quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


O GRITO CARNAUBAENSE

Não se trata aqui de saudosismo estudantil muito menos álibi para comparações, para mim é um refresco no juízo e aprendizado constante. Quem bem se lembra da VOZ DO GRETANE -Informativo do Grêmio Estudantil Tancredo Neves? - Jornalzinho mimeografado dos estudantes secundaristas do município, papel carregado de liberdade, de expressão, de sonhos e poesias. Hoje apesar de existir condições mais favoráveis de tecnologia e informação a juventude vive um momento de atrofiamento cultural e político. O feito da educação, dos projetos sociais é mudar esse quadro gritante, mas quem está comprometido com o marketing anunciado? Todo mundo sabe exatamente as aberrações que estão acontecendo diariamente. Enquanto isso a inverdade prevalece e muita gente diz amém, amém conformado. Está faltando quem se habilite a registrar o filme, fazer o manifesto e apontar com propriedade o rumo novo. Afinal, quem vai entregar a face ao bofete sem medo da reprimenda? No meio desse toma-lá-dá-cá é gente que busca o mero status, a barganha e o fazimento de pouco dos que caem na armadilha da descrença. Aos que relutam em enxergar algo diferente chega a ser desanimador, ver a nossa cidade asfalto-revestida e humanidade prometida vivida nenhuma. Se acharmos o passo da vocação sustentável, fio a fio cada olho da palha e não maquiarmos a cidade tantas vezes destruída, quem sabe poderemos recuperar o tempo perdido. O recomeço deve ser dado se mantivermos firme o que ainda nos resta de coragem, mãos dadas e pés no chão.
É preciso criar outro mote desprendido do estigma maquiavélico, endurecido, mascarado, labioso enfim. Está na hora de usarmos o desprendimento, de sermos lavados por uma avalanche de amor ao próximo, banirmos o egoísmo, o personalismo e uma infinidade de ismo que enfeita o discurso ou discurso nenhum. Quem realmente deseja ver este reduto varzeano sair do atoleiro precisa adubar de coletividade o tão sonhado futuro. Quem quiser reviver ou enriquecer o que estou falando basta fazer uma pequena busca no HD e reescrever com outras palavras o mesmo informativo com nome, conforme e matérias urgentes.

Zelito Coringa

REFLITA!!!

..."Sem a Educação das Sensibilidades, todas as Habilidades são tolas e sem sentido"...(Rubem Alves)

..."Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem"......"O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido"... (Rubem Alves)


"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." (Ghandi)

"Tenho paciência e penso: todo o mal traz consigo algum bem." (Beethoven)


“Em política o que te dizem nunca é tão importante quanto o que você ouve sem querer.” (Millor Fernandes)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

NOTA DE PESAR.

DIA MUITO TRISTE PARA TODOS NÓS...ESPECIALMENTE PARA MEU IRMÃO ZELITO CORINGA... MAIS TRISTE AINDA DIVULGAR O FALECIMENTO DE LUDIMILA...
HOJE NEM TENHO PALAVRAS...
DESEJO AOS COMPANHEIROS DO GRUPO O PESSOAL DO TARARÁ MUITA FORÇA E FÉ EM DEUS. LUDIMILA ESTEVE CONOSCO DURANTE TRÊS MESES EM CARNAUBAIS, ERA UMA PESSOA MARAVILHOSA...

"O blog deseja à Família enlutada as mais sentidas condolências."
Josélia Coringa

ESTAMOS TODOS DE LUTO...

TEATRO POTIGUAR DE LUTO: Atriz do grupo teatral Pessoal do Tarará comete suicídio em mossoró/RN

É com tristeza e pesar que o blog V&C Artigos e Notícias informa o falecimento de Ludmila Albuquerque, estrela do grupo teatral mossoroense Pessoal do Tarará. Nosso blog, defensor ferrenho da cultura potiguar, acompanhava de perto e com orgulho o trabalho dessa promissora atriz. Começamos a observá-la em 2008, ano que o Brasil reconheceu seu talento ao conceder-lhe o titulo de melhor atriz no festival do Rio de Janeiro, com a peça A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró. O grupo Pessoal do Tarará também era muito respeitado no estado de Pernambuco.

