domingo, 21 de fevereiro de 2010

"Dentro de minhas limitações pessoais e de minha condição individual, eu faço diferença, todos fazemos"



A gente decide, por Lya Luft

No dia dos seus 102 anos, uma adorável matriarca está sentada junto à mesa de sua cozinha, rodeada de filhas e amigas. Ela corta os quiabos que serão preparados e servidos mais tarde aos visitantes, como de costume. Entrevistada, diz ao jornalista: "A vida, a gente é que decide. Eu escolhi a felicidade".
A aniversariante, dona Canô, mãe de Bethânia, minha irmã querida, naturalmente não quis dizer que "escolher a felicidade" é viver sem problemas, sem dramas pessoais ou as dores do mundo. Nem quer dizer ser irresponsável, eternamente infantil. Ao contrário, a entrevistada falou em "decidir" e "escolher".

Apesar de fatalidades como a doença e a morte, o desemprego, as perdas amorosas, a falta do dinheiro essencial à dignidade, podemos decidir que tudo fica como está ou vai melhorar, dentro do que podemos. Posso optar por me sentir injustiçada, ficando amarga e sombria; posso escolher acreditar no ser humano e em alguma coisa maior do que toda a nossa humana circunstância; posso buscar sempre alguma claridade, e colaborar com ela. Dentro de minhas limitações pessoais e de minha condição individual, eu faço diferença, todos fazemos.

Desse início pessoal, passo ao mais geral: leio que 40% dos nossos jovens e crianças vivem abaixo da linha de pobreza; que o desemprego é uma calamidade, a violência cresce a cada dia e o analfabetismo não diminui; que crianças continuam, aos milhares e milhares, brincando no barro feito de terra e esgoto. Leio, vejo e sei que milhares e milhares de velhos vivem em condições sub-humanas, pois sua aposentadoria é miserável, o serviço de saúde pública também, morre-se em corredores de hospitais ou em filas de postos de saúde, onde médicos exaustos e pessimamente pagos fazem muito mais do que podem.

Não vou recitar a ladainha de que as circunstâncias não justificam euforia nem ufanismo simplesmente porque nós não decidimos algo melhor do que isso que escrevi acima, e todo o resto que qualquer um conhece – e apesar disso continuamos deitando a cabeça no travesseiro toda noite e dormindo quem sabe até bem.

Tenho medo do ufanismo: ele pode ser burro e cego. Olimpíada no Brasil, Copa do Mundo no Brasil, tudo bem: mas eu preferia que antes disso a gente tivesse resolvido os gravíssimos e tristes problemas, tão dramáticos, de comida, saúde, educação, moradia, decência e dignidade de boa parte do povo brasileiro que agora samba e celebra porque teremos Copa, teremos Olimpíada, teremos festa.

Sei que este não é um artigo simpático. Certamente não é alegrinho. Realmente ele trata do que não decidimos, ou decidimos mal, ou decidimos não decidir, como, por exemplo, exigir líderes mais sensatos, mais presentes, mais realistas, mais dignos em todos os níveis. Podíamos decidir ser mais respeitados enquanto povo, mais olhados enquanto gente, mais seguros e mais protegidos enquanto sociedade.

Ou isso a gente não decide porque nem sabe das coisas, pois não se informa, não sabe ler, se sabe ler não costuma, nem o jornal esquecido no banco do ônibus. Onde o povo carrega doença e dor, descrença e desalento, mas também, aqui e ali, leva um jornal para saber onde afinal vivemos, em quem afinal podemos acreditar, e o que afinal deveríamos esperar. Indagados, os mais desassistidos dirão que Deus é quem sabe, Deus decide, a quem ama Deus faz sofrer – frase de imensurável crueldade.

Ou será melhor nem saber nem aprender a ler, nem pegar a folha de jornal, nem ouvir o noticioso no radinho de pilha. Basta saber que sempre há em algum canto motivo para um breve ou longo carnaval, celebrando alguma coisa que possivelmente não vai encher nem o nosso bolso nem a barriga de nossos filhos, nem construir uma casa decente, nem botar esgoto, nem cuidar da nossa saúde, nem amparar nossos velhos, nem coisa nenhuma que seja forte, firme, boa e real. Porque, infelizmente, por aqui ainda decidimos pouco, e poucas vezes decidimos bem. Não porque Deus quis assim, mas porque a gente nem ao menos sabe por onde começar.

Lya Luft é escritora
Fonte: Revista Veja



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Professores vão parar pelo piso

O Portal da CNTE anuncia o que aqui neste blog já havia advertido: estabelecer um piso fora da lei só aumentaria o conflito entre gestores estaduais e municipais e os professores.

