sábado, 26 de janeiro de 2013

CONSTITUINDO-ELISA LUCINDA

Educação, Cegueira ou Hipocrisia

Das duas uma: em se tratando da educação de filhos, ou a nossa sociedade está acometida de uma cegueira generalizada, ou ela é hipócrita mesmo. Sob o modelo da desresponsabilização, ou seja, do velho e surrado hábito de eximir-se da responsabilidade pelos seus atos e ofícios, oriundo da educação deficiente que vem sendo repassada de geração a geração, os pais atualmente fazem-se desentendidos quando o assunto é a educação dos seus filhos. Como se a eles só coubesse colocar os filhos no mundo e, quando muito, provê-los em suas necessidades básicas, e o resto que fique por conta da escola ou sabe-se lá de quem.

Hoje se assiste pela televisão todo tipo de programas deseducativos, desde aqueles considerados infantis ou para adolescentes e jovens, até filmes e programas destinados para adultos. Sob a égide da “censurafobia”, nenhuma medida é tomada que permita maior rigor contra a permissividade dos meios televisivos ou da mídia em geral, ou que limite a liberdade de expressão quando se trata de proteger o bem comum da sociedade. 
Pais e mães, por exemplo, assistem a novelas ou programas para adultos com os filhos pequenos no colo ou no sofá da sala, como se eles, os filhos, fossem surdos e cegos; e o cúmulo da ignorância se personifica ao acharem graça quando uma criança se refere a algum personagem ou cena mais picante. E que é ainda pior: desde os órgãos governamentais constitucionalmente responsáveis pela educação e proteção das crianças, até outras entidades de orientação da chamada sociedade civil como Conselhos de Direito da Criança, Igrejas, instituições de promoção social e de educação, etc., fazem de conta que tudo isso é normal ou que não cabe a elas, no mínimo, debaterem o assunto para encontrar saídas. Saídas para esta que é a maior crise pela qual estamos passando já há algum tempo, a crise de valores na família e na sociedade.
Entre outras tantas violências, a violência do chamado bullying não é novidade, pois, já existia antes de terem lhe dado um nome que mais parece de grife e a mídia fazer dela um “carnaval”. Senhoras e Senhores, essa violência começa em casa! Boa parte dos meninos e meninas carrega em suas “mochilas emocionais” a violência que experimentam em casa, junto com a falta de noções básicas de respeito humano e convivência social. E aí mais uma vez entra em cena a cegueira ou a hipocrisia habitual de muitos pais, que agem como se a violência dos seus filhos não tenha nada a ver com a falta de educação e limites que deveria ser da responsabilidade deles. E, também, mais uma vez a sociedade colabora com a sua omissão, por não admoestar os pais com severidade.
Há muito já disseram que os filhos são o espelho dos pais, e isso é plenamente verdadeiro. O núcleo central da formação do caráter dos filhos está na família, ligado umbilicalmente à educação que recebem dos pais ou seus substitutos. A escola pode ser parceira dos pais nessa formação, contribuindo com outros saberes, mas, sem substituí-los.  Enfim, ao tratar da educação de filhos fujo sempre de utilizar o termo culpa, já que não se trata de apenas de apontar culpados, mas sim, de chamar a atenção para a responsabilidade. É necessário cada vez mais que a sociedade se conscientize disso e, através de suas instituições governamentais ou não governamentais, deixe claro para eles, os pais, que sem a responsabilidade ativa pela formação dos filhos, a tendência dessa crise de valores é só ir aumentando até que percamos todo e qualquer controle. Os descaminhos do álcool, das drogas, do ilícito e da violência em todos os seus graus, só são trilhados por aqueles a quem os pais não deram direção ou propósito na vida. 
Boa Reflexão e viva consciente!


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Papel dos Pais na Educação


Diante de várias mudanças ocorridas na sociedade, com tantas informações e avanços tecnológicos, é possível observar também uma inversão de papéis e valores, onde a família ganha uma nova configuração, a mulher conquista cada vez mais seu lugar no mercado de trabalho, a criança também muda e conseqüentemente o aluno e a escola.

Os pais reagem diante dessas mudanças protegendo excessivamente seus filhos em vez de cultivar suas aptidões. Isto é uma realidade da família atual, como os pais passam pouco tempo com os filhos a educação oferecida muitas vezes é repleta de proteção, e esta nova configuração de família acaba por atribuir à escola o papel de educar. Sendo que a educação precisa acontecer no contexto familiar, é aí que os conceitos e valores são transmitidos de pais para filhos e ao contexto escolar cabe ampliar essas ações iniciadas na família.

