quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Fragmentos do histórico da escola "João Gregório Bezerra"

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Dona Ildete, foi uma professora que muito cooperou com essa instituição, sua história de vida foi toda dedicada à educação, próximo ao encerramento de sua carreira sentiu uma forte dor de cabeça, momento em que dava aula, numa sala dessa escola e posteriormente se submeteu a uma delicada cirurgia fruto de um aneurisma cerebral, após essa cirurgia não retornou à sala de aula, ainda viveu vários anos e deixou um grande legado na educação. Contribuiu impetuosamente com a formação de muitos que certamente não a esquecerá.

As marcas da resistência, bravura e amor à educação, aspecto que caracterizava Dona Ildete dos Santos Xavier, como uma docente que se debruçou incansavelmente para alfabetizar crianças, evidenciava-se também pelos seus gestos e pela forma como rememorou suas práticas. Constatava-se que o conhecimento dos seus primeiros tempos de professora e de como foi educada serviram de base para que ela construísse sua prática e fosse se apropriando dos instrumentos da cultura escolar da época.

Dentre as funções das escolas rurais, das professoras que marcaram história dessas comunidades, não podemos deixar de citar outra que igualmente deixou sua lição valorosa como educadora nata, Luzimar Coringa, que além de “ensinar o indivíduo a ler, a gostar de ler”, deveria desenvolver os bons hábitos de higiene; de boa educação; saberes sobre as contas e seu uso na vida cotidiana, o uso da palmatória se fez presente. Os conhecimentos de alguma coisa sobre o mundo e sua Pátria, cantar o hino uma vez por semana, respeitar os mais velhos e seguir normas gerais de conduta, valores que os alunos das escolas públicas e privadas de hoje deveriam receber como regra. Esses ensinamentos dado por elas, serviriam como conhecimento prático, ao que eles viessem a ser mais tarde.

Os “sonhos”, para Ildete dos Santos Xavier, Luzimar Coringa, e outras professoras que igualmente construíram,  representaram degraus a serem alcançados e dedicação pela educação da comunidade. Dessa forma, superar a precariedade das escolas multisseriadas “domiciliares”, as estradas de “chão batido” o uso do tamborete, do banco, do quadro negro com giz e o enfrentamento as dificuldades significaram a expressão máxima que recaia sobre o “ofício do magistério”, entendido por elas como vocação de ensinar e preparar “criaturas para vida”. A trajetória delas recupera, mesmo que de forma fragmentada uma parte importante da história do ensino rural nessas comunidades: Olho D’água e Jenipapeiro, “além de ressaltar que a docência não transcendia apenas ensinar conhecimentos pedagógicos, implicava, sobretudo um comprometimento social e político”.

As “lições” ensinadas, inesquecíveis, enfatizaram o letramento. A alfabetização caracterizou-se como aspecto de maior responsabilidade dessas professoras e que também, são hoje as lembranças que expressam maior gratidão e reconhecimento sobre a ação docente. Lamentavelmente ainda não aprendemos a homenagear merecidamente em vida pessoas que contribuem com um mundo melhor.
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Josélia Coringa
02/11/2016


(Construindo o histórico da escola para o PPP)
Necessito de mais informações.

? Decreto de Lei que instituiu a escola.
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? Falta pesquisa aprofundada dos dados históricos.
Características da comunidade, perfil dos alunos e pais de alunos



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