O mês de março promete muita mobilização dos professores brasileiros. Teremos um Dia de Mobilização nos Estados e Municípios (10 de março) e um Dia Nacional de Paralisação (dia 16 de março).

Textualmente a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação afirma:

Já a partir de 1º de janeiro de 2010, a CNTE contrapôs a ABSURDA sugestão do MEC de reajustar o PSPN em 7,86% que, a nosso ver, afronta de forma grave a Lei do Piso. Dessa forma, para a CNTE, o Piso, em 2010, corresponde à quantia de R$ 1.312,85, ou seja, deve-se aplicar ao valor de 2009 (R$ 1.132,40) o percentual de correção do Fundeb deste ano que foi de 15,94%.

Diante da inobservância de grande parte dos entes federados à norma do PSPN, e, tendo em vista a crescente mobilização dos Sindicatos de Educadores em todo país - que já acenam com a possibilidade de iniciarem o ano letivo em greve, haja vista o fracasso das negociações com os gestores públicos- a CNTE e suas Entidades Filiadas acionarão o Poder Judiciário para fazer valer todos os dispositivos da Lei 11.738, declarados constitucionais pelo STF até o momento.

Outra medida importante a ser tomada pelos Sindicatos de Educadores, desde já, diz respeito à denúncia, ao Ministério Público, dos gestores que estejam descumprindo a Lei do Piso. Essa ação é importante para acelerar o processo de cumprimento da Lei federal e de punição dos gestores públicos por improbidade administrativa.

O interessante é que o ente federado que deveria estabelecer o valor do piso todo 1º de janeiro continua fingindo de morto. O MEC orientou os estados e municípios a pagarem um piso rebaixado, baseado em resposta da AGU a consulta feita pelo Ministério. Acontece que até o momento ninguém conhece o teor da consulta nem da resposta.

Como havia previsto, a bomba está estourando nas mãos dos gestores estaduais e municipais.

Postado por Luiz Araújo 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MAIS DE 15.000 MIL FOLIÕES NO ORGANIZADO CARNAVAL DE PENDÊNCIAS-RN


Superou todas as expectativas!
Parabéns Pendências pela nova administração.
Simpático e animado o Prefeito Ivan Padilha  curtiu o carnaval todos os dias, no meio do povão, e prometeu que em  2011 vai investir com o dobro do entusiasmo desse ano. Foliões de todo o vale se fizeram presentes. Carnaubais estava em peso curtindo a festança carnavalesca de Pendências. Quem quiser ver é só conferir assistindo a Tv Litoral neste sábado às 8:30.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ZELITO CORINGA PARTICIPA DE PASSIONE, PRÓXIMA NOVELA DA GLOBO.




O Potiguar Zelito Coringa, artísta de sangue puramente nordestino começa 2010 expandindo o seu talento e buscando novos horizontes artísticos. Prestes a retornar Carnaubais, a sua cidade natal no Estado do Rio Grande do Norte, que nos confessa o músico: Lá pretendo desenvolver nos próximos meses um grande projeto cultural em comemoração aos meus 10 anos de carreira solo. Zelito tem um CD autoral gravado, faz trilha para teatro, cria instrumentos, escreve cordel, usa afinações alternativas, e é integrante do Bendita Companhia, parceiro de Marcoliva e Tatiana Cobbett. Conheci Zelito em meio à correria das gravações de Passione, sujeito de enorme criatividade, artista que o Brasil precisa conhecer. Ele nos disse ainda que estava de passagem pela Ceagesp onde recebe o convite para participar das filmagens dos primeiros capitulos da próxima novela das oito de Sílvio de Abreu, com estréia prevista para 05 de Abril.
O maior entreposto de abastecimento de alimentos do Brasil será o pano de fundo para essa novela da globo.
A protagonista é Candê (Vera Holtz), comerciante de verduras, "Baronesa da Ceagesp". Reynaldo Gianecchini e Bianca Bin serão seus filhos, Fred e Fátima. Além das cenas com os atores, feirantes e figurantes, a Globo fez arquivo de imagens abertas do local para usar ao longo da trama. No final de fevereiro a equipe da Globo parte para a região da Toscana, na Itália, em que será ambientado o início da história. Paralela às locações internacionais, outra equipe estará concentrada no Projac para o início da produção em estúdio.


