quinta-feira, 29 de julho de 2010

E TOME VIOLINOS DE PROMESSA!



Sempre que posso dou revista na blogosfera no desejo de saber o que de bom acontece principalmente em minha cidade. Não sou insano de negar coisas pontuais que aparecem fotografadas, porém vejo o grande impulso da novidade e a morte lenta rumo ao que fica na metade do caminho. As mudas da entrada da cidade continuam mudas e abandonadas, prova cabal do que digo, e tem mais, muito mais. Sei que a porteira é completamente fechada para quem fala esse dialeto, não nego a minha tribo de vanguarda que é da arte, arte, arte, é tudo que parte, é isso, não confundo politica com politicagem, tampouco quero fazer algum tratado filosófico, mas chamar a atenção para algumas coisas que tenho visto e sabido da boca do povo. Tenho notado a ausência de atividades culturais, de atuações consistentes, de propostas verdadeiramente democráticas, também constato que na verdade morreu a idéia de formar platéia com bons espetáculos. Ter apoio de uma Fundação José Augusto, do Governo do Estado e não fazer nem o básico é despreparo, acomodação, falta de projetos, fragilidade ou faz de conta mesmo? Cultura se faz com enfrentamento das diferenças, não é aceitar simplesmente o que aparece como novidade, tipo Frescoleixon ou Aí que Vida que perigosamente exibem para as crianças na escola. Negar o que está vivo pulsante é bobagem, em suma, Carnaubais precisa fazer o futuro, mas, urgente deve enxergar as aberrações do presente. A imagem que está sendo figurada do seguimento cultural é o do derespeito, da indução ao preconceito, quando deveria chamar a atenção da comunidade para ser uma aliada na construção de um novo cidadão, atento para esse perigo irreversível. O mundo está girando a mil por hora enquanto a aldeia dorme sonhando com quem será o próximo cacique. A juventude está aí sem muitas alternativas e espelhos para seguirem. Lembro-me que outro dia disse a uma certa pessoa com intimidade: Precisamos existir onde acham que a gente não existe, o efeito disso foi completamente desastroso. Na realidade falta quem nos represente com postura inovadora, e isso serve para toda a região do vale do Açu. Durante esses três meses de campanha o patinho feio da cultura mais uma vez será atropelado pelos alto falantes das eleições, e a pisadinha vai ser essa, uma promessa por minuto. Garanto que será mais fácil falar em resíduos sólidos do que nas Bandas de Violinos abandonadas a quase uma década em nosso município, e nas cidades que margeam o curso do Rio Piranhas todinho. O projeto vale musical será rebatizado de Projeto de abandono total do vale sem um pingo de arte. Gostaria no fundo do meu coração de vê a banda passar com todos os seus cordões alegres. Espero que algum sabido aproveite esse mote para o gozo do seu ponto G, e ficarei muito satisfeito se algum outro artista tocar nesse acorde doído.


Zelito Coringa

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