entre todos os animais, que fora organizada para eleger um novo líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação. Ele se saiu tão bem com suas cambalhotas, caretas e guinchos, que os animais ali presentes ficaram contagiados. E entusiasmados, daquele dia em diante, resolveram o eleger como seu novo rei.
A Raposa, que não votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais, por terem eleito um líder, a seu ver, tão desqualificado.
Um dia, caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne. Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, que nele não tocara, porque por direito pertencia a sua majestade o Macaco.
O ganancioso Macaco, todo vaidoso e de olho na prenda, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu o pedaço de carne preso a ela, estendeu o braço para pegá-lo, e acabou ficando preso. A Raposa, ao lado, deu uma gargalhada.
"Você pretende ser um Rei," ela disse, "mas é incapaz de cuidar de si mesmo!"
Logo, passado aquele evento, uma nova eleição foi realizada entre os animais. xxxx
Autor: Esopo
Moral da História:
"O verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas qualidades."

Expediente durante jogos do Brasil


Durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo de Futebol, o expediente nas repartições públicas estaduais do Rio Grande do Norte será alterado.

De acordo com publicação do Diário Oficial do último sábado (12), nos dias em que os jogos se realizarem às 15h30, o expediente será encerrado às 14h. Já nas datas em que os jogos forem às 11h, o expediente será interrompido às 10h30 e recomeçará às 14h30.

A decisão para os horários não se aplica nos casos de serviços essenciais de natureza contínua, como saúde e segurança.

FONTE: Assessoria de Imprensa do Governo do Estado.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

CARNAUBAIS A PICADA PODE MATAR E NÃO ESCOLHE QUEM...



O QUE É RUIM NÃO PODE SE PROLIFERAR, SOMOS VIDAS...
QUE HAJA MAIS CONSCIÊNCIA E ATITUDES VERDADEIRAS, QUE OUTROS NÃO VENHAM A SOFRER O MESMO. JÁ QUE O HOSPITAL NÃO OFERECE CONDIÇÕES DE ATENDER A DETERMINADOS CASOS, QUE PELO MENOS DISPONIBILIZEM MEIOS DE DESLOCAR OS DOENTES COM AGILIDADE E DECÊNCIA. FALTA INICIATIVA E BOA VONTADE, NINGUÉM MERECE SER TRATADO COM MOROSIDADE E DESCASO. AOS MÉDICOS QUE ME ATENDERAM E AS ENFERMEIRAS QUE DENTRO DAS SUAS RESTRITAS POSSIBILIDADES, FAZEM O QUE PODEM, MEU AGRADECIMENTO. MUITO OBRIGADA A TODAS VOCÊS.

Inconstância das coisas do mundo!


Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tritezas e alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falta a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se a tristeza,
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
A firmeza somente na incostância.
Gregório de Matos

É ISSO...
Quanto mais forte é um caráter, menos sujeito está à inconstância.
Stendhal

terça-feira, 8 de junho de 2010

SOBREVIVI!!!


JÁ ESTOU DE PÉ E LOGO ESTAREI PRONTA PARA CONTINUAR A DANÇA DA VIDA
AINDA HEI DE BAILAR MUITOS RITMOS...
CREIO QUE VENCE QUEM ACREDITA QUE PODE VENCER.

ROSAS VERMELHAS



Não penso em nada.
Não vejo a hora nem o tempo - como passa !
Cheguei a vomitar rosas vermelhas
mas não sei se vieram as folhas nem se eram verdes.
Não sei quantos anos faz ou quanto fez.
Só sei é que todos já estão falando inglês
- Eu não quero nada.
Mas eles continuam falando ... eu nem sei em que
mês estamos e quando começaram a falar.
Só sei é que continuo a vomitar...
e não são mais rosas vermelhas
- São verdades e meias !


Cibele Camargo - Do Livro "Verdades e 1/2"

A neve e a tempestade matam as flores,
mas nada podem contra as sementes.

