quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O OLHAR DA VELHA DAMA...

A Dama que palita os dentes

" Quando eu menos esperava, alguém disse ao meu lado: "Por que você não escreve sobre a morte?".(...)Pois, como escrevi e disse várias vezes, somos uma sociedade agitada, mas sem muita alegria.Muita gritaria, pouca comunicação. Muita exibição de sensualidade, tantas vezes artificial e forçada, mas pouco amor.Muito palavrório, pouca realização.Muitas receitas sobre como educar os filhos, por exemplo, e a meninada tantas vezes sem compustura ( e nós?, e nós?), cheia de exigências, quando deveria era reclamar por estudo melhor, mais rigoroso, mais exigente, melhores professores, mais bem pagos e mais exigidos também. Mas queremos tudo simples e simplificado, queremos logo um bom emprego, de preferência de chefe, claro, quem quer ter de subir no emprego, quem quer ter de subir na vida?A gente quer estar logo no topo, ganhando bem, e nada de supervisor espiando por cima do ombro para ver se estamos trabalhando no computador ou entrando no face, no twitter, na pornô. A gente não quer saber de nada sério, morte é coisa de velho,porém, como dizia a Clarice, a Lispector, " um dia, tinha se passado vinte anos."Um dia terão se passado quarenta anos, cinquenta, e a gente não vai nem saber que viveu,porque viveu,como continua vivendo." Desperdício" é uma das palavras que mais detesto na nossa língua e na nossa realidade. Desperdício de comida e dinheiro, de esforço, e de vida.Desperdício dos afetos, quando enganamos ou traímos. Quando somos irresponsáveis feito adolescentes eternos, e não acho graça nenhuma nisso. Atitudes de criança e de adolescente são toleráveis ou até graciosas na idade devida. Depois ficam chatas, depois ficam inconvenientes, ficam burras.Quando penso na morte, não é só como a sombra da separação, mas como esse enigma que nos espia no fundo de um espelho onde, se sorrimos, nosso reflexo pode não sorrir - e aí o que a gente faz? Aí a gente se arrepende das besteiras, das bobagens, não daquelas naturais, normais - porque não somos perfeitos, que os deuses nos livrem das pessoas exemplares - mas da grande bobagem de ter vivido sem perceber, sem curtir. Não a curtição da bebida, da droga, da promiscuidade, mas da coisa profunda e gostosa dos bons afetos, da maravilhosa natureza. Dos trabalhos humanos que nos fizeram chegar das cavernas dos trogloditas até a mais apurada tecnologia que nos permite ver e ouvir pessoas amadas a milhares de quilômetros de distância, conhecer culturas, entender gentes, apreciar a arte, percorrer a natureza a mais remota, sem sair da mesa do computador. O olhar da velha dama à espreita com seus olhos de gato, palitando os dentes como se não tivesse pressa, pode nos levar a mudar um pouco o mundo, sendo interessados, descentes, compassivos, leais. Isto é o que, talvez, a ideia eventual do efêmero de tudo pode nos trazer, sem drama: a consciência do nosso valor, da nossa capacidade, da nossa importância. "
LYA LUFT
Vale se deleitar nos textos primorosos de Llya Luft, ela domina as palavras como ninguém. Adoro!!!
Esse texto nos faz refletir a respeito dos valores que se tornam cada vez mais questionáveis ao longo do tempo.
(Sou fã dessa escritora!)

Vou fazer minha lista!

A Lista
Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro

terça-feira, 29 de novembro de 2011

WANDERLEY MENDES...

É O ANIVERSARIANTE DO DIA.
PARABÉNS! FELIZ ANIVERSÁRIO!
É ISSO:
"Devemos promover a coragem onde há medo , promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero."
Nelson Mandela
Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra. SEJA UM VENCEDOR!
Mark Twain

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MUITO BOM O TEMA DA REDAÇÃO DO CONCURSO DO ESTADO.

