quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A polêmica reabertura do MinC e a (falta) de educação do MEC. Desafios ao novo governo

O ministério da cultura (MinC) foi fechado pelo presidente interino Michel Temer que, pressionado por artistas, voltou atrás e reabriu o ministério. Mas o que isso tem a ver com o tema 'família'? Tudo.


Como a cultura e a educação sofrem por meio da política centralizada do Estado brasileiro.
 
O ministério da cultura (MinC)  foi fechado pelo presidente interino Michel Temer que, pressionado por artistas, voltou atrás e reabriu o ministério.  Mas o que isso tem a ver com o tema ‘família’? Tudo.
 Há um bom tempo a esquerda patrocina (com dinheiro público) artistas que apoiam tudo o que vem da cartilha esquerdista.
O cantor que louvasse (mesmo de longe) as “maravilhas” de Cuba, tinha seu cachê beneficiado pela lei Rouanet através do MinC (apelidado de Ministério da Chupeta).
De fato, o MinC da era PSDB\PT beneficiava também artistas, digamos que “neutros” em questões políticas, porém, que receberam benefícios fiscais milionários. E a pergunta que fica: por que beneficiar artistas já ricos o suficiente para comprar seu próprio instrumento, sua produtora, seu transporte…?
Para poder receber os benefícios, que envolve o patrocínio de empresas, é preciso implorar para o governo aceitar um projeto. Quem não seguisse a cartilha do movimento comunopetista nem tentava, era acesso negado na certa.
Uma parte considerável do apoio dado pelo MinC era direcionado para ‘artivistas’ propagarem ideologia de gênero, doutrinação comunista e propaganda anti-imperialismo-americano, além, é claro, de toda a discriminação e preconceito contra a tradição cristã.
O mito da educação 
Tornou-se um mote, mais que isso, tornou-se algo sacramentado como verdade incontestável o discurso de que a educação (incluindo a cultura) é a salvação do mundo, o remédio de todos os males da sociedade.
Nessa esteira muito dinheiro fora injetado na educação. Porém, quanto mais se gastasse em educação, pior se tornava o nível intelectual das crianças e adolescentes das escolas públicas e de grande parte das particulares, que precisam estar alinhadas com as universidades.
A educação como fator de impulso ao desenvolvimento social ocorre em lugares aonde o ensino não é centralizado a partir de um ministério em que ideologias são impostas a todo o país.
O MEC é uma prova cabal dessa centralização que não toma por base as diferenças regionais em um país de tamanho continental. O Brasil sofre com índices de educação pífios, e o problema não é a falta de dinheiro, pelo contrário, antes da crise econômica atual o gasto em educação era mais alto do que o de muitos países desenvolvidos.
A descentralização da educação
A Coreia do Sul é um exemplo de sistema educacional de excelência justamente pela descentralização da educação.
By Pixabay
Universidade sul coreana (By Pixabay)
Na Coreia do Sul, a comunidade em torno das escolas junto aos pais dos alunos tem papel primordial na condução do ensino dentro das escolas. Em matéria para a Gazeta do Povo, Caroline Olinda escreve:
“Os conselhos escolares, formados por pessoas da comunidade, avaliam o desempenham da administração da escola e podem até indicar a substituição de um diretor caso percebam que a gestão vai mal. Na Coreia do Sul, as famílias estão diretamente envolvidas na gestão da escola. Os pais têm tanta autonomia, que podem observar as aulas, sugerir a realização de cursos de reciclagem e até mesmo a troca de diretores.”
Não é preciso lembrar da diferença entre a Coreia do Sul e a do Norte, onde o sistema de educação é totalmente centralizada pelo partido comunista norte-coreano. A pergunta que fica é: a educação brasileira se assemelha mais a qual das Coreias?
A sabedoria comum
 
Quantas pessoas passaram por nosso caminho e deixaram sua marca pela sabedoria de vida que deixam pelo caminho…
Muitas vezes estes ‘sábios comuns’ não conheceram faculdades, nem se debruçaram em livros, mas possuem uma estrutura familiar sólida o suficiente para lhes impregnar a alma com as virtudes humanas.
O estudo ou a cultura (seja na música, no teatro, no cinema, na dança etc) não são suficientes para impulsionar uma nação rumo à estabilidade psico-social. O que vemos hoje é o contrário, a cultura sendo impulso para instabilidade social. É o que vemos, por exemplo, quando o estado patrocina bailes funks aonde adolescentes engravidam enquanto “dançam”.
Tradição e modernidade
 
O menosprezo e ruptura com a filosofia antiga e medieval está tornando os professores cada vez mais ignorantes e completamente perdidos em suas falas. É como um engenheiro querer criar um novo modelo de carro sem utilizar a mecânica antiga, criada ou descoberta a milhares de anos, como as rodas do automóvel. O carro só funciona se tomarem por base o conhecimento evolutivo por entre os tempos.
Tradição e modernidade caminham juntas. Assim também deve ser nas outras áreas do conhecimento. A educação e a cultura só se realizam se levarem em conta o conhecimento universal de todos os tempos.
Ficar com o que foi bom e funcionou em outras épocas, para que, no dia de hoje, o conhecimento seja profundo, seja acompanhado de sabedoria.
O que temos hoje é um conhecimento ilusório, principalmente na área de humanas. Não é raro um professor resumir toda a idade média (1 milênio!) em uma frase. Desconsideram que as próprias universidades foram obras da idade média.
A arte pela arte
 
É inadmissível que dinheiro público seja usado por artistas milionários. Dinheiro da lei Rouanet sendo usado para comprar imóveis de luxo, tando no Brasil quanto no exterior, especialmente em Paris    -porque nossos artistas são chiques.
Que a arte seja difundida de modo normal. Pelo reconhecimento do público a arte aparece e se manifesta. Pelo bem da nação e pelo bem mais precioso da nação, as famílias, que a cultura seja feita de forma mais livre. Que as autoridades do estado só apareçam nos shows se for para aplaudir.
Josair Bastos é jornalista e professor
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