sexta-feira, 30 de julho de 2010

RÉPLICAS DA VIDA



Tenho me convencido de que o tempo responde a tudo, é o melhor antídoto para quem ascende, para quem declina, para quem lança, para quem brota, para quem vai e para quem fica. O tempo se encarrega de dá as melhores respostas, as mais esperadas, as silenciosas, até aquelas desejadas e abafadas como um grito escondido bem dentro da alma. Como é bom esperar pelo tempo, viver o tempo e celebrar com ele nossas vitórias. É uma sensação de agrado, sim! Não seria dissimulada em dizer que não me sinto bem. Ah! Como me sinto grata!...
Ele tem sido generoso, tem me feito esquecer e me feito lembrar, tem me feito crescer, tem me feito calar, tem me feito chorar e me feito sorrir. Aprendi, aprendi com o tempo que não devemos dá um passo maior que a perna se a mesma não tolera o tranco, não devemos nos corromper e devemos acreditar, que devemos ser mais verdadeiros mesmo que haja consequência, que devemos ter esperanças e devemos acordar, que devemos aniquilar o poder de uma hipocrisia, vetar a boca, muitas vezes abarrotada de ânsia para dizer o que a cabeça deseja e tem vontade no momento de fúria, especialmente para alguém que nos fere, nos joga na cara com ar de quem sabe tudo, com ar de quem conquistou o mundo, que não produzimos, que num sentido implícito, não somos capazes. Aí como é bom, ser parte do tempo, viver nesse tempo e saborear as respostas.
Cada dia eu preciso me convencer mais, que o que é feito aqui, aqui se recebe o troco, não é necessário mágoas, má vontade e desprezo, aqui também se acaba e aqui se rende, se deixar render, mas não vale a pena, mesmo que seja penoso demais ouvir as hipocrisias, as oratórias revestidas de antipatia, tem que se ter coração de aço e contrapor a tudo isso com o melhor remédio chamado tempo.

JOSÉLIA CORINGA

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