sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

PENSO QUE...

Seja qual for o campo em que atue, nenhuma pessoa pode esperar uma aprovação unânime sobre o trabalho que realiza, sobre os atos que pratica e muito menos sobre as idéias que expõe.
Se a atividade exercida envolver responsabilidades diretivas sobre uma empresa, uma entidade, um time que seja, ou mesmo sobre um país inteiro, aí que o indivíduo não deve pretender, em hipótese alguma, estar acima de eventuais críticas em relação a seus atos. Imaginar-se acima de qualquer contestação ou de qualquer manifestação de desagrado é uma atitude que não combina com um dos mais sagrados princípios de uma sociedade verdadeiramente democrática, que é o do direito à livre manifestação do pensamento. Considerar-se como dono da verdade absoluta ou como autor de receitas definitivas, na maioria das vezes significa apenas a exposição de um espírito mesquinho e autoritário, seja isso feito de maneira consciente ou inconsciente. Quando feita de maneira consciente, a atitude denota presunção, mau caráter e outras coisas do gênero. Se tratar de uma atitude inconsciente, ela revela só deslumbramento e ignorância mesmo. Para avaliar o que terá conseqüências mais nefastas para o conjunto das pessoas atingidas (se um autoritário presunçoso ou um ignorante deslumbrado), poderiamos simplificar dizendo que o pior, sem dúvida, seria a junção das duas coisas. Mas, infelizmente, não é só isso. Muito pior para todos é quando a comunidade atingida, quer na empresa, na entidade, no time ou no país não consegue organizar-se para reverter a situação, ficando à mercê do demagogo, seja por indigência cultural e educacional, seja por puro comodismo. Não havendo oposição consciente e responsável, pode-se esperar queda progressiva no resultado de qualquer negócio, seja uma empresa ou um país. Portanto, é um exercício de cidadania exercer nosso direito de criticar e exigir eficiência na condução dos assuntos que dizem respeito à comunidade na qual no inserimos. Abdicar dessa atitude política significa render-se à máxima atribuída à Platão que diz: “a desgraça de quem não gosta de política é que será governado por quem gosta”

José Robson Coringa - Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças - Ministério da Agricultura
MATÉRIA SOBRE O CONSUMO DE HORTIFRUTI NO BRASIL 
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/playerpopup.aspx?midia=140909&channel=98 - CANAL RURAL

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