sábado, 10 de julho de 2010

A INFÂNCIA DE UM POETA


De repente corre o lápis
Sobre a pauta do papel
Dançam as letras disfarçadas
Em volta de um carrossel
Cada volta uma palavra
Brotando sobre o cordel

Hó infância dos meus sonhos
O velho tempo levou
O alfabeto uma estrada
Que o caminho mostrou
Encontrei o verso e a rima
Pra falar do que passou

E quando o poeta fala
Brotam nuvens de algodão
As letrinhas ganham vida
No despertar da emoção
E finalmente a palavra
Surge como uma canção

A criança olha o poeta
Que tem luzes no olhar
A leitura vai surgindo
Sem o poeta falar
Mais a pequena entende
Sua forma de sonhar

E assim tudo revive
Num sonho de um sonhador
O abc da criança
Na fala de um cantador
O poeta e a poetisa
A aluna e o professor.


Aldinete Sales

Um comentário:

ValeriaC disse...

Lindo poema!!!
Doce domingo e uma maravilhosa semana!
Beijinhos
Valéria