A constância é algo importante no contexto familiar, os filhos necessitam da firmeza vinda de um “não”, isto é que vai lhes proporcionar facilidade ao lidar com a frustração, inerente a todas as pessoas em todo o decurso da vida.

Ao colocar as tarefas e os limites para os filhos quanto ao dinheiro, ao tempo, o respeito ao próximo, é necessário que os pais observem suas próprias posturas, uma vez que a criança aprende pelo modelo do adulto, e as atitudes valem mais que palavras.

São através de atitudes simples que os pais proporcionam o senso de responsabilidade aos filhos, como por exemplo, solicitá-los para ajudar a guardar os brinquedos, a roupa limpa. Essa responsabilidade reivindicada desde cedo pode auxiliar a criança a se sobressair na escola e na vida.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

OS LÍDERES E OS HERÓIS

JORGE AMADO
Capítulo 9 do livro “O MENINO GRAPIÚNA”

OS LÍDERES E OS HERÓIS SÃO VAZIOS, TOLOS, PREPOTENTES, ODIOSOS E MALÉFICOS. MENTEM QUANDO SE DIZEM INTÉRPRETES DO POVO E PRETENDEM FALAR EM SEU NOME, POIS A BANDEIRA QUE EMPUNHAM É A DA MORTE, PARA SUBSISTIR NECESSITAM DA OPRESSÃO E DA VIOLÊNCIA. EM QUALQUER POSIÇÃO QUE ASSUMAM, EM QUALQUER SISTEMA DE GOVERNO OU TIPO DE SOCIEDADE, O LÍDER E O HERÓI EXIGIRÃO OBEDIÊNCIA E CULTO. NÃO PODEM SUPORTAR A LIBERDADE, A INVENÇÃO E O SONHO, TÊM HORROR AO INDIVÍDUO, COLOCAM-SE ACIMA DO POVO, O MUNDO QUE CONSTROEM É FEIO E TRISTE. ASSIM TEM SIDO SEMPRE, QUEM CONSEGUE DISTINGUIR ENTRE O HERÓI E O ASSASSINO, ENTRE O LÍDER E O TIRANO?
O HUMANISMO NASCE DAQUELES QUE NÃO POSSUEM CARISMA E NÃO DETÊM QUALQUER PARCELA DE PODER. SE PENSARMOS EM PASTEUR E EM CHAPLIN, COMO ADMIRAR E ESTIMAR NAPOLEÃO?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

INICIA-SE AS MATRÍCULAS PARA O ANO LETIVO - 2013 NA E.E.P. ADALGIZA EMÍDIA DA COSTA.


                                                                
                            Comunicado


 A Direção da Escola Estadual Professora Adalgiza Emídia da Costa, comunica aos pais ou responsáveis  que as matrículas para o ano letivo de 2013 encontram – se abertas. 
Os interessados procurar a escolas nos seguintes horários:
Manhã: 7h ás 11h- Teônia
Tarde:13 ás 17h- Suely

Comunica ainda que, a escola trabalhará de 1º ao 3º ano com o programa Trilhas, de 1º ao 9º ano com o Mediadores de leitura e com Programa Mais Educação. Oferecendo para os alunos: FUTSAL, BANDA FANFARRA, JORNAL ESCOLAR, CINE CLUB E TECNOLOGIAS. Em turnos diferenciados.
Ainda atenderá a uma turma de CORREÇÃO DE FLUXO-1ª FASE E EJA DO !° AO 5° PERÍODO.
Maiores informações procurar a escola nos horários sugeridos.

Escola Estadual Professora Adalgiza Emídia da Costa, 64 anos de história na educação Carnaubaense.


                                                           Atenciosamente,

                                                          A equipe Diretiva.
Maria das Dores(vice), Nair luiza (diretora) e Ceiça Mendes (coordenadora)
A família Adalgiza agradece a confiança e deseja a todos um ano de muita paz, amor e fé em Deus.

domingo, 6 de janeiro de 2013

PRATICANDO O DESAPEGO


Afinal, se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, desapego é o segredo!
Fernando Pessoa
Terminei o ano refletindo muito e tomando decisões importantes. Hoje resolvi me desprender de coisas, roupas, livros, coisitas de casa, enfim. Tenho mania de guardar TUDO  e venho descobrindo que isso só me dá trabalho, é como um peso que a gente carrega, resolvi então FAZER uma faxina geral, havia adiado por longo tempo essa decisão. A faxina então começou na minha mente. Quero que a partir desse ano eu me sinta mais leve, leve de tudo...Mudei, mudei!!! Coisas que não acrescentam podem ir, livros que já li podem ir, Ah!! cansei!
Mudei, mudei muito. Às vezes sinto a minha falta, mas outras vezes acho que foi um alívio.
Caio F. Abreu   