DIA MUITO TRISTE PARA A CULTURA POTIGUAR

Ludmila Albuquerque: RN perde uma estrela

A cultura de teatro de Mossoró ficou mais triste na noite de hoje. Faleceu a atriz Ludmila Albuquerque, esposa do também ator Dionísio do Apodi, ambos do grupo teatral. O Pessoal do Tarará participava do espetáculo Chuva de Balas no País de Mossoró. Ludmila recebeu no ano de 2008, o titulo de melhor atriz no festival do Rio de Janeiro, com a peça A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró, do grupo teatral O Pessoal do Tarará. Segundo informações Ludmila estava depressiva em face do rompimento de seu relacionamento matrimonial. Hoje (15/02/2011),a atriz pôs fim a sua própria vida, se enforcando com uma corda. Fato se deu na sua residência no bairro Boa Vista. A Equipe de peritos do ITEP, foi ao local para remoção do corpo ào instituto para os procedimentos de praxe. O corpo será liberado para sepultamento amanhã quarta feira 16 de fevereiro.


LUDMILA BRILHOU NO BRASIL
Único espetáculo nordestino concorrendo no XV Festival de Teatro do Rio de Janeiro, “A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró”, do grupo teatral O Pessoal do Tarará, ganhou um importante prêmio: justamente ela: o de Melhor Atriz. A atriz Ludmila Albuquerque, interpretava Roxana,


PRÊMIO - Ludmila Albuquerque vive papel de Roxana em “A Peleja do Amor...”
PRÊMIO - Ludmila Albuquerque
viveu papel de Roxana em “A Peleja do Amor...”
 Após ganhar o prêmio ela disse: “Não existe prêmio individual no nosso grupo. Tudo é fruto de muita renúncia, e de um trabalho coletivo árduo. Então o prêmio é do grupo inteiro. Até porque independente de qualquer premiação, com prêmio ou sem prêmio, o nosso trabalho continua com muita seriedade e profissionalismo, como sempre foi”. LUDMILA ALBUQUERQUE


Ludmila e minha grande amiga de Apodi, Rokátia:
através dela, conheci o enorme talento dessa grande atriz

O TEATRO ESTÁ DE LUTO: Morre a atriz Ludmila Albuquerque do grupo "O Pessoal do Tarará"


A cultura de teatro de Mossoró ficou mais triste na noite de hoje. Faleceu a atriz Ludmila Albuquerque, esposa do também ator Dionísio do Apodi, ambos do grupo teatral "O Pessoal do Tarará".

Conheci Ludmila e outros componentes do Tarará, em meados de 2004, quando meu irmão ficou responsável da criação da web site do grupo, e freqüentavam minha residência.

Ludmila recebeu no ano de 2008, o titulo de melhor atriz no festival do Rio de Janeiro, com a peça “A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró”, do grupo teatral O Pessoal do Tarará.

Meus sentimentos e condolências ao amigo Dionízio do Apodi e demais membros do grupo Tarará.
http://www.ismaelsousa.hd1.com.br/conteudo.html

domingo, 6 de fevereiro de 2011

ZÉ DE SANTINHA CHEGA AOS NOVENTA
É menino de Zé Bezerra? - Essa pergunta sempre sempre se repete quando o vejo, e eu respondo com a mesma calma: - É ele mesmo seu Zé, o que ficou enganchado em cima da cerca. Â bom, você ainda lembra, cadê seu pai, foi pro roçado? O conhecido Zé de Santinha foi cabra madrugador, vendedor de boi e miunça, criador de uma carrada de gente ali nas vertentes do Olho D`água, dentre a reca de sambudos figura em nosso meio político o Vereador José Maria Soares, o popular Keide.


O tempo passa e o seu inconfundível jeito de andar com o cajado na mão mostra a resistência do bravo nordestino. O seu legado é marcado pelo exemplo de homem trabalhador e honesto. Fora as desavenças que tinha com o seu primo Luiz Coringa (in memoriam) onde duelavam pelas famosas braças de terra. Falando mansinho nunca deu trela aos intermináveis apelidos que recebia do meu saudoso Avô. Aqui vão alguns mais famosos: Bigode de Sabão, Galinha Choca, Marchante de merda, e seguia o diapasão de desaforos de estrada a fora.
A minha infância foi marcada por esses episódios movidos a brabeza, mansidão e comicidade constante. Vê-lo chegar aos 90 é reviver com saudade um pouco da infância. Desejo ao seu Zé de Santinha mais um bocadinho de ano. São os meus votos de parabéns estendidos a todos da família.

Zelito Coringa

SIM...


Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido. Fernando Pessoa

JÁ...


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE...
...Você pode até me empurrar de um penhasco o que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector


Tudo depende só de mim.


"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim."
CHARLIE CHAPLIM

Tu és o meu viver

PENSO QUE...


"A minha consciência tem para mim mais peso do que a opinião do mundo inteiro."

(Cícero)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

EDITAL DE CONVOCAÇÃO


Assembleia Geral



O SINDISEC – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Carnaubais, de acordo com o seu Estatuto, convoca todos os vigias e guardas noturnos, para uma Assembleia Geral, que será realizada no dia 07 de fevereiro de 2011 (segunda-feira), às 14:30h, no SINDISEC, localizado na rua Berlindo Antonio de Santana para deliberar sobre:
Ø Informes
Ø Mudanças da carga horária
Ø Tomadas de decisões


Francinayre Moura Almeida
Presidente

O DOM QUIXOTE DE LA CUANDÚ

Se a bela Carnaubais fosse a famosa Dulcinéia de Toboso, os cavaleiros apostos que se aventuram jurando amor ao poder seriam quase todos remanescentes da mente engenhosa do saudoso Zé Botimha. Diria que muito da invencionice, do desejo apressado, da desfiguração do povo, da afobação, da matança ideológica, do fazimento de pouco e do pouco futuro feito, da batalha contra o próprio rebanho, dos moinhos abandonados pelas vazantes, dos mercadores de gente e da zoadeira transformada em voz ativa em cima de um palanque, renitente ladainha pedinte de votos, projeto rabiscado na última hora- Ergo então o meu quicé e digo que sou fruto do sentimento e da razão, a estrada é cumprida demais, mas tem saída na boca do estreito, escrevendo a crônica do dia pergunto as velhas palmeiras: Perdemos a inocência, embrutecemos, trocamos a ética pela falsa moral, entranhamos quando soam aos ouvidos o eco desmentindo o que foi dito?. Não podemos mudar o ruma da história e virarmos as páginas do passado? Falta-nos que abram os livros da memória em enxerguem à verdade? Ser ou não, não é a questão de fato?- Alguém pode retrucar o que isso quer dizer? O que esse maluco quer dizer nesse galope errante, isso quer dizer que nascer de novo é voltar a sonhar o mesmo o sonho tantas vezes sonhado. Sinceramente o movimento político da terrinha está se resumindo em alguém ser candidato simplesmente, inventar alguma atividade para juntar gente, filiar-se a um partido qualquer, discursar coisa qualquer e no frigir dos ovos como se diz nas esquinas não fazer nada. Sair de fininho na hora oportuna, foi assim que fez a ala progressista carnaubaense perdida no chafurdo das alianças, quando todo mundo cantava Imagine e imaginava uma coisa, foi outra, PT. A apática sigla vive nas sombras e sobras dos acordos sem protagonizar nada de consistente, ninguém consegue fazer a diferença entre lado direito e o esquerdo, parece que não há mais direção a seguir, é muito des-DEM e rem rem rem partidário. A bandeira ideológica chama-se aquisição de mandato a todo custo, verdadeira mercadoria. A compra de voto é fichinha que serve de amoleto ao pobre cavaleiro andante. Espero que mais alguém apareça com um balaio na cabeça cheio de boas intenções.

Zelito Coringa

É ISSO...

Diga o que você pensa com esperança.
Pense no que você faz com fé.
Faça o que você deve fazer com amor!

Ana Carolina

PENSE NISSO!


Olhar para cima


CERTA VEZ UM JOVEM MARINHEIRO TEVE QUE SUBIR AO MASTRO DURANTE UMA TEMPESTADE.
AS ONDAS LEVANTAVAM O BARCO PARA ALTURAS ESTONTEANTES E LOGO EM SEGUIDA
JOGAVAM-NO PARA PROFUNDEZAS ABISMAIS

O JOVEM MARUJO COMEÇOU A SENTIR VERTIGEM E ESTAVA QUASE CAINDO O CAPITÃO GRITOU:
"MOÇO, OLHE PARA CIMA".