Por Dávila Reis

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

MORRE FRED PINHEIRO - NOTA AO PROJETO NÓS DO MORRO

De acordo com o Globo Online, um dos diretores e fundadores do grupo Nós do Morro, Fred Pinheiro foi encontrado morto na manhã de quarta-feira [10.02.2010] numa rua, no Horto, Zona Sul do Rio. José Frederico Pinheiro, de 57 anos, foi encontrado com a garganta cortada provavelmente por um estilete deixado junto ao corpo:
Fred deixou mulher e uma filha de 17 anos. O caso foi registrado pela 15ª DP (Gávea) e imediatamente transferido para a nova Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca. A nova delegacia tem a meta de esclarecer a autoria dos homicídios em 48 horas. O desaparecimento de Fred, como era conhecido, foi comunicado dias antes na delegacia da Gávea, segundo um inspetor.
- Estamos todos inconsoláveis – afirmou o diretor do Nós do Morro, Guti Fraga, acrescentando que os policiais da Delegacia de Homicídios manifestaram o maior empenho na investigação.
O diretor-executivo do AfroReggae, José Júnior, disse que ficou chocado com a notícia e imediatamente manifestou solidariedade aos amigos do Nós do Morro.



Em Novembro do ano passado tive a oportunidade de conhecer o trabalho social de vocês na comunidade do Vidigal, juntamente com o Pessoal do Tarará firmamos uma relação de amizade e parceria. Momento marcante para mim foi subir as escadarias do casarão sagrado, sede, templo artístico, espaço de convivência e de referência cultural. Infelizmente, acabei saber a triste notícia da ida do Fred Pinheiro. Solidarizo-me com todos e torço para que a semente plantada no Morro por este cidadão do bem não seja mais de tristeza, seja de subida, de arte semeada continuamente.
O fazer teatral brasileiro perde a luz de um iluminador iluminado...
Que agora brilha ao lado de muitas estrelas, do céu apontará com certeza a pedra da gávea.
A Todos do “NÓS DO MORRO” transmito estas linhas sentidas.


Zelito Coringa – Compositor Potiguar

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Um capítulo novo na História do Brasil

GERALDO LUCAS EVANGELISTA,

Gilberto Freire de Melo

Quando Pe. João Penha chegou a Macau, pelo início da década de 50, do século passado, deu início à uma maratona de humanização dos seus fiéis, até então entregues a uma pregação religiosa milenar, endereçada ao homem das cavernas. Encontrou a população ativa de Macau ameaçada pela mecanização das salinas e a juventude entregue a ninguém, convivendo com um sistema de ensino que acabava no curso primário, o que não era diferente com o Vale do Açu, exceção feita à cidade pólo, que já contava com o Colégio “Nsa. Sra. das Vitórias”.

Começou despertando as lideranças sindicais, fortalecendo-as, e alertando a população para o problema de mecanização das salinas, um advento que chegou e cujos efeitos catastróficos ainda não foram superados. Criou o Grupo dos Escoteiros e partiu para um tipo de educação civilizatória, aliada ao curso ginasial que despertou na população um afoitismo até aí hibernado e animado pela única esperança de melhores dias quando chegasse ao Reino dos Céus.

A convocação dos habitantes, para o engajamento na olimpíada do conhecimento, despertou, especialmente nos jovens, o entusiasmo pelo movimento evolucionista e contagiou as paróquias vizinhas que se arrojaram na campanha prioritária da humanização, absorvendo as orientações evolutivas de D. Hélder Câmara, o príncipe religioso que fez balançar os alicerces milenares do Vaticano e cujos efeitos não se estenderam para além da sua morte.

Pondo em seus lugares cada liderança surgente, Pe. Penha entregou a Geraldo Lucas o Grupo de Escoteiros que se debruçou sobre uma plataforma educacional evolutiva, priorizando a humanização e anunciando mudanças que se podiam reivindicar com os esforços próprios e que exigiam o despertar de um marasmo eminentemente maléfico ao futuro e aos destinos da população.

Afastando-se eventualmente da chefia dos escoteiros, Geraldo Lucas enveredou pelas vocações sacerdotais e foi para o seminário religioso, embalado pelas ações paroquiais do Vale do Açu, onde frutificava a predominância da humanização sobre a evangelização, comandada por Pe. João Penha., em Macau, Pe. José Luiz, em Pendências e Pe. Américo Simonetti, em Açu, que, tendo como base sustentável os sábios ensinamentos de D. Hélder, privilegiavam a busca do pão sobre o domínio da fé.

Assim, já no Seminário Maior, Geraldo Lucas, desencantado com a pregação da Igreja Católica Secular que dava a Bíblia a quem implorava o pão de cada dia, renunciou sacerdócio e voltou a se engajar no enfrentamento dos problemas que afligiam a população de Macau e do Vale do Açu.

