quarta-feira, 12 de setembro de 2012

AO SAUDOSO LUIZINHO TEODÓSIO

Meu Vô Paizinho

Luiz Sales Torres, homem de negócios, um senhor fazendeiro muito reconhecido na região. Com cabelos grisalhos, barriga grande, chapéu na cabeça, e cigarro na boca. Dono de muitas terras e cabeças de gado. Comercializava ouro, e também frutos que extraia de suas plantações, sempre dedicado ao trabalho, cuidava bem de seus sítios, conservando a beleza natural, e deixando-os bem atrat

ivos. Suas relações de amizades eram com pessoas influentes, e no convívio familiar costumava dizer que seus netos seriam doutores...na sua linguagem significava médicos ou advogados.
Lembro-me das aventuras vividas com o meu avô quando íamos no jipe azul para o sitio apanhar mangas, e ele pedia para ajudá-lo a juntar, para mim aquilo era uma forma de divertimento, para era ele apenas uma ajuda que eu estava dando em mais um dia de afazeres árduo.
Depois de apanhar as mangas e colocar nos caixões feitos de madeira, ele as colocava dentro do jipe que ficava amarelinho com mangas de todos os tipos e tamanhos, depois do dever comprido íamos ao rio nos banhar, chupar manga e comer carne assada com farinha, que o meu paizinho levava para o lanche. A água doce do rio, o sol quente de um dia de verão, os mergulhos e piruetas que ele fazia na água me enche o coração de saudade, e os olhos de lagrimas, onde será que ele guardou esses momentos queridos? Onde o alzaime deixou o meu paizinho? Para onde foram o sitio, as mangas, o rio, o sol, as piruetas e mergulhos, a carne com farinha? Porque o tempo varreu a memória do meu querido vovô? Porque o levou para tão longe da realidade?
As respostas; não as temos, o que sabemos na verdade é que o senhor foi, é e sempre será nosso eterno vô paizinho.
Ass: seus netos, Aldirene, Aldinete, Aldineide, Naldinho e Liss

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