sexta-feira, 13 de maio de 2011

Desluzir-se e chorar ou ter uma derradeira esperança.


Escolas se desmoronando, alunos se rebelando contra todos de forma desrespeitosa, merendas de péssima qualidade, professores insatisfeitos, muitos acabrunhados carregando seus temores nas costas, outros aguerridos, ainda assim, condenados pelo fracasso escolar, condenados sim, por não fazerem planos de aulas perfeitos, inovadores e que despertem quem não quer ser despertado por infinitos fatores da vida, um deles a desajustada família, que não os acompanha e joga para escola, a escola por sua vez se encarrega por tudo e não dá conta de nada. Indisciplina cada vez maior, dirigentes encabrestados sem poder expor o que se passa nos bastidores, sem poder fazer o que desejam, carregados de boa vontade, uns agindo com arrumadinhos, outros sendo afastados por colocar a boca no trombone. Que gestão democrática é essa? Que poder de decidir é esse? Bonita quando foi lançada, fortaleceu muitos de esperança. “Agora é minha vez ! Agora sim eu me rebelo e faço o que for melhor!” Triste ilusão. O cabresto continuou o mesmo ou quem sabe mais apertado. Que democracia é essa? Que país é esse? até quando veremos essa realidade? Até quando precisamos parar? Quantas paradas infrutíferas ainda virão? Quantas? Até quando vamos ouvir dirigentes municipais jogando a culpa no governo, alegando falta de autonomia para gerir os recursos do fundeb? E quando for possível será que vai mudar? haverá autonomia plena? E os escolhidos para gerir as pastas serão pessoas realmente técnicas e não políticas ou politiqueiras? Quantas pisoteadas ainda vamos levar? E o piso tão esperado, cobrado e engolido? Quem vai complementar? Quem vai ter o poder de fazê-lo chegar de fato e de direito nas mãos de todos nós? Quem vai ser o herói nessa história massacrante que durará ainda muitos carnavais? Quantos governos vão se passar? Quantas liminares? Quantas votações estão por vir? Quantas BRECHAS deixarão nos próximos artigos? Que armas poderemos usar? De que forma derrubaremos as peripécias criadas ao longo desses três anos para evitar a não implementação do piso?
E os Sindicatos, sindicalistas e sindicalizados? O que muitos de fato tem feito? Que bandeira realmente tem sido defendida? Por que será que algumas campanhas só são motivadas em períodos específicos? Por que será que grupos de professores não se unem em prol do mesmo objetivo? Por que será que moldados em suas bancadas de poder não se mexem e não se rebelam com a mesma intensidade? Quantas indagações nos motivam a desacreditar! Sinceramente, a pisadinha ainda vai continuar...

Josélia Coringa

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