sábado, 25 de setembro de 2010
ÁRVORE DA VIDA
Ao soprar do vento
Balança-se uma evolução de movimentos os leques verdes dos carnaubais
Ao longe entoa uma linda sinfonia de pássaros a cantar
Acorda o dia com uma manhã dourada, e o que vejo... ou o que via...
Era uma floresta imponente de carnaubeiras, todo dia...
Do alto-abaixo, conta uma história de inverno e de verão
Que o machado corta em toras, suas veias e o coração.
Hoje, ela é quase uma lenda que insiste em viver, que um dia já foi tenda, abrigando todo ser.
Vossa excelência de excelente servidão, do mais alto e rústico passadiço à mais nova invenção,
É a árvore da vida que dá vida ao artesão...
É a imagem de Deus que enverdece esse sertão.
Das entranhas da terra seca, germinam palmeiras gentis,
De nome carnaubeira, conhecida dos colibris
Qual pássaro com seu canto num recanto já cantou? A melodia da paz, que se faz...aqui jaz...
Palavras perdidas que me aumentam as feridas, doídas, corroídas das mãos humanas e insanas.
Não me fira, não tire a vida... a vida homicida...
Não me corte, não sou forte, sou árvore da vida...
Se me cortares, serei árvore sem vida.
Autor: Arinaldo Sales
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