quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sincaesp apoia Sindicar pela moralização da CEAGESP

ROBSON CORINGA-PRESIDENTE DO SINCAESP
O Sincaesp e o Sindicar uniram forças contra o atual presidente da CEAGESP, Rubens Boffino. Centenas de permissionários e carregadores, segurando faixas com frases de efeito contra a administração de Rubens Boffino paralizaram o mercado na manhã do dia 13.
Há meses as duas entidades alertavam a insatisfação dos permissionários e carregadores com a gestão do presidente que, segundo o Sincaesp, prometeu atender aos anseios dos permissionários, mas nada de concreto foi realizado. Os carregadores e permissionario reclamaram sobre o aumento abusivo dos alugueis e os já crônicos problemas com a manutenção, fiscalização e segurança.

SINCAESP - Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo

VERSOS SOBRE A MINHA CIDADE DE REVERSOS

Nos aluviões varzeanos
Ergueu-se uma cidade
Envolta de um poço d’água
Com muita serenidade
O seu povo ali vivia
Repleto de alegria
Nos aluviões varzeanos
Ergueu-se uma cidade

Sem pensar em vaidade

O seu nome Carnaubais
Vem de uma planta típica
Do nordeste brasileiro
De outras terras ela se estica
E nos vales potiguares
Encanta os nossos olhares
Entre os pés de oiticica

Canafistulas, marizeiros
Se rendem a sua beleza
Dos seus leques verdejantes
Feitos de vento e beleza
Um sopro feito de calma
É assim a sua palma
Aplaudindo a natureza

Do rouxinol no seu talo
Fazendo amor escondido
Do canarinho silvestre
Caçado feito bandido
Cantando não cobra nada
Numa gaiola malvada
Mostra seu canto sofrido

E assim os verdelins
Que aproveitam o toco
E até mesmo o gabiru
Que se esconde no oco
Nesta arvore hospitaleira
O gavião de peneira
Com suas garras de louco

Sem piedade atormenta
Feito o homem de latão
Que sem carne e piedade
Vive de matar canção
Nos pés de carnaubeira
Com as pedras da baladeira
Em cada tiro um canhão

E a maldade se alastra
Sobre a árvore da vida
Que dá nome a minha terra
Que dá nome a minha lida
- Eu me chamo Zé Vareiro
Morador do tabuleiro
Desde a minha infância querida

Ao meu pé de carnaúba
Que cuidei desde pequeno
Onde matei minha fome
Com seu fruto doce ameno
Do seu tronco eu mergulhava
No riacho me banhava
Fosse sol, fosse sereno

Cultuando a beleza
Das suas palmas relutantes
Que aplaudem a passagem
Dos seus novos habitantes
Carnaubais, carnaubeira
Ó deslumbrante palmeira
Proteja as nossas vazantes

Purifique o nosso ar
Mostre a sua resistência
Viva mais duzentos anos
Eu peço até por clemência
- Meu pezinho de cuandu
Perto do Rio - Açu
Cresça com mais imponência

E suba até o infinito
Avisando ao criador
Seja a torre de babel
Eu te peço, por favor,
Diga a Deus lá no céu
Que apague o fogaréu
Tire o povo do temor...

Trechos de um cordel não publicado - Autor Zelito Coringa

segunda-feira, 13 de julho de 2009

CRITICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL


'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.


Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.


Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.


Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

domingo, 12 de julho de 2009

Manias que parecem inofensivas podem ser ponto de partida para o TOC



O que é o Transtorno Obsessivo Compulsivo conhecido como TOC

Os seres humanos possuem suas particularidades, mas o certo é que, todos eles têm manias, as mais variadas possíveis. Porém, ações repetitivas, que podem ser realizadas tanto por crianças, adolescentes ou adultos, podem ser um transtorno comportamental de compulsão.

