sábado, 30 de abril de 2016

"Esse acordo foi mais uma bobajada", diz Lya Luft sobre a reforma ortográfica

Depois de um período de seis anos de transição, passam a ser obrigatórias no Brasil as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado com Portugal e mais seis países.
As mudanças, no entanto, provocam dúvidas e críticas. Em entrevista ao repórter Tiago Muniz, da Jovem Pan, a escritora gaúcha Lya Luft reprovou as novas regras. ““Eu acho que esse acordo foi mais uma ‘bobajada’ dessas feitas ninguém sabe direito porquê nem pra quê”, disse.
A escritora acredita que as mudanças, agora oficiais, ainda deixam brechas para interpretações. “Tiraram alguns acentos importantes, como fôrma e forma, o pára do verbo parar, então ainda acontecem frases que ficam ambíguas. Você não sabe se o para é preposição ou do verbo parar”, comentou. “Essas reformas, na minha opinião, significam pouco. Como escritora, zero, porque continuo escrevendo do modo que escreva até 2013”, continuou.
Cerca de 1% das palavras da Língua Portuguesa foram modificadas e, entre as principais mudanças, estão a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o acréscimo do k, w e y, a eliminação do trema sobre a vogal u, a uniformização de acentos e o uso do hífen.
Lya defende que o bom português não depende de detalhes de acentuação: “o que não pode acontecer são erros ortográficos graves, se você é um escritor ou um jornalista, não vai infringir. Se eventualmente um hífen ou um acento está fora da regra, para isso as editoras têm bons revisores que se encarregam desse detalhe”, concluiu

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"Se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho"

Gustavo Ioschpe