Educadores contam como aprenderam com seus erros

Professores têm a competência de verificar habilidades, testar a compreensão de conteúdos e ajudar cada estudante a reconhecer (e superar) os erros. Mas e quando o equívoco vem deles próprios? Fingir que nada ocorreu não é a melhor saída. Ao contrário: se ficar evidente que alguma atividade não deu certo em razão de uma falha pessoal, a autocrítica é fundamental para melhorar a atuação profissional. O ideal é que essa reflexão seja vivenciada de forma madura, sem culpa ou rigor excessivos (afastando o risco de mergulhar no perfeccionismo, que paralisa a ação) e complacência extremada(resvalando na atitude de quem a todo instante diz “tudo bem, deixa para lá”). Medo ou vergonha são outros sentimentos que não cabem nessa hora. Afinal - não machuca repetir essa obviedade -, todo mundo erra, mesmo grandes autoridades em Educação, profissionais respeitados que ocupam cargos centrais no governo, pesquisadores de Universidades influentes, formadores de professores e autores de livros que inspiram algumas de nossas melhores aulas. Alguns tropeços podem parecer familiares: falar demais e alongar a parte expositiva, despejar conteúdo sem levar em conta o ritmo dos jovens e seu universo cultural, desconsiderar as necessidades de alunos com deficiência e negar o próprio papel ao levar em conta somente os interesses das crianças. A lista de falhas é diversa, mas a postura para avançar é a mesma: analisar o que falhou, por que e como isso ocorreu. Muitas vezes, basta o distanciamento temporal do deslize para percebê-lo. Em outras ocasiões, são as conversas com os colegas que nos trazem o alerta e, em muitos casos, o estudo e a leitura são importantes aliados para a reflexão. Essa revisão de ideias, pensamentos e ações exige uma visão relativista do erro - isso
significa ter em mente que o que não funciona em uma determinada classe, num determinado momento, pode muitas vezes dar certo em outro contexto.

PAGANOTTI, Ivan. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril. n. 230, mar. 2010.

Tomando como ponto de partida as ideias apresentadas no texto, elabore um
texto dissertativo-argumentativo, em que se DISCUTA A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO DO PROFESSOR, COM BASE NA REFLEXÃO SOBRE SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA. Justifique sua posição com argumentos.

É ISSO MESMO...


A educação é ruim no Brasil basicamente porque não há competição entre os agentes do sistema, isto é, entre escolas (por maiores dotações orçamentárias), entre alunos (por bolsas de estudo), entre professores (por adicionais de produtividade e reconhecimento público). A falta de concorrência, essencial à qualidade de qualquer área, dá-se na educação pela ausência total de uma política e de uma cultura meritocráticas. Abrir o acesso a alunos pobres em função de seus desempenhos escolares na escola pública, para vagas em colégios particulares, é uma forma de melhorar o sistema.

Alan M. Teixeira, via globo on-line, RJ.



E ainda:Investir em educação não supera o ciclo de subdesenvolvimento se não houver um ambiente na sociedade propício à inovação e ao empreendedorismo.
Edmund Phelps

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ser livre


"Somos criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela. Ser livre é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa
cabeça para encontrar um caminho... Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado, é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso.) Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes. Por isso, os meninos atiram pedras e soltam
papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...). Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!...) não acreditavam que se
pudesse chegar tão simplesmente com um fio de linha e um pouco de vento!"

MEIRELES, Cecília. Escolha seu sonho. Rio de Janeiro: Record,
2002. Fragmento.

sábado, 19 de novembro de 2011

Inscrição para uma lareira


A vida é um incêndio:
nela dançamos, salamandras mágicas.
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...

(QUINTANA, M. 80 anos de poesia.)


