sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Tenho medo desta modernidade que não sabe o que é respeito e diálogo...

Crônica
Sinto saudades da família "arcaica" e sinto medo da família "moderna"
Diariamente vejo cenas e também compartilho com outros profissionais o desafio que é estar em uma sala de aula. Nenhum laboratório por mais equipado tecnologicamente seria mais eficiente em dar um diagnóstico de como está a família atualmente, do que um professor.
Deparo-me diante de situações tão desafiantes que de imediato reporto-me a um sentimento de uma boa nostalgia no como era é e será para a as futuras gerações o modelo de família que muitos hoje consideram arcaica, ultrapassada ou do doze. Lembro e guardo muito vivo em minha mente os valores que absorvíamos daqueles que eram os nossos heróis incontestes. Sim, embora a repressão significasse a morte dos nossos desejos infantis, pueril ou motivado por rebeldia, o não tornava-se uma grande aprendizagem. A escola era o lugar de aprender e assimilar conhecimentos das mais diversas áreas, e a família a verdadeira casa da educação, dos bons costumes, dos valores, de aprender coisas valiosas para a vida. Quanta saudade sinto disso tudo!
Hoje causa-nos arrepios de todas as formas vermos nossos adolescentes, jovens e crianças sem "referências", sobretudo em casa. Realidades diversas matam as famílias de nossos alunos e as consequências são as mais drásticas possíveis. Percebo que um modelo de sociedade que está ai de que tudo posso e tudo devo está "estragando", matando os nosso meninos e meninas. Já perderam o direito de sonhar, Não se projetam e tão pouco têm "sonhos", tão necessários no campo da motivação para ousar o "querer". Tenho medo e pavor desta sociedade que prega a liberdade sem regras, normas, bons costumes e que mata e despreza tudo que é antigo e do passado. Talvez resida ai a essência do entendimento de que por eles não olharem no retrovisor da vida, tão pouco tenham a perspicácia e motivação de "olhar" para o horizonte. Creio que uma sociedade sem tradição (costumes) nunca ou deveras conseguirá as coisas preciosas que a vida reserva para àqueles que vivem o hoje na esperança e com os olhos no futuro.

Repito, que
tenho medo desta modernidade que não sabe o que é respeito e diálogo, e que despreza a beleza que reside por traz de um sorriso envelhecido de um ancião que é capaz de expressar não através da ciência positiva o muito que aprendeu da vida e a riqueza que esconde-se em um olhar cansado, opaco e com pousa visibilidade, mas que já foi UM RETROVISOR E ESPELHO PARA O FUTURO.
Prof. Francisco

Nenhum comentário: