domingo, 24 de março de 2013

SAUDADES


Minha mãe Luz e mar
Como eu gostaria de poder te ver
Como eu gostaria de abraçar você
Os dias passam e eu aqui...
Não consigo te esquecer
Sinto saudades do seu jeito
Dos seus cafunés a me afagar
Nove anos se passaram
Mas parece que foi ontem
Ainda não dá para acreditar
Se pudesse voltar o tempo
Quanta coisa eu ia consagrar
Do seu lado cada segundo
Eu não ia desperdiçar
Meu filho está crescendo
Do seu lado não pode estar
Se estivesses aqui conosco
Quanta coisa ia poder desfrutar
Oh! Deus por que teve que ser assim?
Por que eu ainda não consegui me acostumar?

Josélia


Por que Deus permite que as mães vão-se embora?


Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 20 de março de 2013

ACORDA CLASSE!!!


1/3 PARA ATIVIDADE EXTRACLASSE DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO ESTÁ NA LEI DO PISO - DIREITO JULGADO CONSTITUCIONAL - NÃO DEPENDE DE ENVIO DE LEI MUNICIPAL - PROFESSORES CUMPRAM POR SI MESMOS 1/3 PARA ATIVIDADE EXTRACLASSE! REFAÇAM POR SI MESMOS O CALENDÁRIO LETIVO DO SEU MUNICÍPIO EM 2013 E DO SEU ESTADO! NESSE ITEM QUEM ESTÁ VIOLANDO SEU DIREITO A 1/3 - PROFESSOR (A) - É VC MESMO – POR OMISSÃO! AJA!


1/3 PARA ATIVIDADE EXTRACLASSE- DIREITO PREVISTO NA LEI DO PISO – NA LDB -  JULGADO CONSTITUCIONAL PELO STF – VIOLADO PELA MAIORIA DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS BRASILEIROS – VIOLADO TAMBÉM PELA MAIORIA DOS MUNICÍPIOS DO CEARÁ – MEDIDA JÁ  CONCEDIDA LIMINARMENTE PELA MAIORIA DOS JUÍZES DO BRASIL  AFORA QUANDO AJUIZADA AÇÃO  –  MAS OS PRÓPRIOS PROFESSORES PODEM OBEDECER À LEI DO PISO POR SI MESMOS – CUMPRINDO 1/3 POR SI MESMOS! O QUE NÃO É NEM DESOBEDIÊNCIA CIVIL! MAS OBSERVAÇÃO DA LEGALIDADE! POIS NÃO CUMPRINDO 1/3 O PRÓPRIO SERVIDOR ESTARÁ VIOLANDO SEUS DIREITOS POR OMISSÃO – NINGUÉM PODE SER PUNIDO POR CUMPRIR UMA LEI FEDERAL – MAS A DECISÃO TEM QUE SER NUMA ASSEMBLEIA COM TODA A CATEGORIA CAPITANEADA PELO SEU SINDICATO E REFAZER O CALENDÁRIO LETIVO LOCAL COM O CUMPRIMENTO DO 1/3 – CUMPRA-SE O DIREITO CESSANDO TODAS AS OMISSÕES - PREVISÕES LEGAIS DO 1/3 PARA ATIVIDADE EXTRACLASSE:

NA LEI DO PISO, LEI FEDERAL Nº 11738//2008 - O STF NA ADI 4167 - DECLAROU CRISTALINAMENTE QUE 1/3 É CONSTITUCIONAL:

§ 4o  Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.

NA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO - LEI FEDERAL 9394/96:

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
I - .....
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;

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segunda-feira, 18 de março de 2013

BOA SEMANA!

UM POUCO DE SILÊNCIO

"Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.
Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações.
 Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam. Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.

 O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado. É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho. Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo - ou em trilhas determinadas - feito hâmsteres que se alimentam de sua própria agitação.
Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença.
 Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma. Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém - como se amizade ou amor se "arrumasse" em loja. Com relação a homem pode até ser libertário: enfim só, ninguém pendurado nele controlando, cobrando, chateando. Enfim, livre!
Mulher, não. Se está só, em nossa mente preconceituosa é sempre porque está abandonada: ninguém a quer.

Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? 
Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.
O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós.
 Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo.

Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?
No susto que essa idéia provoca, queremos ruído, ruídos.
Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.

Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconserto nosso. 
Com medo de ver quem - ou o que - somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.
Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre - em si e no outro - regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.
Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:
- Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.

 Então, por favor, me dêem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos."

Autora:Lya Luft
Retirado  do livro Pensar é Transgredir

domingo, 17 de março de 2013

TROÇANDO COM AS PALAVRAS


Criança tímida e recatada. Adolescente determinada e apaixonada. Hoje, feliz e atarefada. Esta sou eu. O futuro é incerto, mas espero de mim: tranquilidade e atuação. Com Deus sempre na direção.