DOS USOS DO MORALISMO

Espera-se honestidade e ética de qualquer governante ou pessoa pública — ou motorista, médico ou manicure. Um comportamento moral generalizado é um requisito mínimo para a convivência, com ligeiros ajustes para a hipocrisia e a mentira social. Mas, como tudo na vida, o conceito de moral é relativo. Uma questão de
perspectiva. Você pode viver no país mais imoral do mundo, nascer e viver em meio à injustiça mais obscena e à miséria mais pornográfica, sem se dar conta disso — e
se escandalizar com cenas de sexo na TV. A imoralidade endêmica brasileira nem exige que a gente viva em permanente estado de indignação, o que até impossibilitaria a vida, nem absolve imoralidades menores a ponto de nada nos indignar. Mas é um pano de fundo contra o qual se estudam os usos e desusos, entre nós, do moralismo, essa outra coisa relativa que depende da perspectiva. O objetivo do moralismo não é, necessariamente, a moralidade. Como o colesterol, existe moralismo ruim e moralismo bom, com efeitos diferentes no organismo nacional, com perdão da metáfora médica prolongada. O moralismo pode ser um mau conselheiro político. Já foi em muitos momentos da nossa história. Ajudou a eleger o Jânio Quadros, que iria varrer toda a sujeira deixada pelo governo do Juscelino, e cuja renúncia inaugurou um dos piores períodos da nossa vida institucional, culminando com o golpe militar de 64, que também nasceu do moralismo, ou da cooptação de valores cristãos ameaçados pelo demônio vermelho. Foi o moralismo que elegeu o Collor, para acabar com a pouca vergonha dos marajás do serviço público. O moralismo mal usado tem um prontuário quase maior do que o da corrupção na História destes últimos 60 anos. O bom moralismo é um traço reincidente e surpreendente no eleitorado de um país que gosta de se autocaracterizar como a terra do jeitinho e da malandragem. O pior moralismo é o oportunista, para uso de acordo com a conveniência política. O fato de as denúncias de corrupção do governo Lula não estarem, aparentemente, afetando o julgamento da maioria dos eleitores, sugere uma de duas coisas, dois pontos. Ou o moralismo já não tem o poder político que tinha nas nossas eleições (suspiros de alívio ou de decepção à vontade), ou os eleitores declarados do Lula estão sabendo distinguir o moralismo de ocasião, cujo objetivo é tudo menos a moralidade, do moralismo legítimo. Ou,claro, estão votando contra a imoralidade maior.

(VERISSIMO.Luís Antônio)

E ASSIM SEGUE!

“O grande desafio da escola é descobrir como ser inovadora, não em relação aos meios, às novas maneiras de fazer, mas aos fins – resultados sociais a serem obtidos.
Mudar a escola significa reapropriar-se da educação para a construção de um modelo alternativo de convivência. Assumir o diferente, trabalhando com a pluralidade trazida pelos professores e alunos. Assumir os relatos privados, singulares, fazendo circular as diversas representações oriundas de outros segmentos sociais. Atingir de novo uma escola de todos, construída agora por outras vias, valorizando-se a escola como espaço de convivência. O importante é que os jovens que frequentam a escola sejam capazes de se organizar e de criar suas próprias significações, não como excluídos, mas como sujeitos de uma nova configuração cultural. O caminho da cidadania é o mesmo caminho da emancipação. Sem liberdade não se constroem sujeitos de transformação social.”

ABREU, Zuleika Pinho de. Sobre a escola e transformação social.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Fome, sede e vontade de ler