DE MANEIRA DECIDIDA, O MARINHEIRO DESVIOU O OLHAR SEU OLHAR DAS ONDAS AMEAÇADORAS E OLHOU PARA CIMA. ELE CONSEGUIU SUBIR COM SEGURANÇA E EXECUTAR A SUA TAREFA

QUANDO OS DIAS DE TRIBULAÇÃO REVOLVEM A NOSSA VIDA, QUANDO AS TEMPESTADES DA VIDA NOS CONFUNDEM, PERDEMOS O EQUILIBRIO E SOMOS AMEAÇADOS DE DESPENCAR.

ENTRETANTO SE DESVIAR-MOS NOSSO OLHAR DOS PERIGOS E OLHARMOS PARA O AJUDADOR, SE BUSCARMOS A FACE DO SENHOR EM ORAÇÃO E AGARRAMOS A SUA PODEROSA MÃO, NOSSO CORAÇÂO SE AQUIETARÁ, RECEBEREMOS FORÇA E PAZ PARA PODERMOS EXECUTAR AS NOSSAS TAREFAS EM MEIO AS TEMPESTADES E FINALMENTE SEREMOS VITORIOSOS.

Autor desconhecido

O MISTÉRIO DA SERRA E A LENDA DO FEITICEIRO

Vovô sempre nós contava

História de assombração

Folclore, Troncoso, e lendas

A saga de lampião

Um pouco de cada coisa

Das entranhas do sertão

E assim todos os dias

Reunidos na calçada

Contava pra todo mundo

História mal assombrada

De cada cidade tinha

Uma história bem contada

Contava tudo que via

No nordeste brasileiro

Histórias arrepiantes

Na sombra de um juazeiro

Sobre cantos de sereias

Em dias de nevoeiro

E numa dessa conversas

Sob o brilho do luar

Vô contou um belo conto

Bonito,espetacular

Uma bela narrativa

Do meu sertão potiguar

No município de Lajes

Existe uma grande serra

Bela como a luz do dia

Imponente sobre a terra

Onde o tempo e o mistério

Convivem em pé de guerra

Vô conta que essa serra

É bonita por inteiro

É chamada pelo povo

De serra do feiticeiro

Uma lenda conhecida

Neste conto brasileiro

A lenda diz que a serra

Lá na colonização

Foi refugio de um índio

Que fugiu pelo sertão

Com medo do extermínio

Daquela população

Esse índio solitário

Era um xamã (curador)

Descendente dos tapuias

Um povo desbravador

Que conviveu com os colonos

Sem ter medo e sem temor

Como todo índio ele

Sabia de alquimia

Rituais, incensos, porções

O mistério da magia

Sua fama se espalhou

Pelas curas que fazia

O velho índio sabia

Como curar animais

Mas a serra só ficou

Conhecida por demais

Quando a cura era feita

Em nos humanos mortais

E assim ficou a serra

Bonita, serena, e bela

De feiticeiro só tem

O nome que é posto nela

Onde foi num foi revive

Como chamas de uma vela


Por isso vou reviver

Um fato que sucedeu

Na serra do feiticeiro

Foi por lá que aconteceu

Uma pequena criança

De sua mãe se perdeu

O seu nome era José

Sobrenome Alexandrino

Com apenas cinco anos

Apesar de ser menino

Ajudava sua mãe

Pastoreando caprino

Quando ia entardecendo

A tragédia aconteceu

O pobre Alexandrino

Lá na serra se perdeu

E a mãe desesperada

Procurava o filho seu

Após três dias de buscas

O corpo foi encontrado

Na região lá da serra

Sob uma pedra deitado

E o menino José

Podia ser sepultado

E assim religiosos

Fizeram uma capela

Onde o menino morreu

E rezaram sobre ela

De divina santa cruz

Botaram seu nome nela

E a cada três de maio

Eles saem em procissão

Os fieis em romaria

Em busca de oração

Trazem fé e esperança

Dentro do seu coração

E aqui termina a história

Que vovô tirou da mente

Sobre o índio e sobre a serra

Sobre a criança inocente

Sobre a memória guardada

No peito daquela gente.

ALDINETE SALES - HISTÓRIA/UERN

CARNAUBAIS/RN