sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

CRÔNICA DO MÊS



NA TRILHA DOS ENCARNADOS HÁ UM POVO DE BRANCO

Os caminhos da aprendizagem e da verdadeira sabedoria passa pelas mãos da compreensão do outro, do respeito ao outro, da aceitação as diferenças e saberes do outro, do olhar critico, mas, jamais partidarizado e cego ao que há de bom nos afazeres do outro. Conscientes das limitações do tempo e das circunstancias, sem a ilusão da verdade pura e do conhecimento absoluto como pregam os puritanos revolucionários da educação de muitas procelas. Olhar com carinho a face do próximo com respeito e humildade, atitude que fica para um dia de ações de graças muito distante. Quando o desejo insaciável de dominação e posse permanece estatelado em seu pedestal intocável, vislumbram como se isso fosse uma posição de saber ou tamanho exato do salto, e assim andam mais do andam, podem mais do que podem, falam mais do que devem, sabem mais do sabem, fazem mais do que permite a realidade, atuam como se estivessem encenando uma peça do alegre Moliére, de riso menos amarelo e batom vermelho entre os lábios. No entanto, ao invés do bom humor e da paz, esquecem as palavras do Cristo onipresente, onisciente e justo. Atiram palavras rancorosas, tornando o bom exemplo um instrumento robotizado de sentimento negativo. Simplesmente pergunto-me, como podem existir avanços sem a luz da amorosidade, da ludicidade e da parcimônia. Que caminho será esse que agora apontam? Que aprendizado será esse tão carregado de ranço, que futuro será esse que se prende ao passado, e as coisas do presente? E a visão do futuro perfeito? Se já estamos no futuro e o futuro já passou a existir aqui e agora. Se já compreendíamos tudo, se já sabíamos de tudo, não deveríamos seguir para um recomeço menos contraditório e cantarmos além jogral o nosso hino com voz mais estridente? Fazer a educação do futuro pode ficar para o dia de amanhã, não nos enganemos, se ainda tivermos que passar por toda essa trajetória de saberes já entendido por todos e negado o seu intento por conveniência política. Compreender o já compreendido, reaprender o já aprendido, parece ótima desculpa para a repetência dos antigos hábitos, dos possíveis equívocos, dos sonoros mandos autoritários. Menos personalismo e neutralidade com as cores da educação é o que deve ser feito continuamente. Poderíamos percorrer um caminho mais interativo para chegarmos à qualidade sonhada, sem politicagem e puxa-saquismos dos que são meramente usados para o ofício difamatório e não solidário. Que a educação seja para o futuro, e que nesse futuro seja compartilhada e mais construtiva. Enquanto isso calmamente passo um visto nas primeiras páginas desse novo conto de fadas.
Josélia Coringa

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