O corpo necessita de combustiveis. Se precisamos de água, temos sede. De comida, temos fome. Nunca paramos de respirar. Por que nos falta uma necessidade de ler? Aliás, não há sequer um nome pra isso. Simplesmente “a necessidade de ler”. Algo como a manutenção da intelectualidade, ou da saúde do cérebro. Ler. Ler como quem mata a sede. Como quem avança sobre um prato de comida. Um copo de água bem gelada e uma Clarice. Uma lasanha e um Machado. Para todos os dias, arroz, feijão e Allan Poe. (...)
Os jovens - ah, sempre os jovens – não conseguem, ou não querem, enxergar o beneficio da leitura. Qualquer leitura. E os jovens crescem, ou ja cresceram, subletrados. Dai a pergunta: E se houvesse uma necessidade física? Penso que ainda há o que mudar na estrutura humana. Que tal essa dica? Hein? Na falta de uma terminologia melhor, fica a “fome de leitura”, ou a FOMURA.
O menino grita: “Manheee, to com uma fomura danada”. E ela vem correndo com a Ruth
Rocha que e pro menino parar de reclamar. O pai, no meio da noite, acorda com o choro do bebê.
Da a mamadeira, troca a fralda e le o Ziraldo enquanto o nenêm não consegue sozinho. O casal de namorados vai sair a noite. Jantar, choppinho ou leitura? O rapaz mais afoito sugeriria um João Ubaldo. O divorciado um Nabokov. O mais esperto um Vinicius (sim, elas ainda adoram).
E a combinacão vinho, massa e Drummond? Irresistível.
O sonho enfim se concretizaria com o obeso-literato. Aquele que, de madrugada, assalta a estante. Acha que nao faz mal um Parnasianismozinho durante as refeicões. Vai ao médico, o letricionista, que lhe passa uma dieta a base de romance. Nada muito pesado. Depois das 20 horas, so Sidney Sheldon. Mas cai em tentacão e e flagrado com “Crime e Castigo” nas mãos. A família se preocupa. Tornou-se um livrolatra. So o L.A. podera salva-lo. Nas reuniões com o grupo de viciados em literatura, ele conta sua saga: “Bem, comecei aos 10 anos. Como todo
mundo. Fadas, chapéus, narizes que cresciam. Depois eu parti pros livros menores. Mas quando você menos espera, já esta devorando um Jorge Amado numa sentada so”. Um “ooh” ecoa na sala. Senhoras comentam entre si. “Tão novinho e tao letrado, ne!”
Bibliotecas lotadas. Um silêncio ensurdecedor. Filas enormes para entrar. E muita gente morrendo de fomura. Consegue uma mesa, pede o menu.
- Por favor, me ve duas Cecilias. E pro menino pode ser um Lobato, que ele adora!!
- Senhor! Nossas Cecilias acabaram.
- O que? E o que você sugere?
- Nosso Eca e legitimo, senhor! E temos Camões.
- E que os portugueses sao caros, ne? E meu médico me proibiu Camões durante a semana.
- Algum Andrade?
- Nao sei. Nao sei. To indeciso ainda.
Depois de alguns minutos pensando e testando a paciência do rapaz que lhe servia...
- Ah, vou de Paulo Coelho mesmo que é só pra matar a fomura.

Fonte: CAMBOTA, Fabiano. Fome, sede e vontade de ler.

domingo, 13 de novembro de 2011

O ENSINO HOJE


Alguns políticos falam em educação com muita lorota, com desinformação e exibicionismo. Precisam visitar as escolas, ter mais acesso aos programas do governo federal, acompanhar de perto os fatos, ler mais e não ficar preso as miudezas locais. Não basta mostrar números crescentes de matrículas, aprovações, não basta só falar de dados, esses são fáceis de contabilizar. Ah! São remendados de acordo com os interesses de quem os dita.
O nível de ensino tem caído muito, em todos os lugares desse país a fora. Isso é fato. Mas quem aborda esse assunto? Os dados só aparecem de forma positiva. Contudo, nota-se tristemente quando um aluno é solicitado a redigir ou ler um simples texto.
A permanência e a participação dos mesmos nas escolas tem sido preocupante, a bagunça toma conta por causa da crise de autoridade que é visível, hoje são muitos direitos e poucos deveres, a escola tem virado lugar de brincadeiras e tarefas sem sentido, sem questionamentos críticos, muitas vezes só para passar o tempo. São poucas as escolas que tem levado a sério a sua missão.
Projetos e mais projetos tomam lugar dos conteúdos de ensino, o tempo não dá conta de cumprir tantas atribuições, e o currículo? Se o professor não tiver muita habilidade e discernimento acaba passando por cima, atropelando o livro didático que é necessário, é um recurso que auxilia e tem vida desde que o professor tenha iniciativa, imaginação, domine os assuntos e não perca a sequência didática.
Sou a favor do mesmo e defendo que seja usado de forma sistematizada e consciente. Faça o aluno pensar e relacionar seus conhecimentos. Se a gente não aprende na escola a vida vai cruelmente cobrar lá na frente, não tenhamos dúvidas, alguma prova da vida vai querer de nós... Dessa forma é uma responsabilidade muito grande tratar de educação, cuidar de educação, porque se mexe com seres, com a alma das pessoas, consequentemente com o futuro da nação.
Creio sim, haverá melhoria quando as pessoas tiverem acesso a informação e puderem por si, realizar suas escolhas conscientemente sem armaduras nem cabrestos. ” Um homem só se torna um homem quando consegue ter alguma opinião sobre a sociedade”.
Eis o grande desafio: educar pessoas suscetíveis de enxergar, aprender, participar e cobrar. Sou contra a tirania, a perseguição, o autoritarismo, mas sou a favor da organização, do fazer acontecer, do respeito e da união de idéias.
Que os políticos sejam mais corajosos e se preocupem mais em valorizar a educação tal ela deve ser. Que os professores sejam mais preparados e bem pagos, mais comprometidos e menos partidários. Que vistam a cor da educação nas próximas eleições. “Lecionar é ensinar a pensar” e esse é o nosso dever!

