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Dona
Ildete, foi uma professora que muito cooperou com essa instituição, sua
história de vida foi toda dedicada à educação, próximo ao encerramento de sua
carreira sentiu uma forte dor de cabeça, momento em que dava aula, numa sala dessa
escola e posteriormente se submeteu a uma delicada cirurgia fruto de um
aneurisma cerebral, após essa cirurgia não retornou à sala de aula, ainda viveu
vários anos e deixou um grande legado na educação. Contribuiu impetuosamente com
a formação de muitos que certamente não a esquecerá.
As marcas da resistência, bravura e amor à educação, aspecto que
caracterizava Dona Ildete dos Santos Xavier, como uma docente que se debruçou incansavelmente
para alfabetizar crianças, evidenciava-se também pelos seus gestos e pela forma
como rememorou suas práticas. Constatava-se que o conhecimento dos seus
primeiros tempos de professora e de como foi educada serviram de base para que
ela construísse sua prática e fosse se apropriando dos instrumentos da cultura
escolar da época.
Dentre as funções das escolas rurais, das professoras que marcaram
história dessas comunidades, não podemos deixar de citar outra que igualmente
deixou sua lição valorosa como educadora nata, Luzimar Coringa, que além de
“ensinar o indivíduo a ler, a gostar de ler”, deveria desenvolver os bons hábitos
de higiene; de boa educação; saberes sobre as contas e seu uso na vida
cotidiana, o uso da palmatória se fez presente. Os conhecimentos de
alguma coisa sobre o mundo e sua Pátria, cantar o hino uma vez por semana, respeitar
os mais velhos e seguir normas gerais de conduta, valores que os alunos das
escolas públicas e privadas de hoje deveriam receber como regra. Esses
ensinamentos dado por elas, serviriam como conhecimento prático, ao que eles
viessem a ser mais tarde.
Os
“sonhos”, para Ildete dos Santos Xavier, Luzimar Coringa, e outras professoras
que igualmente construíram, representaram degraus a serem alcançados e
dedicação pela educação da comunidade. Dessa forma, superar a precariedade das
escolas multisseriadas “domiciliares”, as estradas de “chão batido” o uso do
tamborete, do banco, do quadro negro com giz e o enfrentamento as dificuldades significaram
a expressão máxima que recaia sobre o “ofício do magistério”, entendido por elas
como vocação de ensinar e preparar “criaturas para vida”. A trajetória delas recupera,
mesmo que de forma fragmentada uma parte importante da história do ensino rural
nessas comunidades: Olho D’água e Jenipapeiro, “além de ressaltar que a
docência não transcendia apenas ensinar conhecimentos pedagógicos, implicava,
sobretudo um comprometimento social e político”.
As
“lições” ensinadas, inesquecíveis, enfatizaram o letramento. A alfabetização
caracterizou-se como aspecto de maior responsabilidade dessas professoras e que
também, são hoje as lembranças que expressam maior gratidão e reconhecimento
sobre a ação docente. Lamentavelmente ainda não aprendemos a homenagear merecidamente
em vida pessoas que contribuem com um mundo melhor.
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Josélia Coringa
02/11/2016
(Construindo o histórico da escola para o PPP)
Necessito de mais informações.
? Decreto de Lei que instituiu a
escola.
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? Falta pesquisa aprofundada dos dados históricos.
Características da comunidade, perfil dos alunos e pais
de alunos
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