Morre, aos 90 anos, a diretora da Escola Doméstica, Noilde Ramalho. Ela sentiu-se mal durante um cruzeiro
Desde as primeiras horas de hoje, o corpo da professora Noilde Pessoa Ramalho, 90 anos, está sendo velado na Catedral Metropolitana, em Cidade Alta, centro de Natal. Diretora da Escola Doméstica há 65 anos, ela faleceu na noite do último sábado, na cidade de São Francisco do Sul (SC) após ter duas paradas cardíacas causadas por complicações de um edema pulmonar que contraiu durante um cruzeiro marítimo que fazia com amigos. Uma missa de corpo presente será realizada na catedral, às 15h de hoje e, às 17h, ocorrerá o sepultamento, no cemitério Morada da Paz, em Emaús, Parnamirim, região metropolitana de Natal.
Foto: Flavia Freire/DN/D.A Press
A professora, que nasceu em Nova Cruz, comandou a ED durante 65 anos
A assessora de comunicação da Liga de Ensino do Rio Grande do Norte (à qual pertence a Escola Doméstica), Graciema Carneiro, conta que Noilde Ramalho viajou para São Paulo no último dia 17, juntamente com seis amigos. No mesmo dia, ela embarcou em um cruzeiro, na cidade de Santos, com destino a Punta del Este, na Argentina. Durante a viagem de volta, na sexta-feira, familiares em Natal foram informados que a professora contraíra uma gripe. "Ela tinha planejado desembarcar em São Paulo neste domingo (ontem) e depois seguiria para Gramado (RS), onde passariam o final de ano. Mas ligou para a família, pedindo para voltar para Natal assim que desembarcasse. Era para ela chegar aqui às 23h do domingo".
Durante o sábado, Noilde Ramalho passou mal e teve de ser levada ao hospital da cidade onde o cruzeiro aportara, São Francisco do Sul (SC). Ela foi acompanhada pelo amigo Alexandre Ramalho, presidente do Sindicato das Escolas Particulares do RN. Na unidade médica, ela recebeu o diagnóstico de endema pulmonar agudo. No início da noite, ela sofreu uma parada cardíaca, foi ressuscitada, mas teve uma nova parada. Não restistiu e faleceu por volta das 18h30.
Velório simples
Ainda segundo Graciema Carneiro, a diretora da ED deixou um manuscrito, que ficou guardado em um cofre pessoal, dando orientações de como gostaria que fosse o seu velório e sepultamento. "Ela pediu que o velório não fosse feito na escola, nem queria que houvesse cânticos ou discursos. Pediu para ter flores simples, assim como sua urna, sem muita pompa. Também não queria que o cortejo tivesse carro do Corpo de Bombeiros ou algo do tipo".
O corpo da professora Noilde Ramalho chegou à Natal ontem, por volta das 22h e foi encaminhado diretamente para a Catedral Metropolitana. O velório é aberto ao público e será concluído com uma missa solene. Em seguida, haverá um cortejo fúnebre até o cemitério Morada da Paz, em Emaús, onde acontecerá o sepultamento. O Comando da Polícia Militar confirmou o apoio de segurança durante o trajeto.
Paulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.br
DIÁRIO DE NATAL
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