sábado, 5 de fevereiro de 2011

O DOM QUIXOTE DE LA CUANDÚ

Se a bela Carnaubais fosse a famosa Dulcinéia de Toboso, os cavaleiros apostos que se aventuram jurando amor ao poder seriam quase todos remanescentes da mente engenhosa do saudoso Zé Botimha. Diria que muito da invencionice, do desejo apressado, da desfiguração do povo, da afobação, da matança ideológica, do fazimento de pouco e do pouco futuro feito, da batalha contra o próprio rebanho, dos moinhos abandonados pelas vazantes, dos mercadores de gente e da zoadeira transformada em voz ativa em cima de um palanque, renitente ladainha pedinte de votos, projeto rabiscado na última hora- Ergo então o meu quicé e digo que sou fruto do sentimento e da razão, a estrada é cumprida demais, mas tem saída na boca do estreito, escrevendo a crônica do dia pergunto as velhas palmeiras: Perdemos a inocência, embrutecemos, trocamos a ética pela falsa moral, entranhamos quando soam aos ouvidos o eco desmentindo o que foi dito?. Não podemos mudar o ruma da história e virarmos as páginas do passado? Falta-nos que abram os livros da memória em enxerguem à verdade? Ser ou não, não é a questão de fato?- Alguém pode retrucar o que isso quer dizer? O que esse maluco quer dizer nesse galope errante, isso quer dizer que nascer de novo é voltar a sonhar o mesmo o sonho tantas vezes sonhado. Sinceramente o movimento político da terrinha está se resumindo em alguém ser candidato simplesmente, inventar alguma atividade para juntar gente, filiar-se a um partido qualquer, discursar coisa qualquer e no frigir dos ovos como se diz nas esquinas não fazer nada. Sair de fininho na hora oportuna, foi assim que fez a ala progressista carnaubaense perdida no chafurdo das alianças, quando todo mundo cantava Imagine e imaginava uma coisa, foi outra, PT. A apática sigla vive nas sombras e sobras dos acordos sem protagonizar nada de consistente, ninguém consegue fazer a diferença entre lado direito e o esquerdo, parece que não há mais direção a seguir, é muito des-DEM e rem rem rem partidário. A bandeira ideológica chama-se aquisição de mandato a todo custo, verdadeira mercadoria. A compra de voto é fichinha que serve de amoleto ao pobre cavaleiro andante. Espero que mais alguém apareça com um balaio na cabeça cheio de boas intenções.

Zelito Coringa

Nenhum comentário: