Segundo Luckesi (2011) “o ato de
avaliar a aprendizagem na escola é um meio de tornar os atos de ensinar e
aprender produtivos e satisfatórios”. Assim, não podemos desvincular a
avaliação do aluno do processo de ensino do professor. O processo de
ensino/aprendizagem é muito mais complexo que isso. A avaliação como
instrumento a serviço da aprendizagem do aluno deve contribuir para a análise e
para a decisão de quais ações pedagógicas deverão ser tomadas durante o
processo de ensino.
Apesar de ainda presente em muitas
escolas, a avaliação no fim do processo e apenas como constatação não contribui
para o avanço da aprendizagem do aluno. A constatação é o princípio, é o ponto
em que atribuímos uma qualidade (positiva ou negativa) ao que está sendo
avaliado.
A partir daí entra a análise e a tomada
de decisão sobre “o que fazer”, por isso a avaliação deve ser contínua e não
apenas no fim de cada etapa.
Luckesi nos diz que “(…) para
qualificar a aprendizagem de nossos educandos, importa, de um lado, ter clara a
teoria que utilizamos como suporte de nossa prática pedagógica, e, de outro, o
planejamento de ensino, que estabelecemos como guia para nossa prática de
ensinar no decorrer das unidades de ensino do ano letivo”.
Se detecto durante o processo de ensino
que alguns alunos não conseguiram atingir os objetivos propostos, é o momento
de redirecionar minhas ações para que as metas de aprendizagem sejam atingidas.
Por outro lado, também é importante que desenvolvamos em nossos alunos a
habilidade de se autoavaliar, para que dessa forma possam apropriar-se dos
recursos internos que utilizam (metacognição) e, assim, sejam capazes de
estabelecer ações que favoreçam a autorregulação da própria aprendizagem.
Luckesi reforça que a prática da
avaliação da aprendizagem deve apontar para a busca do melhor de todos os
educandos, por isso é diagnóstica e não estaciona na constatação.
Ao fazer as provas, 0(a) professor(a) pode
avaliar e devolver os testes para que os alunos analisem e identifiquem o tipo
de erro que foi cometido (conceitual, de cálculo, de interpretação de
enunciados, de falta de atenção, etc.). A partir daí o aluno pode refazer os
exercícios e, havendo dúvida, formular perguntas que poderão ser esclarecidas
durante as aulas.
Nessa perspectiva, professor(a) e aluno(a)
tornam-se parceiros, cada um buscando o seu melhor, sem medo. De um lado, o(a)
aluno(a) vai ficando gradativamente autônomo, e seus erros e suas dúvidas
acabam impulsionando a sua aprendizagem. De outro lado, o(a) professor(a) atua
como mediador(a) na busca de soluções que contribuam para uma melhora no
desempenho dos alunos.
Referências Bibliográficas:
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem – Componente do ato pedagógico. CORTEZ Editora, 2011
LUCKESI, Cipriano Carlos. Pátio. Porto alegre: ARTMED. Ano 3, n. 12 fev./abr. 2000.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulamentação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem – Componente do ato pedagógico. CORTEZ Editora, 2011
LUCKESI, Cipriano Carlos. Pátio. Porto alegre: ARTMED. Ano 3, n. 12 fev./abr. 2000.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulamentação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
De Maria Cristina Campos
Coordenadora Assistente do Ensino
Fundamental II.
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