terça-feira, 26 de abril de 2011

PROFESSOR: O RABUGENTO DA EDUCAÇÃO

VEJA O QUE DIZ ESSE ARTIGO:

O que é indisciplina

Por trás desse problema - visto pelos professores como um dos principais entraves da boa Educação -, há a falta de conhecimento sobre o tema e de adequação das estratégias de ensino
Beatriz Vichessi

Sua paciência está por um fio. A garotada voa pelos corredores, conversa em sala, briga no recreio, insiste em usar boné e em trazer para a sala materiais que não são os de estudo. Cansado e confuso, você se sente com os braços atados e a autoridade abalada. Não suporta mais as cenas que vê e não sabe o que fazer. Quer obediência! Quer controle! Quer mudanças no comportamento dos alunos! Calma... Respire... Se você sonha com uma turma atenta e motivada, a primeira mudança necessária talvez esteja em você. É hora de rever sua ideia de indisciplina e o que há por trás dela. Pesquisa realizada com 500 professores de todo o país revelou que 69% deles apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os principais problemas da sala de aula. Doce ilusão! O comportamento inadequado do aluno não pode ser visto como uma causa da dificuldade para lecionar. Na verdade, ele é resultado da falta de adequação no processo de ensino.

Para que você avance nessa reflexão, é preciso entender que a indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra. O primeiro são as morais, construídas socialmente com base em princípios que visam o bem comum, ou seja, em princípios éticos. Por exemplo, não xingar e não bater. Sobre essas, não há discussão: elas valem para todas as escolas e em qualquer situação. O segundo tipo são as chamadas convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. Aqui entram as que tratam do uso do celular e da conversa em sala de aula, por exemplo. Nesse caso, a questão não pode ser fechada. Ela necessariamente varia de escola para escola ou ainda dentro de uma mesma instituição, conforme o momento. Afinal, o diálogo durante a aula pode não ser considerado indisciplina se ele se referir ao conteúdo tratado no momento, certo?

Não é fácil distinguir entre moralidade e convenção. Frequentemente, mistura-se tudo em extensos regimentos que pouco colaboram para manter o bom funcionamento da instituição e o clima necessário à aprendizagem em sala de aula. "As crianças não enxergam a utilidade de um regimento ou dos famosos combinados que não se sustentam. Elas não sentem a necessidade de respeitá-los e acabam até se voltando contra essas normas", explica Ana Aragão, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).




FALTA DE AUTORIDADE. O que se espera da escola é conhecimento. É isso que faz o aluno respeitar o ambiente à sua volta. Se a aula está um tédio, ele vai procurar algo mais interessante para fazer. Universal Press Syndicate


COMENTÁRIO DO BLOG:
Profissionais sem autoridade e sem conhecimentos? É assim que somos vistos?

É o que grande parte desses artigos apresentam. São escritos partindo-se do princípio de que a educação é constituída apenas de professores que estão o tempo todo de braços cruzados, adormecidos e inúteis. Concordo que devemos sim, como educadores e formadores de opiniões, levar conhecimentos. Isso é óbvio! Mas, quando as aulas interessantes deixarem de ser atrativas? A família deixar de ser importante? Vão sair por aí destratando quem? Lógico que é bem mais complexo divulgar claramente todos os problemas desencadeadores da indisciplina. É muito mais cômodo apontar o professor, HOJE o monstro da educação. Difícil alguém perceber que inúmeros deles estão suando a camisa pela causa por esse país a fora e estão ficando doentes porque os resultados só apontam adversidades, frustrações...Sem respostas com a batata quente que virou a educação nas mãos, perguntam-se: Como será o amanhã? Responda quem quizer...O que irá nos acontecer?...E a família? A escola no seu grande contexto? A SOCIEDADE? AS POLÍTICAS PÚBLICAS? Será que não estamos precisando que as leis sejam cumpridas? Que limites sejam impostos e pequenas regras sejam seguidas e respeitadas desde de casa?


Josélia Coringa







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