Josélia Coringa

O SENTIDO DA EDUCAÇÃO




A educação, uma das primas pobres neste país, deveria, penso eu, ser em grande parte repensada e reformulada. Deveria ser privilegiada entre todos os setores da vida de um povo, pois sem educação, que inclui informação, ninguém é capaz de determinar seus caminhos e escolher seus trabalhos.
Um povo desinformado não sabe o que acontece, assina o que não leu, submete-se ao que não compreendeu,barateia sua vida e sua força de trabalho, não tem horizontes e não se integra em seu próprio pais, quanto mais no grande mundo, globalizado –mas não para ele.
Porém educar não é apenas instruir, ensinar a ler, escrever, calcular. Não é nem mesmo instruir em todos os anos dos Ensinos Fundamental e Médio. Educar é. Deveria ser, antes de mais nada, ensinar a pensar. Ensinar a questionar. Abrir cabeças e preparar par enfrentar a vida não apenas ganhando um ou dois ou mil salários, mas sentindo-se capaz, e consciente, para fazer suas escolhas e viver sua vida.
Educar deve ser estimular para que desabrochem todas as capacidades de uma criança, e depois, de um jovem. Fazer ver o mundo, com suas belezas, suas regras, seus perigos e suas possibilidades, na família, a comunidade, a região, o pais... o mundo, com o qual hoje nos comunicamos tão facilmente.
Estimular o discernimento, isto é, a capacidade de entender e julgar e escolher; é bem mais importante do que belos edifícios e recursos modernos, embora nenhuma criança deva estudar numa escola que está caindo aos pedaços, em más condições higiênicas, sem livros bons e bem conservados, sem o material básico. Computador
ajuda? Ter acesso a um mundo mais amplo de pesquisa e informação certamente é bom. Mas temos errado ao colocar computadores em salas de aula sem mesa adequada, sem instrutores e sem controle, de modo que os alunos, em lugar de aprender, brincam.
A vida não perdoa, não é brincadeira, e embora todos devam buscar uma vida saudável e harmoniosa, se possível feliz, divertir-se o tempo todo, não ter punições nem limites, levar tudo a brincadeira, não prepara para as
escolhas e decisões que terão de ser tomadas.
Sem alguma seriedade não se poderá distinguir certo de errado, bom e mau, ou melhor e pior, e pouca munição teremos para a batalha cotidiana. A frustração nas primeiras dificuldades será paralisante, a decepção porque ali não continuam as brincadeiras escolares, nos deixará incapacitados para sermos dentro do possível livres e
autônomos.
Sou a favor de uma escola amorosa e alegre, mas onde haja autoridade e hierarquia, e também para os pequenos a professora não seja uma tia, mas uma professora, pois a escola não é, nem deve ser, a família. Pode ser um complemento magnífico, mas jamais retirar a família a responsabilidade inicial da docência, da compostura, do
respeito; ao contrário, prosseguir e incutir isso ainda mais. O que não tem a ver, repito, com pouca alegria, com medo e traumas, mas com respeito por si mesmo, pela natureza, pelo outro, e pela vida. E se conseguir um pouco disso em
muitos alunos, a escola estará realizando seu trabalho primeiro, que é educar.

LYA LUFT

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PENSE NISSO!

“É muito mais difícil desaprender o aprendido do que aprender uma coisa nova. O aprendido se agarra na gente de uma forma terrível e é o aprendido que impede que eu aprenda uma coisa de maneira diferente. Então, é preciso desaprender o aprendido ... É preciso ter olho novo para ver as coisas velhas de maneira diferente”.

(Rubens Alves)

CUIDADO COM A LÍNGUA!!!



