Este vale envergonha os ancestrais, justamente.
E não mostra caminhos plausíveis a sua gente,Nova geração é o velho nome batido, continuísmo.
Em todos os sentidos a minha terra,
É a terra dos conflitos banais e políticos...
Abre mão de terra, briga por terra,
Assenta gente de outras terras!
No fosso dos tribunais luta pela existência.
- Quandu me diz se já posso dá um grito, e quando?
Que poço é esse que se leva e trás sua vitória?
Que estreito é esse que não se alarga mais?
O moço que ora transita merece subir aos pedestais?
A moça que espera à hora conhece a broca que fura a rocha?
- Que piadinha de mau gosto dos mudos incansáveis,
Gente que dá trela ao raposo astuto entre os carnaubais!
Fora qualquer resquício de traição, varzeanismo bruto.
Protesto sem arma na mão a minha opinião patética.
É Pelé batendo bola, patacão virando prata na calçado do mercado.
Será que é mesmo real ou mais uma ilusão profética?
A marcha dos cavalinhos continua furando o chão loucamente.
E a feira do bode agora é de eleição, agora é de gente, de gente grande.
O toutiço de quem paga e quem vende gera muita inquietação.
E o povo não é mais povo não, agora é bicho, mercadoria sem bandeira.
Já tiraram do discurso, a meta, a justiça, a ideologia, as lutas,
O plano, a fidelidade, partidária que nem Freud explica.
Falaram tanto nisso na televisão, votis que mentira!
Estou sentado no devaneio da busca, eu juro.
Corro o risco de pular do poço com a viola emudecida.
Passado não conta, presente não consta e o futuro?
Falta-nos a lupa.
Zelito Coringa
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