Josélia Coringa 

sexta-feira, 15 de março de 2013

ESCOLA



A escola, depois da família, é o primeiro grupo social a que pertencemos. E grupos sociais são importantes para que aprendamos a interagir com pessoas, a conhecer novos comportamentos e a respeitar uns aos outros. Além do mais, a escola é fonte de conhecimento e educação, tanto formal quanto informal, é um espaço onde o aluno é o protagonista e aprende a desenvolver suas atividades, além de ser um laboratório de inclusão social, promovendo no jovem o sentido de importância da comunidade.
Durante todo o nosso crescimento, precisamos de um referencial e essa é uma das principais funções da escola. Cada fase do aluno, novas necessidades e capacidades devem ser exploradas e para isso, a escola deve dispor de uma gama de profissionais como orientadores educacionais, professores e psicólogos.
Infelizmente, a educação no Brasil ainda não está satisfatória, apesar de índices cada vez mais positivos. Há um aumento da taxa de alfabetização, aumento do número de alunos que completam o nível superior, novas escolas de ensino fundamental foram construídas e há uma queda no índice de evasão escolar.
Autor: Juscelino Tanaka

quinta-feira, 14 de março de 2013

MÃE, nove anos de saudades.

Lembranças minhas

Dos quintais de Olho Dágua
Eu recordo da infância  

Das brincadeiras que tinha
De anel e amarelinha
Das lições de minha mãe
E das vizinhas: Terezinha,

Dona Zefa, e Dona joana
Ela bem me ensinou
A cortar uma galinha
Quando minha mãe saía
Era quem nos protegia
Protetora e boazinha

E como é bom reviver
A meninice vivida
A saudade é partida
Mas hoje posso dizer:
Que há muita coisa boa
Há brindar em minha vida




 
Oh! Minha mãe Luzimar
Quanta lição me deixou
Sua base me fortalece
E Faz ser quem eu sou
Confiante no Deus vivo
Cada dia que amanhece
Por tudo eu agradeço
A sua presença eu sinto
A fé, a luz e a calmaria
E a força no que dizia
Foram marcas registradas
De mulher forte – Maria

Enfrentando privações
Com determinação nos criou
Sofrendo pelos irmãos
Órfã de mãe muito cedo
Sofrer foi o seu brinquedo
Assim foi a minha mãe.

Josélia Coringa 

terça-feira, 12 de março de 2013

O Meu País


Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo


Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país


Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país


Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diZ
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país

Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país


Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo

Zé Ramalho

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pagando com a mesma moeda

É ISSO...

Viver não exige de nós tanto esforço. Mas sentir a vida e prová-la nos seus mínimos detalhes, isso sim, exige que sejamos mais que seres viventes que respiram.
E desejamos crescer sempre. Desejamos ser bons, melhores e não raro, superiores. Só que a noção de como chegar a um ponto alto é muitas das vezes distorcida ou mal compreendida. Assim, fazemos exatamente o contrário e nos julgamos inteligentes.
Numa briga ou desentendimento com uma ou mais pessoas, fala mais alto não quem levanta a voz, mas quem sabe controlar-se para revidar com sabedoria. Nunca pensamos que quando gritamos com uma pessoa que grita conosco ou apontamos o dedo para quem nos aponta, estamos nos colocando não num grau de superioridade, mas exatamente no mesmo nível que ela, lá embaixo.
E quanto mais gritamos, mais descemos; quanto mais palavras ásperas usamos, mais caímos, menores ficamos.
Ninguém pode sentir-se superior por pisar em ninguém; ninguém pode sentir-se melhor por pagar com a mesma moeda quando isso significa render mal por mal.
Devemos dar de nós sim, mas somente aquilo que as pessoas podem pegar e construir algo positivo; nossa parte humana e pequena, nossos defeitos e nossos pecados pertencem a nós e é a busca da melhoria do nosso eu que vai fazer com que diminuam em nós.
Nada mais desconcertante do que um gesto de amor quando é exatamente o contrário que se espera.
Diz a Bíblia no livro de Provérbios que quando pagamos o mal com o bem amontamos brasas na cabeça do outro e ainda é acrescentado que com isso o Senhor nos recompensará.
Que a partilha da nossa vida seja da nossa parte mais bonita, aquela que ama, que sabe agir com sabedoria no momento certo, que sabe manter-se grande mesmo nos momentos onde ser grande exige de nós o esforço da renúncia do nosso eu, do que julgamos saber e conhecer.

Letícia Thompson