Entre essas compulsões estão as seguintes: por comida, (anorexia e bulimia – manter-se magro), por bebida alcoólica, sexo, chocolate, remédio, roubo (cleptomania), limpeza, organização, de praticar atividade física (vigorexia), entre outras. Diante deste vasto universo, a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, alerta sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, mais conhecido como T.O.C.

Segundo a médica, o transtorno consiste na combinação de obsessões e compulsões. “Obsessões são pensamentos ou idéias, impulsos, imagens e cenas, que invadem a consciência de forma repetitiva. Já as compulsões são comportamentos repetitivos, como lavar as mãos, fazer verificações e conferências ritualizadas; além de mentais, como rezar, contar, repetir palavras ou frases”, destaca Soraya.

No transtorno, as compulsões são comportamentos repetitivos e intencionais (apesar de quase involuntários) desempenhados em resposta à idéia obsessiva. Soraya afirma que esses impulsos obsessivos e as conseqüentes compulsões são suficientemente intensos para causar sofrimento acentuado, consumir tempo, interferir significativamente na rotina normal da pessoa, no funcionamento ocupacional ou nas atividades e relacionamentos sociais.

Sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Soraya explica que o T.O.C é classificado como um transtorno de ansiedade por causa da forte tensão que sempre surge quando o paciente é impedido de realizar seus rituais. Mas, segundo ela, a ansiedade não é o ponto de partida desse transtorno. Como nos demais transtornos desta classe, o início de tudo são os pensamentos obsessivos ou os rituais repetitivos.

Diagnóstico do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Conforme a médica, os sintomas obsessivos e compulsivos são imprescindíveis para fazer o diagnóstico da doença. Contudo, além dos sintomas são necessários outros critérios. Além disso, Soraya ressalta que é preciso que, em algum momento, o paciente reconheça os acontecimentos como excessivos, exagerados, injustificáveis ou anormais.

Tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

De acordo com a médica, a maior dificuldade para o tratamento do TOC está, exatamente, em convencer o paciente que o que ele sente é uma doença e que é possível tratá-la. “Hoje, o tratamento mais adequado é a combinação de medicamentos com as terapias cognitivo-comportamentais que, isoladamente, também apresentam bons resultados, assim como os antidepressivos”, conclui Soraya.

www.copacabanarunners.net

sábado, 11 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

MUITAS VOZES E IMENSOS FATORES

A intencionalidade dessa fábula é covidar a todos para uma reflexão. De que forma a avaliação tem sido concebida em nosso país?


Era uma vez um Soberano que não queria perder sua soberania, ele tinha uma vontade de dominar muito aguçada. De fato conseguia, sua habilidade era admirável. Um dia querendo avaliar sua competência, reuniu a corte e pediu que FIZESSEM UMA AVLIAÇÃO(o que achavam dele). Um de seus subordinados, muito consciente e atrevido respondeu: - Bem! Vossa Sublimidade, essa resposta não é tão simples assim, os tempos mudaram. Hoje em dia, para responder uma pergunta dessas é preciso saber por que perguntas, ou seja, o que pleiteias com as nossas respostas? Pretendes apenas levantar ibope no seu reinado, queres examinar o nível? Comparar-se com outros Soberanos? De qualquer forma, precisamos que Vossa Alteza nos esclareça o real objetivo dessa avaliação. E, continuou o moço destemido: -também deves nos dizer com que bases devemos fazer essa apreciação. Devemos considerar as habilidades, o domínio, a inteligência, o compromisso, a formação, o planejamento ou o conjunto? Quem de fato será escolhido para fazer a análise dos resultados?
Me desculpe, mas vejo o seguinte: - Se consultarmos somente os nossos aliados, a resposta será uma; certamente favorável a nós. Por outro lado, se visarmos o todo, e inclusive utilizarmos parâmetros nacionais, fatos da realidade, o resultado tenderá ser outro.
E ainda insistiu: - Vai ter prova escrita? Vai ser contínua? Terá observações? Afinal, vai ser legítima? Depois dos resultados, o que vai acontecer? Me compreenda Vossa alteza só desejo saber. O algoz, fez cara de desapontado...

