Nem sempre aquilo que se planeja com afeição, que sonhamos ser melhor para todos pode está ao nosso alcance no exato momento que queremos. Pensar que o mundo gira em torno de nós com exclusividade como se fossemos o sol resplandecente, e gritarmos em alto som pelas esquinas da cidade com estandarte na mão, repetindo o mesmo e velho refrão: Se fosse eu que estivesse lá seria feito assim e assado; Se fosse eu que estivesse na posição pegava aquele atalho; Se fosse eu que estivesse à frente da luta faria uma revolução sem procedentes, se fosse eu seria outra coisa e a carruagem botava nos eixos.
Enquanto o centro de tudo continuar sendo o próprio “Eu” e os demais excluídos e subordinados sem direito a reclamar de seus proventos, de certo nada mudará com a pressa que queremos mas, é ligeiramente preciso que não nos escondemos diante de tamanha aquarela.
Qual a moral dessa história e onde pretendo chegar? Desejo levar a todos a uma meditação serena, para que a prática do julgamento precipitado, das palavras distorcidas por pura maldade, da calúnia, da propagação de um quadro irreal, do desrespeito seja aos poucos banido do nosso meio sagrado, especialmente dos corredores da nossa educação.
As reivindicações tão constantes deveriam continuar, e o cenário apontado revestido de perfeição que aconteça com brevidade.
Criticar de forma apressada sem levar em conta a vontade, a capacidade e integridade do outro é uma ação que não deve ser repetida para que não sejamos obrigados a pisar no próprio calo, e ainda sorrir como se tudo estivesse lindo e maravilhoso. Os papéis agora se inverteram nas escrivaninhas, e essas são testemunhas do desejo aguçado de cada um. Defendo que a educação nos quatro cantos desse país seja gerida por educadores, para que lutem pela causa como mais propriedade, colocando o valor pedagógico acima de qualquer outro interesse.
Agora e nem no futuro não podemos ver desfalecidas as mentes pensantes, ferrenhas, eloqüentes, oposicionistas e corretas na execução dos direitos, na melhoria da qualidade do ensino, firmes em suas oratórias e idealismo, dispostas a cobranças com tanto muído, e agora? Onde anda nossos representantes legais? Tropeçam nas pedras fingindo não sentir dor nas canelas? Moldaram-se em suas bancas?
Enfim, desejo ver a nossa cidade crescendo em todos os aspectos e esse carece ser um sentimento verdadeiro, coletivo, pautado na certeza que é possível ser desfigurada essa monteira de coisas miudinhas.
Josélia Coringa
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