Empenhou-se no trabalho de Pe. Penha e, com a experiência adquirida, foi convocado pela comunidade de Pendências para montar a infra-estrutura do Ginásio “Monsenhor Honório”, cuja criação já engatinhava e que era a menina dos olhos de Pe. Zé Luiz. Foi aí, já casado com a Professora Maria do Socorro, que fica rememorando essas batalhas cujos méritos não foram ainda atribuídos ou identificados, que viu, em 1967, a criação do Ginásio de Pendências, de que participou com todo o seu potencial..

Posteriormente, encontramo-lo Professor de História em Natal, com a mesma coragem que demonstrava, dando asas a informações até então engavetadas nas salas de aula, cujos professores não tinham autorização para repassar aos estudantes. E Geraldo ou Geraldão como passou a ser chamado por colegas e por alunos, teve o topete de revelar que D. João VI assaltou o Banco do Brasil, que Bernardo Vieira de Melo, Domingos Jorge Velho, os irmãos José e Manoel de Moraes Navarro, aliados aos “Bandeirantes Paulistas”, não passaram de seqüestradores de escravos, assaltantes e saqueadores dos bens dos índios, assassinando-os e estuprando suas mulheres que, não sendo batizados, não tinham alma, o que eximia esses carrascos de qualquer pena por crime ou pecado, além de várias outras classificações criminosas que minimizariam os pecados dos atuais Fernandinhos-Beira-Mar e seus asseclas.

Foi esse o Geraldo Lucas que conhecemos e que, aliado aos seus contemporâneos, repetiremos este depoimento em qualquer instância ou tribunal.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Educação de quarto mundo

"Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso?"

No meio da tragédia do Haiti, que comove até mesmo os calejados repórteres de guerra, levo um choque nacional. Não são horrores como os de lá, mas não deixa de ser um drama moral. O relatório "Educação para todos", da Unesco, pôs o Brasil na 88ª posição no ranking de desenvolvimento educacional. Estamos atrás dos países mais pobres da América Latina, como o Paraguai, o Equador e a Bolívia. Parece que em alfabetizar somos até bons, mas depois a coisa degringola: a repetência média na América Latina e no Caribe é de pouco mais de 4%. No Brasil, é de quase 19%.
No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas, em favelas ou condomínios de luxo somos reféns da bandidagem geral, e os velhos morrem no chão dos corredores dos hospitais públicos. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação.
Pergunta básica: quanto de nosso orçamento nacional vai para educação e cultura? Quanto interesse temos num povo educado, isto é, consciente e informado - não só de seus deveres e direitos, mas dos deveres dos homens públicos e do que poderia facilmente ser muito melhor neste país, que não é só de sabiás e palmeiras, mas de esforço, luta, sofrimento e desilusão?
Precisamos muito de crianças que saibam ler e escrever no fim da 1ª série elementar; jovens que consigam raciocinar e tenham o hábito de ler pelo menos jornal no 2º grau; universitários que possam se expressar falando e escrevendo, em lugar de, às vezes com beneplácito dos professores, copiar trabalhos da internet. Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas, de técnicos, pesquisadores, jornalistas e médicos a operários. Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso? Quando empregarmos em educação uma boa parte dos nossos recursos, com professores valorizados, os alunos vendo que suas ações têm consequências, como a reprovação - palavra que assusta alguns moderníssimos pedagogos, palavra que em algumas escolas nem deve ser usada, quando o que prejudica não é o termo, mas a negligência. Tantos são os jeitos e os recursos favorecendo o aluno preguiçoso que alguns casos chegam a ser bizarros: reprovação, só com muito esforço. Trabalho ou relaxamento têm o mesmo valor e recompensa.
Sou de uma família de professores universitários. Exerci o duro ofício durante dez anos, nos quais me apaixonei por lidar com alunos, mas já questionava o nível de exigência que podia lhes fazer. Isso faz algumas décadas: quando éramos ingênuos, e não antecipávamos ter nosso país entre os piores em educação. Quando os alunos ainda não usavam celular e iPhone na sala de aula, não conversavam como se estivessem no bar nem copiavam seus trabalhos da internet - o que hoje começa a ser considerado normal. Em suma, quando escola e universidade eram lugares de compostura, trabalho e aprendizado. O relaxamento não é geral, mas preocupa quem deseja o melhor para esta terra.
Há gente que acha tudo ótimo como está: os que reclamam é que estão fora da moda ou da realidade. Preparar para as lidas da vida real seria incutir nos jovens uma resignação de usuários do SUS, ou deixar a meninada "aproveitar a vida": alguém pode me explicar o que seria isso?

Lya Luft
Revista Veja