Moral: Na vida não temos como fugir das avaliações e suas consequências, elas são importantes sim! Resta-nos saber se não haverá abstração e qual o verdadeiro olhar do avaliador.


Autora: JOSÉLIA CORINGA

quinta-feira, 9 de julho de 2009

PERCORRENDO AS PÁGINAS DA VIDA


Conheci uma jovem que desde cedo começou a gostar de livros, empilhar revistas, adorar papeis, e assim cresceu. Alguns eram lidos, outros não, ela os adorava. Sonhava em ser odontóloga, recortava matérias, colecionava artigos, tudo sobre a profissão. Após algumas tentativas o sonho morreu. Pobre menina! Pobre num sentido amplo, não acompanhou os cálculos, as fórmulas, nem passando conseguiria manter o curso tão sonhado. Resolveu então seguir outra carreira, apostou sem olhar firme e conseguiu. No início não se sentia bem, achava-se ainda confusa, pensou em desistir, mas a voz da razão falou mais alto, apsar de não ser aquilo que almejava, prosseguiu acreditando que ia vencer. Sempre organizada, exigente consigo mesma, sonhadora e tímida de morrer.
logo a vida a fez perceber que sonhos e objetivos também são atropelados, inevitavelmente...e metas deveriam ser traçadas e impostas diante das limitações da época, da vida, por que não dizer?
Como muitos, passou por transtornos corriqueiros, familiares e outros. Foram valiosos, pois a conduziu para o amadurecimento. Hoje, essa jovem com traços aparentemente frágeis é uma mulher, de uma grandeza infinita, uma mulher que ainda acumula livros, agora mais que antes, planeja aulas ( foi o que a vida gentilmente lhe ofereceu). Tornou-se professora numa cidadezinha de um interior complexo.
Aprendeu que para ser feliz não é preciso ser egoísta, atropelar os outros, visar bens materiais como prioridade absoluta. Aprendeu que pelo essencial é necessário lutar, é necessário sofrer, é isso que marcará toda uma existência, pode até deixar cicatrizes, marcas profundas, mas ficará na memória, na história...
Aprendeu ainda, que o acidental é passageiro, aparece e vai embora, como um vaso que quebra e junta-se os cacos para colocar no lixo, não se deve pois perder tempo com isso. A vida sim, é essencial, como essencial é a liberdade, os valores morais, o amor em toda sua plenitude, os grandes e verdadeiros amigos. Essa mulher tem traços da mãe, aspectos fortes do pai e carrega consigo o cordão umbilical ligado a família, porque acredita que a família é a ponte, é o todo, é o que completa sua felicidade, é guiada pela fé e já construiu uma cátedra em sua alma.


Josélia Coringa

quarta-feira, 8 de julho de 2009

TEMOS QUE APRENDER A LIDAR COM A PACIÊNCIA JAMAIS COM O COMODISMO.









Lenine - Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para (a vida não para não... a vida
não para)

FAMÍLIA



Fortes abraços, grandes decepções, é alegria, imcompreensão, compreensão, momentos felizes, dias marcantes, uma bela ceia de Natal, um churrasco no quintal, final de semana na praia, torcidas na copa do mundo, discussão por qualquer motivo, Dia da Mães feliz, Dia dos Pais também, um dia para tirar fotos, uma sobremesa especial. Um banho de chuva, um chá para o resfriado, dívida no final do mês, histórias de trancoso, o alzaimer do vovô( que falta me faz sua memória!), pedaladas no fim da tarde, passeios ao rio, conversas no alpendre de casa, uma noite sem energia, apenas a luz da lua, aniversário do cãozinho (já esta ficando velho o xodó da família), tensão no vestibular, lágrimas no resultado, (finalmente positivo), muitos desabafos, olhos inundados, risos ao mesmo tempo, a emoção da mamãe, o orgulho do papai, a alegria eufórica dos irmãos, um mundo novo, uma porta que se abre, um futuro brilhante, muitos sonhos...