A LÍNGUA-PROBLEMA
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa.
O marido bebe, bate na gente ...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco
importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Ha algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada tem a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica.
Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início,se expresse por infrações a gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Perai, “poblema” ou “pobrema”?
Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes.
Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da
Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano.
A diferenca entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no
Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em
afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minancora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse e o “pobrema”.

Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, No 49, Novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ESCOLA ADALGIZA APROVA TRÊS ALUNOS NO PROITEC-2011

Parabéns aos meus alunos do 9ºano:
ANTONIO HUMBERTO DE LIMA

Agroecologia - 18º lugar (foto)

KELINTON RODRIGO DA FONSECA Informática -13º
CINTIA RAQUEL FERREIRA DE MELO Informática -15º lugar
Fiquei muito feliz por vocês!!! Muito mesmo!

Francinaldo, não deista! Sua vez também vai chegar!



"Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar. Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência." (Augusto Cury)

PRINCESA ISABEL CONTINUA APROVANDO ALUNOS NO PROITEC, ESSE ANO PASSARAM MAIS QUATRO ALUNAS.
QUEM GARANTIU O 1º LUGAR EM AGROECOLOGIA FOI:
*MARIANA GUIMARÃES DE AZEVEDO ( PARABÉNS MARI!)


Valeu !!!
JOSILENE BEZERRA OLIVEIRA DA COSTA
8º lugar Agroecologia
RENATA LORENA FONSECA SILVA
20º lugar Agroecologia
FERNANDA PELONHA PIMENTEL Agroecologia 16º lugar
Queridas...vocês merecem essa vitória, se esforçaram e conseguiram, os méritos são de vocês. Que essa seja mais uma de muitas outras conquistas que virão. Se continuarem com o mesmo entusiasmo e dedicação nos estudos não tenho dúvidas que serão grandes profissionais no futuro. Sucesso meninas de ouro!!!
ALUNOS FASCINANTES ( Pensem nisso!)
Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos. Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar. Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora. Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.
Augusto Cury

Meu eterno professor

Numa tarde em que sol já se deitava
Escondido na caverna em que vivia
Sua luz tão intensa insistia
Em sair pelas ruas da cidade
Banhada pela luz da amizade
As estrelas salpicadas de carinho
É assim que descrevo meu cantinho
E ao mestre que tanto fez crescer
A semente plantada do saber
Já brotaram e seguiram seu caminho.

Outras arvores fincadas na lembrança
Fazem parte da história desse ator
Meu amigo, meu mestre e professor
A quem devo os desenhos de criança
Guardados nos olhos da esperança
Do futuro que tanto nos espera
Os deveres e a leitura me fizera
Perceber como é grande seu valor
Trás consigo uma bolsa de amor
E aos poucos me lembro quem eu era

Eu sei que por trás de uma criança
Que busca saber bem mais além
Sempre esta a palavra de alguém
Que acompanha o nosso crescimento
Está presente em cada bom momento
E nos maus é um anjo protetor
Companheiro do saber e educador
Que os anos não levam nunca embora
Ficam presos nas brumas da aurora
Espalhando sementes de amor

Colhendo os bons sonhos de criança
É a ele que devo minha história
Pois nos livros que tenho na memória
Viajei por lugares encantados
Vi castelos prateados e dourados tsunami passou na minha frente
Me levando pra outro continente
E as ondas me levou sem direção
Fui no Egito, na Grécia e no Japão
E acordei numa sala de repente

Lá está ele me olhando sorridente
Me mostrando o mundo num minuto
Despertando sentimento tão oculto
Viajando nas somas e frações
Logaritmo das minhas ilusões
Vou somando as espécies animais
Dando voltas naqueles ideais
Eu viajo em menos de um segundo
Conhecendo metade desse mundo
Com palavras que tornam tão reais

E assim ele transforma de repente
O mundo numa sala de aula
Quebram medos e incertezas numa jaula
Escondidos na sua imensidão
Bem guardados em cada coração
De um aluno que agradece o professor
É a ele o mestre e educador
Que semeia o saber e conhecimento
Companheiro que planta sentimento
Que devemos guardá-lo com amor.

ALDINETE SALES- Aluna do curso de HIstória da UERN