(Khalil Gibran)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

SOU...


Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.
Clarice Lispector
Poema à boca fechada

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

José Saramago

Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.
Cecília Meireles

sábado, 5 de junho de 2010

ESPAÇO CONQUISTADO

O músico Zelito Coringa deu o seu belíssimo recado poético musical no coquetel de lançamento do Mossoró Cidade Junina, realizado ontem no memorial da resistência. O evento foi direcionado a imprensa do Estado e a grande mídia nacional. A programação estava recheada de uma diversidade cultural enorme. Se apresentaram ainda: Antonio Francisco, Orquestra Sanfônica, Violonistas Denilson & Guido, projeto Ecoart., corais e performances de atores locais. No próximo dia 11 no mesmo palco do Chuva de Bala - o artista de Carnaubais se apresentará mais uma vez.

PÁSSARO FERIDO





Deixe-me colher o fruto que pende

Dessa tua copa frondosa e bela;

Deixe-me ser a chama da vela

Que no fundo do teu peito te acende

Para as coisas que pareciam mortas,

Para um sentimento desguarnecido

Que outrora foi um pássaro ferido,

Mas que num sopro de vida confortas

E tira já a flecha envenenada

De sua dorida asa emplumada

Num gesto de puro embevecimento.

E se esse pássaro ainda não voa,

Não é por nada, é por coisa à toa;

Apenas repousa nesse vão momento.

Frederico Salvo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

DENGUE NÃO É DENGO NÃO.



Dessa vez presenciei os tratos que são dados para os que não estão do lado da SITUAÇÃO. O Caso é muito antigo e mamãe já me dizia: cuidado meu filho para não ficar doente. Entre o paciente está a emergência que muitas vezes tarda aos que estão com sede de vida. Que entendam o que digo nestas poucas palavras.
A cidade é pequena, mas a alma dela só pode ser muito grande para ter paciência.
Bom mesmo é termos cuidado com a picada do tal mosquito para não perderem a calma.

Zelito Coringa

terça-feira, 1 de junho de 2010

BIBLIOTECAS DEVEM SER ADMINISTRADAS POR PROFISSIONAIS CAPACITADOS


A lei publicada em Diário Oficial da União que obriga todas as escolas públicas e privadas a terem uma biblioteca também estabelece que o espaço deverá ser administrado por profissionais da área. Para a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Nêmora Rodrigues, esse detalhe faz toda a diferença porque sem a organização adequada a biblioteca fica subutilizada. Segundo o Censo Escolar de 2009, 28,2% das escolas públicas do país contam com bibliotecas, atendendo a 53% das matrículas da educação básica. “Nós tivemos muito trabalho para aprovar uma lei que deveria ser o óbvio: todas as bibliotecas deveriam ser aparelhadas e contar com profissionais habilitados”, ressalta Nêmora. Mesmo que a escola conte com o equipamento, é preciso profissionais capacitados para que o espaço não se transforme em um mero “depósito de livros”. “O profissional da área vai prestar serviços tanto na questão da organização de acervos quanto na promoção das atividades que atraiam os alunos para utilizar a biblioteca para ampliar os conhecimentos de sala de aula.
Também é um ponto importante de acesso de informação para professores e a comunidade”, defende a presidente da entidade. A lei estabelece que toda escola tenha um acervo de livros de pelo menos um título por aluno matriculado. O prazo para instalar as bibliotecas é de dez anos. Pesquisa divulgada em abril pelo Ministério da Cultura aponta que 445 municípios do país não têm biblioteca, o que representa 8% do total. O estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão (61). As bibliotecas municipais brasileiras têm em média 4,2 funcionários e a maioria (84%) é mulher. Entretanto, 52% dos trabalhadores desses estabelecimentos não têm capacitação para a atividade
Fonte: Agência Brasil - Data da Publicação da Lei 25 de Maio de 2010.