quinta-feira, 18 de julho de 2019

A importância de avaliar o processo de ensino e aprendizagem



Segundo Luckesi (2011) “o ato de avaliar a aprendizagem na escola é um meio de tornar os atos de ensinar e aprender produtivos e satisfatórios”. Assim, não podemos desvincular a avaliação do aluno do processo de ensino do professor. O processo de ensino/aprendizagem é muito mais complexo que isso. A avaliação como instrumento a serviço da aprendizagem do aluno deve contribuir para a análise e para a decisão de quais ações pedagógicas deverão ser tomadas durante o processo de ensino.
Apesar de ainda presente em muitas escolas, a avaliação no fim do processo e apenas como constatação não contribui para o avanço da aprendizagem do aluno. A constatação é o princípio, é o ponto em que atribuímos uma qualidade (positiva ou negativa) ao que está sendo avaliado.
A partir daí entra a análise e a tomada de decisão sobre “o que fazer”, por isso a avaliação deve ser contínua e não apenas no fim de cada etapa.
Luckesi nos diz que “(…) para qualificar a aprendizagem de nossos educandos, importa, de um lado, ter clara a teoria que utilizamos como suporte de nossa prática pedagógica, e, de outro, o planejamento de ensino, que estabelecemos como guia para nossa prática de ensinar no decorrer das unidades de ensino do ano letivo”.
Se detecto durante o processo de ensino que alguns alunos não conseguiram atingir os objetivos propostos, é o momento de redirecionar minhas ações para que as metas de aprendizagem sejam atingidas. Por outro lado, também é importante que desenvolvamos em nossos alunos a habilidade de se autoavaliar, para que dessa forma possam apropriar-se dos recursos internos que utilizam (metacognição) e, assim, sejam capazes de estabelecer ações que favoreçam a autorregulação da própria aprendizagem.
Luckesi reforça que a prática da avaliação da aprendizagem deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica e não estaciona na constatação.

Ao fazer as provas, 0(a) professor(a) pode avaliar e devolver os testes para que os alunos analisem e identifiquem o tipo de erro que foi cometido (conceitual, de cálculo, de interpretação de enunciados, de falta de atenção, etc.). A partir daí o aluno pode refazer os exercícios e, havendo dúvida, formular perguntas que poderão ser esclarecidas durante as aulas.
Nessa perspectiva, professor(a) e aluno(a) tornam-se parceiros, cada um buscando o seu melhor, sem medo. De um lado, o(a) aluno(a) vai ficando gradativamente autônomo, e seus erros e suas dúvidas acabam impulsionando a sua aprendizagem. De outro lado, o(a) professor(a) atua como mediador(a) na busca de soluções que contribuam para uma melhora no desempenho dos alunos.



Referências Bibliográficas:
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem – Componente do ato pedagógico.  CORTEZ Editora, 2011
LUCKESI, Cipriano Carlos. Pátio. Porto alegre: ARTMED. Ano 3, n. 12 fev./abr. 2000.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulamentação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
De Maria Cristina Campos
Coordenadora Assistente do Ensino Fundamental II.



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