domingo, 12 de setembro de 2010

MULHERES NO PODER

Muito se tem falado nos últimos tempos sobre aascensão das mulheres e sobre o crescimento da importância do seu papel nos mais diferentes segmentos da sociedade. Já é comum, inclusive, a presença de mulheres exercendo a função mais destacada na administração de diversos países. Por sinal, uma das maiores economias do mundo moderno, a Alemanha, é comandada por uma delas, a Chanceler Angela Merkel, considerada a mulher mais influente do planeta nos últimos anos. E quem não se lembra de Margarete Tatcher, a primeira ministra que trouxe os britânicos de volta à realidade nas décadas de 70 e 80 e que também comandou a retomada das Ilhas Falklands/Malvinas das mãos dos decadentes generais argentinos? Coincidência ou não, esse acontecimento comandado por uma mulher acelerou a derrocada das ditaduras no continente sul americano, que nem sempre agradecemos, se não me engano. Falando na Argentina, não dá para esquecer que na machista América Latina as representantes do sexo feminino já ocupam o primeiro posto da administração de algumas das principais economias da região. Na própria Argentina, com Cristina Kirchner (que os argentinos vão querer esquecer, possivelmente), e no Chile, com a presidente Michelle Bachelet. Podemos lembrar ainda que, mesmo em algumas tradicionalíssimas sociedades do oriente, é comum a presença de mulheres comandando o país, embora nesses casos a ascensão tenha mais a ver com heranças ditatoriais do que com eleições democráticas. Recordam-se de Imelda Marcos?
"Os exemplos mencionados acima mostram que as mulheres podem ser grandes dirigentes, mas mostram, também, que elas não são passíveis de erros. O que interessa na verdade não é se temos um homem ou uma mulher na direção, o que importa é que tenham competência para o cargo que exercem. Desnecessário dizer que a conduta desonesta, a dissimulação, a intriga, a mentira não deveriam ser tolerados em ninguém, homem ou mulher, em nenhuma circunstância, seja na nossa casa, na nossa empresa..." Isso é ponto pacífico. Mas, devemos ressaltar que, quando se trata da conduta de quem exerce o poder e possui atribuições de mando, com capacidade para interferir na vida e nos negócios de outras pessoas, a exigência de comportamento honesto deve ser maior ainda. "Quem exerce um cargo público, seja ele de Primeiro Ministro, de Presidente da República, de Chefe da Casa Civil...tem de ser mais honesto e competente que os outros. Se essa pessoa age em benefício próprio ou de terceiros ou, ainda, se se vale do cargo para prejudicar quem quer que seja, além de estar cometendo um crime, está ferindo os mais elementares princípios da decência. Isso é válido em qualquer democracia que se preze, tanto para os homens como para as mulheres".

José Robson Coringa Bezerra
Diretor Presidente



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