Aldinete Sales é aluna do curso de HISTÓRIA da UERN Assu-RN
Filha de Sr. Aldinho e D. Irene, uma grande mulher, que criou os filhos enfrentando diversas dificuldades, mas que os ensinou a ter grandeza de espírito e determinação.
Hoje todos estão fazendo faculdade.

Num sentido amplo, todos somos educadores




Somos "educadores",
porque ensinamos
- consciente ou inconscientemente -
formas mais ou menos interessantes de viver,
que podem servir de estímulo para evoluir
ou de pretexto para manter-se na mediocridade.

Somos educadores,
quando vamos nos construindo
como pessoas melhores, mais equilibradas,
mais competentes
profissionalmente,
emocionalmente,
socialmente.

Somos educadores de nós mesmos,
se vivemos cada etapa da vida com coerência,
aprendendo a lidar com nossas dificuldades,
contradições, defeitos,
e avançamos, no ritmo possível,
tornando-nos pessoas mais afetivas, engajadas, realizadas.

Somos educadores,
quando contribuímos para motivar as pessoas
que estão perto de nós,
quando transmitimos esperança,
quando ensinamos valores humanizadores,
principalmente pelas nossas ações.

Somos educadores,
quando construímos uma trajetória pessoal,
familiar, profissional e social digna,
crescente e rica em todas as dimensões.

Muitos não acreditam no seu potencial de crescimento
e, infelizmente, se perdem ou se contentam
com uma vida superficial,
consumista, autocentrada e insignificante.

Vale a pena - ao olhar para nossa vida, tão rápida e insegura –
constatar que está valendo a pena,
que nosso saldo é positivo,
que não nos contentamos simplesmente em sobreviver,
que nos realizamos cada vez mais
- com problemas e contradições -
como pessoas mais abertas, humanas e atuantes socialmente.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

SUGESTÕES DE LEITURAS


A Pedagogia do Ser – Educação dos sentimentos e dos valores humanos

Este livro é maravilhoso!

voltado para a educação dos sentimentos e valores humanos. Sintetiza as teorias dos grandes mestres nas diversas áreas do conhecimento, conseguindo, de forma objetiva, aprofundar as questões fundamentais do contexto atual, triste contexto, mas o mesmo indica caminhos que promovem mudanças na educação e na sociedade. Essa sociedade que de fato necessita de uma reforma em todos os aspectos.
Josélia Coringa

"É possível transformar o homem e a realidade, basta que para isso se tenha consciência do que se quer fazer e mobilize todos os envolvidos para essa ação".
Dulce Moreira

Ser professor e dirigir professores em tempos de mudanças


Ser professor e dirigir professores em tempos de mudança é um grande ensaio sobre a educação como tarefa de humanização. Numa primeira parte os autores nos oferecem o que poderíamos chamar de arquitetura dos . Entendendo por sonhos essa capacidade que possuímos todos nós, seres humanos - e, mais concretamente, os educadores -, para imaginar e projetar o futuro e, por sua vez, construí-lo, conscientes de que o mundo está por fazer e de que sempre existe a possibilidade do melhor.

Uma arquitetura dinâmica e aberta ao questionamento, ao diálogo, à escuta; e, sobretudo, uma arquitetura na qual os tradicionais termos programação, projeto, estratégias ou currículo se fundem com outros, sem dúvida mais importantes: paixão, desprendimento, alegria, ternura, entusiasmo ou esperança. Estabelecida dessa forma a prioridade do educador como sujeito, em relação a toda a estrutura escolar, os autores nos oferecem o que, neste caso, poderíamos chamar a arquitetura de uma missão compartilhada.

