Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa
em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo (com
criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito,
limites. A minha mãe Luzimar Coringa e as minhas estimadas professoras Dona
Ildete e Dona Mirinha e tantas outras mães e professoras da época eram exemplo
da cobrança desses valores morais.
Hoje
podemos dizer que estamos tristemente carentes de bons modelos, por uma série
de razões, os pais de hoje se sentem perdidos em meio a tantos conflitos
existentes, sem que sozinhos possam resolvê-los. Mas vamos à educação nas escolas:
o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém um
professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo
competitivo onde todos têm direito de construir sua vida e desenvolver sua
personalidade?
É
bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que nos
apresentam. Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste
reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos
alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce de nós, nossos métodos, nossa autoridade, o entusiasmo e objetivos claros. A
educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas prejudica
mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos.
Estudar não é brincar, é trabalho. Para brincar temos o pátio da escola, a
casa...
Sair
do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde
se vive, conseguindo contar, ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer
isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento, é um
objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão
valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos
limites de sua idade.
No
segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico
superior, o leque de conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber
história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer bem a nossa,
nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não
conseguimos nem nos colocar como indivíduos em nosso grupo nem saber o que
acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio benefício,
realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal
aplicado: "cidadania".
Corrigir isso pode
ser muito simples. Basta vontade real nos municípios, estados e país.
Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos gestores. Depende de cada
um de nós, que os escolhemos e sustentamos muitas vezes por conveniência. Lamentavelmente!
Texto de Lya Luft.(Inspiração)
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