15 dicas preciosas para fazer aquela limpeza no seu guarda roupa!
Imagens: Divulgação/Reprodução
1 Faça uma promessa para 2013: a cada peça nova que entrar no seu guarda-roupa, uma velha será doada, vendida ou trocada. As consultoras recomendam o site Enjoei para disponibilizar para compra aquilo que você não quer mais.
2 Não usou aquela blusa ou saia no verão passado? Há 100% de probabilidade de não usar neste também. Portanto, a peça deve sair do seu guarda-roupa – e da sua vida.
3 Livre-se de roupas que você deseja voltar a usar quando emagrecer. Mesmo com alguns quilos a menos, o corpo vai mudando com o passar do tempo. E, quando estiver com a silhueta dos sonhos, compre peças novas como forma de se presentear pela conquista.
Imagens: Divulgação/reprodução
4 Vintage é bem diferente de velho. E a menos que você combine muito bem com o estilo brechó – e, acredite, a maioria das pessoas não combina –, deixe de guardar itens datados. Aquela blusa fluo incrível que você usava nos anos 80 e ficava linda nos anos 80! Mesmo com o retorno dos tons vibrantes, o shape atual é outro, os tecidos são diferentes dos daquela época, a construção da roupa era diferente. Difícil ficar bom.
5 Um armário cheio limita a criatividade e o bom senso. Muita gente leva uma vida pra lá de corrida e, na hora de se arrumar de manhã, acaba apanhando sempre o que estiver mais à mão, o que sempre funciona, o que é sinônimo de conforto. Um closet enxuto funciona muito melhor, porque você aprende a explorar possibilidades e combinações. Para Cris e Fê, se uma peça não pode ser usada com pelo menos outras três, não é prática nem funcional.
Imagens: Divulgação/Reprodução
6 Cheque se algumas peças não vêm sendo usadas porque você não gosta do comprimento, do ombro ou da manga. Nesse caso, vale a pena procurar uma boa costureira que vai reformá-las conforme suas necessidades.
7 Descarte sapatos que já passaram por muitos consertos. Uma hora, vão acabar deixando você numa situação embaraçosa. Imagine o salto quebrar ou a pintura sair em um evento badalado?
8 Mulheres compram por emoção e têm dificuldade em exercer o desapego. Tudo bem manter no closet – em uma caixa, se estiverem fora de uso – umas cinco peças, no máximo, valiosas, como aquela blusa que vestia quando conheceu o amor da sua vida. Mais do que isso, elimine.
Imagens: Divulgação/Reprodução
9 Analise se suas roupas combinam com seu estilo de vida. De nada adianta ter uma dúzia de terninhos se você trabalha em casa e raramente vai à reuniões. Ou ter um monte de vestidos de festa ou balada se no fim de semana seu programa favorito é ir ao parque com os filhos pequenos.
10 A maior parte dos acessórios fica datada muito rapidamente, então não há sentido em guardá-los por mais de uma temporada. Não é o caso dos lenços – invista naqueles com estampas mais clássicas (florais e animal print, por exemplo). –> ((essa é BEM relativa e vale mais pras modinhas — pulseirismos, colarzões, anéis de falange, etc etc etc. tão excluídos os acessórios trazidos de viagem, herdados (!!!) ou angariados em feiras de antiguidade, sabe como?))
DOS MEUS COLARES É DIFÍCIL ME DESAPEGAR.
11 Muitas mulheres deixam de usar determinadas peças simplesmente porque elas não estão à mão. Evite guardar bolsas em saquinhos ou sacolas e calçados nas caixas. Deixe tudo à vista, inclusive acessórios.
Imagens: Divulgação/Reprodução
12 Organize o guarda-roupa segundo uma determinada lógica. Pode ser por estação, por cor, por tipo de peça… Isso facilita o momento da escolha. E compre cabides do mesmo modelo, para evitar confusão.
13 Se a tarefa de se livrar de determinadas peças for muito difícil para você, sob o ponto de vista emocional, chame uma amiga para dividi-la com você. Mas tem de ser aquela amiga bem crítica e racional, não a que vai passar a mão em sua cabeça.
14 Ao olhar aquele monte de peças retiradas do closet você sentiu uma pontada de dúvida no coração? Última chance: coloque-as em uma mala e guarde-a. Se em seis meses você não se lembrar de nada que estiver ali, doe, troque ou venda tudo sem dó.
Imagens: Divulgação/Reprodução
15 Depois de limpar seu guarda-roupa, faça um planejamento do que precisa comprar ao longo de 2013. Anote em um caderninho e tenha a lista sempre com você. Isso evita comprar coisas desnecessárias e, pior, por impulso.
Além de te auxiliar a manter um closet organizado e com as peças à vista, abrir mão do que já não lhe serve é sempre bom quando a ideia é renovar.
Limpe o guarda-roupa das coisas velhas e deixe as novas entrarem sem culpa!
Vai comprar algumas peças das novas coleções?! Então separe um montinho de outras peças que já não lhe interessam mais. Comprou um jeans novo?! Separa aquele antigo para doação. Se ele está em boas condições, certamente será muito bem aproveitado por outra pessoa! A vida é assim, feita de ciclos. Com as roupas não é diferente!
Então prontas para começar um 2013 com tudo  novo ou renovado?
OFICINA DE ESTILO – www.http://oficinadeestilo.com.br/
"Não me prendo a nada que me defina. sou companhia, mas posso ser solidão. tranqüilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer… Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca.
Clarice Lispector

