Não tem um dia sequer no qual eu não chegue à minha casa com as pernas inchadas e a cabeça também, digo melhor, todo fim de tarde, sinto a alma perturbada, um peso na consciência, uma sensação de transgressão. É algo tão estranho que não sei dizer exatamente. Apenas sei que sou um professor imaturo, ainda sofro demais com os desrespeitos sofridos e o mau andamento do combinado da escola. Quem me dera não precisasse mais de me defender, procurar aceitação e reconhecimento. Quando meus lábios não mais abrirem nem para queixar-me e nem para importunar os colegas, então eu dormiria em paz!
Mas, que profissão desgraçada é essa, em que as relações são enfrentamentos e embates desgastantes? Quando não é com um, é com outro (Professor/alunos, Professor/Professores, Professor/coordenadores, Professor/diretores, Professor/pais, Professor/zeladores, Professor/merendeiras)! Nunca estamos mais inseguros emocionalmente do que nesses momentos de exposição às relações complicadamente inevitáveis. O incrível é que o índice de suicídios entre os que dependem da escola para viver é baixo, mas cada dia, mato um pouco de mim mesmo, com o objetivo de fazer calar minha voz interior, ou melhor, estou tentando me livrar das perturbações interiores desenvolvendo uma consciência depravada, fraca, viciada que me faça feliz no torpor da vida. Quero me aquietar diante dos homens e de Deus. Ou perder o respeito de mim mesmo. Ou ainda deixar de preocupar com o que os outros pensam de mim.
Por isso digo que depois de vinte longos anos de magistério ainda sou imaturo, pois estou preocupado com meus próprios problemas da vida. Hoje aprendi que não podemos esperar um contínuo amor e favor dos outros mediante um padrão imposto por nós mesmos como regra.
Se me fosse perguntado, hoje, quem eu considero um professor maduro, mais forte, mais bem-sucedido, o mais impressivo, certamente eu selecionaria alguém oposto de mim, e diria que era o mais confiante, o mais agressivo, o mais liderador. Já não me importa o que vão pensar de mim, para meu conforto leio na história que homens de extraordinário amor e fé não precisaram temer serem ignorados ou esquecidos. Homens de genuína bondade serão procurados por toda parte. Os bons samaritanos são bem conhecido em todos os lugares. Ou o mal continuará vencendo o bem?
Postado por Claudeko
Mas, que profissão desgraçada é essa, em que as relações são enfrentamentos e embates desgastantes? Quando não é com um, é com outro (Professor/alunos, Professor/Professores, Professor/coordenadores, Professor/diretores, Professor/pais, Professor/zeladores, Professor/merendeiras)! Nunca estamos mais inseguros emocionalmente do que nesses momentos de exposição às relações complicadamente inevitáveis. O incrível é que o índice de suicídios entre os que dependem da escola para viver é baixo, mas cada dia, mato um pouco de mim mesmo, com o objetivo de fazer calar minha voz interior, ou melhor, estou tentando me livrar das perturbações interiores desenvolvendo uma consciência depravada, fraca, viciada que me faça feliz no torpor da vida. Quero me aquietar diante dos homens e de Deus. Ou perder o respeito de mim mesmo. Ou ainda deixar de preocupar com o que os outros pensam de mim.
Por isso digo que depois de vinte longos anos de magistério ainda sou imaturo, pois estou preocupado com meus próprios problemas da vida. Hoje aprendi que não podemos esperar um contínuo amor e favor dos outros mediante um padrão imposto por nós mesmos como regra.
Se me fosse perguntado, hoje, quem eu considero um professor maduro, mais forte, mais bem-sucedido, o mais impressivo, certamente eu selecionaria alguém oposto de mim, e diria que era o mais confiante, o mais agressivo, o mais liderador. Já não me importa o que vão pensar de mim, para meu conforto leio na história que homens de extraordinário amor e fé não precisaram temer serem ignorados ou esquecidos. Homens de genuína bondade serão procurados por toda parte. Os bons samaritanos são bem conhecido em todos os lugares. Ou o mal continuará vencendo o bem?
Postado por Claudeko
Claudeci Ferreira de Andrade
Um comentário:
Agradecido por merecer um cantinho em seu blog, de textos bem selecionados, de ilustres. Minha intenção é contribuir com minha experiência. Que a educação se enxergue. Abraço!
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