quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Vendedor de Balões



Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar.O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu produto e defender o pão de cada dia. Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda. Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção. Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se lentamente pelos ares. Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de cor branca. Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não soltava. Aproximou-se meio sem jeito e perguntou:"moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros? "O vendedor sorriu, como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava no ar, disse-lhe: "Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir."O menino deu um sorriso de satisfação, agradeceu ao vendedor e saiu saltitando, para confundir-se com a garotada que coloria o parque naquela tarde ensolarada.
Reflita:
A fraternidade é a chave que rompe as amarras que nos retém nas baixadas, quais balões cativos, e nos permite ganhar as alturas, elevando-nos acima das misérias humanas. Para isso, lembremo-nos do vendedor de balões e ouçamos a sábia advertência da nossa própria consciência:"Não é a cor, nem a raça, nem a posição social, nem a religião, nem as aparências externas, filho, é o que está dentro de você que o faz subir."


Autor : Anthony de Mello

Com base no conto “O Vendedor de Balões”

do livro "As 100 Mais Belas Parábolas de Todos os Tempos."



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