quinta-feira, 9 de julho de 2009
PERCORRENDO AS PÁGINAS DA VIDA
Conheci uma jovem que desde cedo começou a gostar de livros, empilhar revistas, adorar papeis, e assim cresceu. Alguns eram lidos, outros não, ela os adorava. Sonhava em ser odontóloga, recortava matérias, colecionava artigos, tudo sobre a profissão. Após algumas tentativas o sonho morreu. Pobre menina! Pobre num sentido amplo, não acompanhou os cálculos, as fórmulas, nem passando conseguiria manter o curso tão sonhado. Resolveu então seguir outra carreira, apostou sem olhar firme e conseguiu. No início não se sentia bem, achava-se ainda confusa, pensou em desistir, mas a voz da razão falou mais alto, apsar de não ser aquilo que almejava, prosseguiu acreditando que ia vencer. Sempre organizada, exigente consigo mesma, sonhadora e tímida de morrer.
logo a vida a fez perceber que sonhos e objetivos também são atropelados, inevitavelmente...e metas deveriam ser traçadas e impostas diante das limitações da época, da vida, por que não dizer?
Como muitos, passou por transtornos corriqueiros, familiares e outros. Foram valiosos, pois a conduziu para o amadurecimento. Hoje, essa jovem com traços aparentemente frágeis é uma mulher, de uma grandeza infinita, uma mulher que ainda acumula livros, agora mais que antes, planeja aulas ( foi o que a vida gentilmente lhe ofereceu). Tornou-se professora numa cidadezinha de um interior complexo.
Aprendeu que para ser feliz não é preciso ser egoísta, atropelar os outros, visar bens materiais como prioridade absoluta. Aprendeu que pelo essencial é necessário lutar, é necessário sofrer, é isso que marcará toda uma existência, pode até deixar cicatrizes, marcas profundas, mas ficará na memória, na história...
Aprendeu ainda, que o acidental é passageiro, aparece e vai embora, como um vaso que quebra e junta-se os cacos para colocar no lixo, não se deve pois perder tempo com isso. A vida sim, é essencial, como essencial é a liberdade, os valores morais, o amor em toda sua plenitude, os grandes e verdadeiros amigos. Essa mulher tem traços da mãe, aspectos fortes do pai e carrega consigo o cordão umbilical ligado a família, porque acredita que a família é a ponte, é o todo, é o que completa sua felicidade, é guiada pela fé e já construiu uma cátedra em sua alma.
Josélia Coringa
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