É a arquitetura de um projeto comunitário de solidariedade e de esperança no qual confluem os sonhos compartilhados dos professores e professoras que trabalham em uma mesma escola, dinamizados, todos eles, por uma equipe de direção cuja função essencial é o apoio, o estímulo e a motivação do professorado.Na busca de um novo de direção, analisam-se os novos processos de comunicação de que hoje dispomos, sem esquecer a empatia que persiste como alma de toda comunicação.

Discute-se a questão do trabalho em equipe, o papel da liderança e o clima que deve predominar na escola. A obra se conclui com uma bela síntese em torno da idéia da educação como tarefa de humanização, que esteve sempre através do desenvolvimento do tema, e com preciosas indicações bibliográficas, divididas em quatro seções: direção, ser professor, educação em geral e temas vários.

REFLITA!

É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver. Gabriel Garcia Marquez

domingo, 5 de julho de 2009

LEITURA CRITICA

MEC e CNE dão tiro de misericórdia na escola pública de nível médio


Capitaneado por Fernando Haddad, o MEC e o CNE deram o tiro de misericórdia na escola pública de ensino médio. Tudo ia mal nessa escola, e ela estava agonizando. Pode-se ficar calmo agora, ela não vai mais sofrer. Virá o descanso eterno.
Essa escola foi o nosso orgulho no passado. Éramos um Brasil que iria ter futuro, quando olhávamos tal escola. Seus professores eram tão ou mais importantes que os das faculdades. Cada disciplina dava condição de se aprender realmente o que iria ser requisitado no início da faculdade. Isso foi assim, e só faz vinte ou trinta anos. Tornada profissionalizante pela LDBN de 1971 e, depois, conduzida a uma descaracterização total ao final do Regime Militar, ela nunca mais se recuperou. Oito anos de governo FHC e, então, mais oito anos com Lula, e ela só piorou. Finalmente encontrou-se a solução, típica de veterinário ruim: sacrificá-la.
Agora sim, realmente dá para entender o que o ministro Fernando Haddad queria dizer quando ligou para minha casa, querendo se desculpar pela sua articulação com os grupos empresariais – nitidamente conservadores – do movimento “Todos pela Educação”. Também agora consigo ver, claramente, a razão do Jarbas Passarinho dizer publicamente que “ah, gosto daquele moço”. É que Fernando Haddad tinha uma tendência de falar de socialismo e posar de esquerda, mas sua prática política é a da direita. Se não é no todo, é nas partes principais. No caso da medida sobre a escola média, o ato é visivelmente reacionário.
Segundo as
novas regras, a escola média poderá optar por estudos interdisciplinares. Ela poderá diluir as disciplinas tradicionais em “eixos temáticos”. Além disso, os estudos poderão ser organizados pelo aluno. Há mais novidades, mas nem vale a pena citar – é tudo muito triste.
As conseqüências disso, nós já sabemos. O pessoal do MEC e adjacências leu demais Edgar Morin, mas não entendeu. Acreditou que interdisciplinaridade é coisa simples. Na prática, o que ocorrerá será o seguinte: a escola particular terá condições de se flexibilizar e, funcionando por eixos, terá a chance de contratar professores menos especializados e, até mesmo, um professor para diversos assuntos. Economizará com isso, principalmente em direitos trabalhistas. Ao mesmo tempo, tendo que colocar os alunos nas faculdades, voltará a fortalecer o sistema integrado com o cursinho, como já se fazia. Assim, o MEC dá um presentão para os donos de escolas. É a festa do empresariado do ensino médio, e nós pagamos a conta.
As escolas públicas, sempre sem dinheiro, perdidas nas periferias e ao sabor da violência e do descaso, virarão logo uma bagunça. O aluno que, enfim, não sabe escolher matérias na faculdade, agora, dois ou três anos mais jovem, vai ele próprio organizar seus estudos. E vai fazer isso sozinho. Pois sabemos que os professores do ensino médio se formaram em licenciaturas específicas, não vão se arriscar em se responsabilizar pelos tais eixos temáticos. Aliás, só os que não sabem o que não sabem, os mal formados, irão dizer para o diretor “deixa comigo”. Caso a escola enverede por isso, por força de lei, haverá a desresponsabilização geral dos melhores professores em relação ao ensino.
Eis o professor da escola média, como ele fica: roubaram seus salários, seu prestígio, sua cátedra e, agora, tiraram dele seu último trunfo: o diploma. Na prática, deslegitimaram seu diploma. Sua formação de químico, físico, filósofo etc. não serve mais para nada. Os eixos temáticos serão uma forma de desqualificá-lo de vez. O presente para os donos de escolas é, então, para os professores e diretores do sistema público de ensino, um tiro nas costas.
O PT, o MEC e Fernando Haddad deveriam se envergonhar disso. Um partido que um dia teve como deputado Florestan Fernandes, um intelectual que deu total privilégio às especializações na formação da licenciatura, pois é delas que nasce, bem mais tarde, a multidisciplinaridade, é agora derrotado pelo seu próprio partido. Que partido? Este PT aí, vendido que está aos setores empresariais. Nem mesmo Paulo Freire, que era próximo de métodos escolanovistas, iria aprovar algo assim. Lembro-me bem de Paulo Freire, quando fui seu aluno, de como ele insistia nas linhas disciplinares, para que delas se pudesse ter o campo cultural mais complexo. Aliás, nesse ponto, ele convergia com Florestan, quando o assunto era educação formal.
O PT desse tempo acabou. Esse novo PT de Fernando Haddad em nada tem de progressista. Em educação, então, atua em consonância com uma política que faz tudo, hoje, para colocar ladeira abaixo as vitórias que tivemos nas lutas em favor da escola pública de ensino médio. Nunca vi traição tão grande. Uma traição preparada. Nunca vi uma venda da alma dessa maneira. Mas, aconteceu.
Minha única vingança contra esses abutres: novo capítulo para novos livros em filosofia e história da educação, dando nome aos responsáveis e culpados por esse tiro fatal na escola média pública, por essa falcatrua. Podem fazer o mal feito, corvos, mas, pela história, ficarão gravados como os que solaparam nosso ensino estatal.

Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

SOLTE A PANELA


Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.

A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.

Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida.

Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo.

Na verdade, era o calor da tina...

Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.

O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.

Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida.

O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

Quando terminei de ouvir esta história, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.

Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes.

Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir.

Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.

Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.

Solte a panela!

REFLEXÃO: Ana Maria Braga 03/07/09

Contraponto - Sem meias palavras nem radicalismo

Sempre primei por opiniões formadoras de consciência, sem querer por hipótese nenhuma macular a imagem de cidadão nenhum.
Também nunca usamos de subterfúgios, mecanismos alienantes, manipuladores da vontade individual ou coletiva, para com isso tirar proveito de outrem.
Agimos sempre corajosamente, sem medo da interpretação equivocada, seja lá de quem for.
Somos responsáveis por tudo que tiver o crivo da nossa palavra ou escrita, sem querer atingir méritos tercerizados, não usamos de mercenarismos , para adquirirmos vantagens, status social ou econômico, com esse ou, com aquele governante.
Elogiamos alguém por plena convicçao de oficio... criticamos por responsabilidades do dever praticado em nome da honestidade e lisura dos fatos.
Somos sim, independentes com respeito aos compromissos assumidos, somos também obedientes as conviniências das ações dignas de serem exercidas, sem atrelamentos expúrios da honra e da liberdade de existir como cidadão probo e respeitado.
Portanto, cada um é responsável pela a estrada que quer andar, o meu caminho será sempre o da decência e da honradez.
Nada me impedirá de seguir essa trilha, embora more longe um do outro quem conseguir sobreviver preservando esses princípios. Seja daqui ou dá colá, temos uma relação profunda de atenção por quem souber agir dentro desses parâmetros.
Ningúem vive só de sonhos nem de ilusões, mas a realidade dos canalhas é, algo que não devemos cultuar em nossos conceitos.


Escrito por aluiziolacerda às 11h09