Se estivéssemos numa luta de Boxe divididas seriam as categorias assim sobrepostas: Peso pesado, peso mosca, peso cruzado, meio médio, galo Júnior, peso mínimo, mini-mosca, peso leve, entre outras tantas penas e pesos enquadrados. Que medidas são essas vendidas a peso de ouro nos bastidores da luta? Que alianças são essas em desacordos constantes? Que desaforo é esse? Que bofete certeiro na cara. Subestimar a força dos neurônios rotos da hegemonia brutal do povo é caminho perigoso demais frente ao mau costume antigo de lambidas e lobbies na carne e no tutano do osso. Hoje digo o que penso como verdade, amanhã eu nego na reviravolta do meu juízo fraco. Realinha-se o verbo e a vida segue na metafórica pancada. Ter a coragem de subir ao ringue sem usar as luvas que amortece o golpe, é fugir da técnica, é perder por pontos, esperar a soma do último assalto. O nocaute nem sempre acontece no primeiro round, numa fração de segundos perde-se por um ato de mera displicência. Quando o sujeito pretende ser um boxeador de verdade deve aprender que entre o desafio da luta existe um juiz pacificador, regras estabelecidas e que muitas vezes poderiam ser resolvidas de maneira menos truanesca. A reforma íntima dos intelectos deve ser uma busca verdadeiramente amorosa, proferir palavras com intenção de mostrar desagravo de uns e apego de outros, só reafirma o ranço de muitos embates íntimos. No tatame deve prevalecer o respeito ao pugilista na cruel revanche, ainda que o vencedor erga o cinturão de ouro é preciso abraçar respeitosamente o seu opositor. Portanto, nesse jogo pesado cada um joga de acordo com seu peso. Categoricamente as penas deveriam ter crescido nos braços de alguns homens. Vencer com lealdade e voar levemente caracteriza a grandeza do pequeno pássaro.
Zelito Coringa
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