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

FELIZ ANO NOVO


Não falarei do começo de ano amargo dos que dizem que para eles essas datas não existem: espalham o negativismo de suas decepções com a raça humana, que na verdade não é tão grande coisa assim, portanto não se deveria esperar que o fosse.
Talvez eu fale de um começo de ano mais simples, porque não foi antecedido por um daqueles Natais de religiosidade fingida, amor com hora marcada, presentes supérfluos ou adquiridos com sacrifício; talvez eu fale de confraternização, abraço amigo sincero, acolhimento da família – amada apesar de diferenças, sabendo que ali a gente é aceito mesmo quando não é entendido, mais que isso: é respeitado e querido.


Falo de uma tentativa real de recomeçar até onde é possível: com um olhar um pouco diferente para pessoas a quem a gente admira ou estima e normalmente não tem tempo de abordar (que pena, que desperdício). Gente que nos interessa pelo simples carinho, independentemente de status, grana, importância e possível utilidade.


Falo de uma entrada em um novo ano abrindo as portas e janelas da casa e da alma. Sem frescura, sem afetação, sem mau humor, sem pressão nem formalidade. Pensando que a gente poderia ser mais irmão e mais amigo, mais filho e mais pai ou mãe, mais humano, mais simples, mais desejoso de ser e fazer feliz, seja lá o que isso signifique para cada um de nós.
Não com planos mirabolantes que não se podem cumprir, mas inventando novos modos de querer bem, sobretudo a si mesmo, pois sem isso não tem jeito de gostar dos outros de verdade.
O bom é entrar num novo ano sem nostalgia melancólica, sem suspiros patéticos e sem lamentações inoportunas, sem torrar a paciência dos que, ao redor, estão querendo começar o novo ano num clima positivo.



Não falarei, nunca, de festas de passagem de ano tendo de encher a cara para agüentar o próprio deserto interior e a frivolidade de toda uma vida ou para enfrentar a loucura generalizada, o desamor dos parentes chatos, dos filhos idem, da mulher ou marido irônicos, da sogra carrancuda, do amigo interesseiro ou o prenúncio das contas que se acumularão porque a gente gastou o que não podia com coisas que não devia.



Algumas pessoas saem da manada e se propõem a cada ano uma vida possível, mais amena e humana apesar de tudo. Na qual, independentemente de crença, ideologia e vivências, aqui e ali se consegue refletir e reavaliar algumas coisas. Com um pouco mais de aproximação, de reflexão, de algum otimismo, a gente sendo menos arrogante, menos fria, menos desinteressante, mais... gente.




E, já que é um novo ano, vai aí um presente meu, simplesinho, que os tempos estão difíceis: Deus, eu faço parte do teu gado: esse que confinas em sonho e paixão, e às vezes em terrível liberdade. 
Sou, como todos, marcada neste flanco pelo susto da beleza, pelo terror da perda e pela funda chaga dessa arte em que pretendo segurar o mundo.
 

No fundo, Deus, eu faço parte da manada que corre para o impossível, vasto povo desencontrado a quem tanges, ignoras ou contornas com teu olhar absorto.
Deus, eu faço parte do teu gado estranhamente humano, marcado para correr amar morrer querendo colo, explicação, perdão e permanência.

- LYA LUFT